Amigo,
espero que estas más traçadas linhas, vá encontrá-lo gozando de perfeita saúde e felicidade juntamente com os seus e... etc., etc., etc.,...
Imagine-se loucamente detendo o louco poder ilimitado de... criar.
Imaginou-se doidamente?
Muito bom!
Retroceda aos... primórdios dos tempos.
Retrocedeu?
Até aonde?
Éden?! Não!! Isso é invenção de “esperto” para se dar bem!
Honorin Togo, ancestral de Lucy e Abel? Não! está acontecendo!!
Cianobactérias? Ainda não! Foi quase agora! Retroceda!!
Atual Big Bang? Ainda não, mas... como você sabe ele é o conjunto de hipóteses que explicam a origem e evolução do Universo como uma rápida expansão de matéria inicialmente supercomprimida.
Segundo essa teoria, o universo surgiu, há pelo menos dez bilhões de anos, a partir de um estado inicial de temperatura e densidade altamente elevadas. Ele é o resultado de uma Expansão, ou melhor, de uma Diástole.
Essa teoria baseia-se em dois pressupostos:
(1) - a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein (1879-1955), físico alemão e um dos maiores cientistas do século XX, explica corretamente a interação gravitacional da matéria;
(2) - o chamado Princípio Cosmológico, segundo o qual a visão do Universo independe da direção para a qual se olhe ou da localização do observador. Esse princípio tem outra implicação: a de que o universo não tem limites, de modo que a grande explosão, o Big Bang, ocorreu não num determinado ponto no espaço, mas sim em todo o espaço ao mesmo tempo.
Segundo George Gamow (1904-1968), físico americano nascido na Rússia, o Universo expandiu-se rapidamente a partir de um estado inicial de alta compressão, o que teve como resultado uma significativa redução de densidade e temperatura. Logo depois, a matéria passou a predominar sobre a antimatéria. Depois de alguns segundos, com a possível presença de alguns tipos de partículas elementares, o Universo teria se resfriado o suficiente para surgirem núcleos de hélio, lítio e hidrogênio. Cerca de um milhão de anos mais tarde formaram-se os primeiros átomos. A radiação que também preenchia o Universo pôde então se expandir pelo espaço.
Retroceda mais um pouco.
Retrocedeu?
Até aonde?
Aonde?!?!?! Não exageremos, mas... é mais ou menos por aí que se passa a nossa historia entremeada ora por verdades concretas definitivas como as do sete, ora por verdades abstratas criadoras como as dos devaneios.
Sete é o Concreto Absoluto!
É o resultado de uma dupla polarização da Unidade;
É a integração perfeita do ternário superior (céu) e o ternário inferior (terra);
É o espectro solar concretizado no Arco-Irís (prova visível do arrependimento de um deus);
É a Lira heptacorda de Apolo que entoava o som das sete vogais gregas (a, e, h, i, s, u, w);
São os “Chakras” básicos e vitais;
É “Netzach” simbolizando o triunfo da verdade no fim da busca iniciática;
São os pedidos do Pai Nosso, ensinado pelo Mestre dos Mestres;
São as Virtudes e os Pecados teológicos;
São os Anões da Branca de Neve (não confundir com os do orçamento, pois estes são zilhares);
São as Maravilhas do Mundo;
São as Colinas da Cidade Eterna;
Foi a onda com este número que tornou livre Papillon, da Ilha do Diabo;
É a Pedra Polida, pela ação do Esquadro (4) e do Compasso (3);
São palavras que ordenam o Universo. (Poder, Virtude, Amor, União, Misericórdia, Prosperidade, Ventura).
Devaneio é o Criador Abstrato!
É o “Vazio” primordial! Substantivo sem adjetivos ou qualquer complemento que o modifique. É o vanus, a, um latino, puro e simples. É o posterior, “vão” vernacular.
Quanta verdade concreta tem sua gênese no devaneio abstrato! (que o digam os deuses!!!)
Pelo Devaneio podemos transpor a percepção da realidade perfeita da eterna Treva Primordial, para a realidade imperfeita da efêmera e ilusória Luz. (que o diga o nosso índio quando sinestesicamente criou o Uauá)
Devaneios com Esperança são apenas sonhos utópicos e frustrações; devaneios com Desesperança, que por sinal somente nasce depois de morta a última Esperança, (por sinal, a última que morre) são o primeiro passo para uma vida plena de realizações e paz.
Devaneio faz a diferença entre ser e Ser!
Devaneios são difíceis de entender e serem decodificados.
Sem o Devaneio como você, leitor (a) amigo (a), poderia imaginar-se... imaginar-se... (não posso dizer porque o Devaneio lhe pertence).
Sem o Devaneio como poderia, eu, ter recebido o Nobel de Literatura do nosso planeta, e os outros “Nobéis” de todos os planetas federados do Universo, por este Metatextos ter se tornado o Best Seller de todos os tempos (levando-se em conta apenas o lapso de tempo entre o Big-Bang anterior e o estágio atual do atual Big-Bang) e além do mais, somente aceitando ser “imortal” de Academias em planetas que não conhecessem a Esperança, que por sinal juntamente com a Fé e a Caridade são matrizes da Conformação, que é mãe da Acomodação, que é mãe do Ócio, que é o pai dos Vícios e outras cositas más!!
Boa leitura.
Primeira Ambigüidade ou Anfibologia
– Grã, seu locomotor sairá dentro de um décimo de espaço/tempo.
Claro e evidente que não pertencia ao gênero humano, ou melhor, ao nefasto gênero humano!
Não podia imaginar tentando ser o que não era.
Não podia, não queria e não devia estar entre seres com os quais não sentia a menor afinidade.
Não podia ser considerado um misantropo, pois este atributo pertence à raça humana.
Não podia ser bom, ou mau, alegre ou triste, belo ou feio, etc., etc., pelo mesmo motivo.
O certo é que sabia que não sabia a qual espécie pertencia, ou melhor, apenas sabia que não era da espécie humana: E isto bastava!
Mas como sabia que sabia não pertencer à espécie humana se o saber é um atributo também da espécie humana?
Por certo, agora sabia que não somente a nefasta espécie humana possuía o atributo do saber, sua espécie também, mas por certo, não pertencia a essa espécie, pois prescindia da imperfeita Luz. Não necessitava dela para nada e a espécie humana achava que a Luz era perfeita.
À maneira de interagir com o meio ambiente, percebia ser bastante diferente do modo que outras espécies também interagiam em este ambiente, mesmo sabendo que satisfazia as necessidades básicas do alimentar-se, do proteger-se e do reproduzir-se da mesma maneira que as demais espécies.
Estava perdido meio a espécies às quais sabia não pertencer, mas não sabia a que espécie pertencer, entretanto dava início nas Artes como Escultor, ou melhor, dava início nas técnicas da Escultura, pois para as Artes havia nascido.
A respeito das formas das suas esculturas observou um “crítico” da época:
– O senhor deve levantar a cabeça e “olhar mais para cima”, pois talvez no céu, veja anjos!
Não mais recordava o nome do crítico, mas sempre lembrava dele, pois, de tanto olhar para cima a fim ver anjos, acabara com uma hérnia de disco na sétima cervical que incomodava toda vez que levantava a cabeça, e anjos lá por cima,... babau. (e por falar em lá em cima: Onde ele fica se a Terra é redonda?!?!)
Hoje entrado em anos, sem poder olhar muito para cima, (bico de papagaio) descobria que há anjos aos lados e em baixo. E o mais importante: mais bonitos, mais celestiais, e bem mais imperfeitos... Divinamente imperfeitos por estarem em constantes mutações.
O que caracteriza a evolução é o mudar constante. É o aceitar de novos conceitos, e não ser um fanático Misólogo.
A imperfeição predomina em todos os seres (da terra ou do céu) e é sobre ela, a divina imperfeição, que, como Artista, tinha de usar e abusar da retórica Metábole.
Segunda Ambigüidade ou Anfibologia
– Grã, seu locomotor sairá dentro de um centésimo de espaço/tempo. Não se atrase!
Atrasar!? Nunca atrasava! Sempre era pontual! Por que o comunicador estava fazendo está admoestação?
O atrasar-se era um atributo da espécie humana (por sinal exclusivamente dela), pois divide arbitrariamente o tempo criando frações, para facilitar seu modo de viver e normalmente não as respeita. Não poderia mesmo que quisesse, não era humano!
Percebera que havia atendido a um nome: Grã.
Como havia sabido que aquele era o nome ao qual deveria atender?
Tudo ao derredor era excessivamente familiar: Local de repouso, de higiene, de alimentação, de lazer...
Sabia ser tudo aquilo de seu uso, mas havia algo inquietante: A idéia de meu!
Sabia (não sabia o por quê) que a posse é algo ilusório, ou pelo menos a posse individual, exclusivista.
Se for algo útil deveria esta utilidade ser estendida a todos, mesmo sabendo que para uso exclusivo somente existe a Escova Dental, (nos primórdios havia o corpo de esposas, mas...) e a possuía mesmo sabendo que não pertencia a espécie humana, entretanto não podia negar que a Escova Dental é uma grande invenção daquela espécie a qual não pertencia, entretanto a utilizava. Por quê?
“Porque estava sempre a obrar.
Sentia-se o obrar ao longe.(talvez Perfumista, mas poderia não ser este o caso)
Ouvia-se o obrar ao longe. (talvez Músico, mas poderia não ser este o caso)
Sabia-se que obrava ao longe. (talvez Escultor, mas poderia não ser este o caso)
Obrava em perfumes?
Obrava em partituras?
Obrava em esculturas?
E obrava e obrava e obrava.
Certo dia não mais se sentiu, não mais se ouviu, tampouco, não mais se soube.
– Talvez pelo excesso de olor, tenha desenvolvido um processo alérgico e passado desta para melhor!?
– Talvez pelo excesso de cansaço, tenha desenvolvido um estresse e “embarcado no último trem!?”
– Talvez pelo excesso de som, tenha desenvolvido uma tonteira, caído e na queda batido com a cabeça e ido pra Jesus!?
Alegria para uns, tristeza para outros, mas curiosidades para todos, lá se foram averiguar o ocorrido.
Alegria para uns, tristeza para outros, mas elucidação para todos, ao encontrarem o Obrador, acocorado, admirando sua obra-prima: Uma belíssima... (de jeito nenhum!!!)”
Terceira Anfibologia ou Ambigüidade
– Grã, seu locomotor sairá dentro de um milésimo de espaço/tempo.
Tinha consciência de não causar desconforto a quem quer que fosse, a não ser que lhe causassem primeiro, isto é, usava da reação igual e contrária, à ação.
Não entendia o por quê de causarem o desconforto inicial. Como poderia quem quer que fosse, causar gratuitamente, um desconforto a alguém se sua espécie ou de outra espécie!?
Abominava a agressão gratuita o que fazia ter consciência de não pertencer à espécie humana, entretanto usava Escova Dental, uma exclusividade daquela espécie.
Não entendia a posse individual e exclusiva, a não ser da escova dental e não entendia a agressão gratuita, causa de todos os desconfortos, entretanto, mantinha um único ponto de contato com a nefasta espécie a qual sabia não pertencer: usava Escova Dental.
Qualquer forma de posse exclusiva quer concreta ou abstrata, fazia com que ficasse estarrecido, principalmente a posse exclusiva da Abstração das abstrações: Deus. Não entendia o por quê de em nome desta Abstração à espécie humana causou, causa e causará tanto desconforto.
Como podia alguém imaginar Algo e atribuir a este Algo Imaginário, poderes os quais, mais tarde, serviria de pretexto para o conforto de alguns em detrimento de tantos?
Mesmo não pertencendo à raça humana ou a qualquer de suas Abstrações, sabia não ser concreto por não ter nenhum dos atributos que lhes eram inerentes, contudo usava Escova Dental.
“Por muitos e muitos anos residia no centro, portanto longe de alguns “prazeres celestiais periféricos”, mas forçado pelas circunstâncias fora de mala e cuia parar no subúrbio.
Subúrbio este, que fica nas circunvizinhanças de Prazeres e como manda a praxe perto de favela, conseqüentemente, passara a conviver com a “sacra trindade dos favelados”: Crente Cachorro e Cachaça.
Porém (sempre há um porém) por lá, além de outros, existe um dos celestiais prazeres que já havia esquecido: Carro de som!!! (= Arauto moderno que passa lentamente “devagar quase parando” com zilhares de alto-falantes, no mais alto volume, portando os mais variados recados).
Certíssima está a vox populi quando diz: “Portador não merece pancada”. Correto!?!
Portador de boas novas, talvez; mas portador que mata nossa tranqüilidade traspassando nossos ouvidos com decibel, merece... a morte!!! (Se duvidam leiam as Sagradas Escrituras em 2 Sm 1: 1,16).
Ouvira falar à bocas pequenas, na existência de Lei que controla estes famigerados arautos modernos, mas no nosso patropi...
Concitava a todos que prezavam a integridade dos ouvidos e a tranqüilidade, para (já que a Lei do homem não funciona) apelarmos à Lei Divina e enquanto ela não vem (às vezes demora um pouco) rogarem pragas e amaldiçoarem estes “arautos das profundas”.
Quarta Anfibologia ou Ambigüidade
– Grã, o seu locomotor o espera na plataforma quatro e o espaço/tempo previsto de viagem, será de um espaço/tempo até o seu destino final. Embarque e boa viagem!
Por que o augúrio de uma boa viagem?
Todas as viagens que sempre fizera haviam sido boas, ou melhor, excelentes!
Como viajante do espaço/tempo o que mais fazia era viajar por todos os Espaços/Tempos, pois por não pertencer à espécie humana (mesmo que usasse Escova Dental) desconhecia limites tempo/espaciais, e não entendia porque eles existem.
O lá ou cá e o meu eram tão absurdos como imaginar sendo parte de algo.
Espécies, limites, ideais, sabia que existiam, entretanto não os concebia, pois não pertencia a nefasta espécie humana, mesmo que usasse Escova Dental.
Via imagens, tocava coisas, cheirava aromas, degustava sabores e ouvia sons, entretanto tudo era harmônico e perfeito pois assim o queria.
Não podia compreender como uma espécie almejava para seus membros algo que não fosse confortável e perfeito, ou que de uma certa maneira criasse expectativas da existência de algo melhor.
Tudo o que não estava sobre a influência direta ou indireta dos humanos era perfeito. Todas as espécies não humanas interagiam harmoniosamente entre si, e apenas satisfaziam suas necessidades básicas: Alimento e Reprodução.
Somente bem alimentado qualquer elemento de qualquer espécie está apto para reproduzir-se; por que não ocorria o mesmo com a nefasta e autodestrutiva humanidade?
Por que durante os períodos de escassez seus elementos teimavam em reproduzirem-se desordenadamente estabelecendo para a sua prole o maior dos desconfortos: A falta de alimento!?
Se realmente fossem racionais como apregoam, por que haveriam de querer para seus descendentes: fome, miséria, religião, conseqüência natural da escassez?
Acomodado no locomotor atemporal, é ativado o retrocesso e é dada a partida para descobrir o desconforto inicial e o por quê de não pertencer à espécie humana, mesmo utilizando a Escova Dental.
“Conseguira finalmente. Estava de parabéns!!!
Podia agora, realizado, gozar do tão merecido repouso e paz.
Estava de parabéns! “Pai década setenta”, que criava filhos pela moderna Pedagogia, isto é, “Como Deus criou macaco”.
Para que os rebentos (futuro da Humanidade) não desenvolvessem traumas, suprimira o terrível não (esquecera do Decálogo??) e os deixara livres (moderna e subservientemente: FREE) para comandar suas vidas. Ave, Psicólogos Modernos!!!
Estava de parabéns!?!?!
Que fazer com a liberdade que gera desobediência e gera desrespeito e gera violência e outras cositas más??
Que fazer com os eternos adolescentes que votam aos dezesseis anos, freqüentam barzinhos, e transam (linda esta palavra) com as eternas adolescentes tiazinhadas com mais de trinta quilos (independentemente da idade), as quais como Eva, lhes oferecem o fruto proibido, acompanhado (hodiernamente) de uma “bebidinha” ou um “fuminho” ou um “pozinho”?!?
Estava de parabéns, paizão prafrentex???
Que fazer para evitar futuros traumas aos da geração FREE e mantê-los “plugados” na modernidade globalizada?
a) Meter seus avós em asilos por superados e “malas”? (adoro esta palavra!!!);
b) Preparar (como na novela) o seu “ninho de amores” e sair de casa para não inibi-los;
c) Ser os fornecedores dos “baratizantes” para evitar que os rebentos se envolvam com desconhecidos;
d) Concretizar seus “Édipos” e “Fedras” e “Electras” e outros experimentos sociais para não torná-los inseguros;
e) a), b), c), d).
PS. Respostas para: FEBEM ou PAI ou PAB ou CARANDIRU ou qualquer bom estabelecimento do ramo.
Primeira Estação ou Estada
– Grã, olhe e presencie a última Big-Bang.
Olhando via apenas um ínfimo pontinho, um nadicazinho do Nada, entretanto ali estava a origem do atual... Tudo.
Forças criadoras misteriosas interagiam agregadas em aquele Nada, imerso nas Trevas Primordiais, e repentinamente, por não mais se conterem desagregaram-se em o Tudo.
Tudo o que iria novamente ser estava dando os primeiros passos em um novo ciclo. A agregadora Sístole Universal anterior atingira o seu menor ponto de contração, e uma nova desagregante Diástole Universal acabava de acontecer.
Via que o se desagregar do Nada gerava o Tudo, e via que o se desagregar era bom. Nada via que pudesse dar origem ao desconforto inicial.
Haveria nele condições para que a nefasta espécie humana existisse? E se a nefasta humanidade não existisse como poderia haver o único ponto de contato: A Escova Dental? Inquisições.
“O rosto é o “raso”; a alma é o “fundo”
No raso do rosto... estamos; no fundo da alma... somos.
Mudamos o raso. Mudamos o fundo?
No raso, no raso. No fundo, no fundo.
No bem raso do raso, infundo. No profundo do fundo, arraso.
No raso a Lei; no fundo o Crime... advogo à Justiça.
No raso o Sábio; no fundo a Néscio... ministro o Conhecimento.
No raso o Perdão; no fundo o Pecado... ministro a Fé.
No raso a Ordem; no fundo o Caos... julgo o Réu.
No raso a Saúde; no fundo a Doença... medico o Enfermo.
No raso o Bom; no fundo o Mau... policio à Lei
No raso a Certeza; no fundo o Engano... governo o Povo.
No raso a Solução; no fundo o Problema... oponho-me a tudo.
No raso a Paz; no fundo a Guerra... defendo a Nação.
No raso o Ajudar; no fundo o Lucrar... banco o Dinheiro.
No raso o Democrata; no fundo o Tirano... aspiro ao Castrismo.
No raso a Modéstia; no fundo a Glória... apiado-me do Fraco.
No raso o Dar; no fundo o Receber... dizimo os Deuses.
No raso a Vida; no fundo a Morte... duvido do Ser.
No raso o Amor; no fundo a Segurança... dôo-me aos Homens.
No raso o Singular; no fundo o Plural... amo as Mulheres.
No raso a Procura; no fundo o Encontro... Sou o que Sou”.
Segunda Estação ou Estada
– Grã, olhe e veja a Vida.
Olhava e via maravilhado um novo agregar-se.
Via o inorgânico agregar-se a outro inorgânico e inexplicavelmente gerar o orgânico. Será que foi aquela descarga elétrica?!
Via a Vida surgir e com ela a primeira necessidade básica: Alimentar-se. Via que neste alimentar-se estava implícita a idéia de o mais forte destruir o mais fraco.
Via a Vida expandir-se e com ela o único objetivo: Reproduzir-se. Via que neste reproduzir-se estava implícita a idéia de igual e de desigual.
Percebia estupefato, que o Alimentar-se e o Reproduzir-se geraram o Proteger-se, e que este gerou a Posse, e que esta, a noção do Meu.
Via surgir as espécies. Via por padrão, as mais fortes e mais aptas destruir as mais fracas e inaptas.
Via proliferar a nefasta espécie humana onde os mais fortes e mais aptos nem sempre prevalecem, pois via que por um desvio de padrão, surgir o “Esperto”.
Entendia que a origem do desconforto era a esperteza do “Esperto”, mas não encontrava indícios de pertencer a nenhuma espécie e principalmente à humana, mesmo que usasse a Escova Dental.
“– Parabéns, Amigo! Muitas felicidades!!
– Obrigado, Amigo! Por quê??!
– Hoje é teu aniversário, Amigo! Esqueceu?!
– Não!! Mas por que parabéns e votos de felicidades?!
– Por que sou teu amigo e hoje é um dia especial!
– Claro que é, Amigo! Mas por que hoje é um dia especial?
– Porque é o dia do teu nascimento!!
– Por que o dia em que nasci é especial?!!
– Porque o dia do nascimento de um amigo é especial, ora!
– Certo!! O dia do teu nascimento, também, é especial!?
– É, não é?!! Natalício de amigo é especial!! Não sou teu amigo?!
– Claro, Amigo! Por que o natalício de amigo é especial?
– Porque é o dia que o amigo nasceu, ora!!!
– Isto já disseste. Diga-me por o natalício de amigo é especial!!!
– Sei lá, eu, Amigo!! Uso e costumes, talvez!
– E não sendo amigo, Amigo, não é especial?!
– Acho que é, não é?! Sei lá, eu, Amigo!!
– Obrigado pelos parabéns e felicidades por ser meu natalício!
– Claro, Amigo!! Finalmente!!!
– E no dia trinta e um de dezembro, quem nasceu, Amigo?!
– Sei lá, eu, Amigo!!
– Por que nesse dia se deseja felicidade, prosperidade etc., etc.
– Porque é o outro dia destinado para isto! Sei lá, eu, Cara!!!
– E os outros trezentos e sessenta e três!?
– Sim! O que é que têm eles, Amigo???
– Que se faz com eles?! Os trezentos e sessenta e três!?
– Que se faz com eles?!?!?! Ah! se eu não fosse teu amigo, Amigo!!!
Terceira Estada ou Estação
– Grã, olhe e veja Grã,
Olhando via seres ancestrais, e estes seres não eram concretos e sim abstratos.
– Desta vez não vamos usar argila.
– Como é bonitinho, parece com a Vovó!
– Não! parece com o Vovô!
– Não! parece com a Mamãe!
– Interessante! não parece com o Papai!
– É, realmente! Não é que o danadinho lembra o primo que passou uma temporada por aqui e depois sumiu misteriosamente sem deixar vestígios! ( – Mãe, que isso!?!?!?)
“Sabia ser diferente de todos e parecido com todos: Era e não era.
Concluía (por achismo) ter encontrado o talvez do por quê de não pertencer a nenhuma espécie.
Crescera sob os cuidados de sempre uma nova babá. (A mãe era ocupadíssima em seus afazeres de nada fazer, a não ser o de fazer o que era para não ser feito).
Crescera sob a ausência do pai. (Ocupado em seus afazeres de fazer o que era para ser feito aqui e sempre era feito lá).
Crescera solitário meio a uma multidão de seres bizarros que não faziam e nem diziam coisa com coisa.
Cada qual ensimesmado em seu próprio projeto de vida e pouco se lixando para o do outro, a não ser quando interagindo, pudessem levar alguma vantagem.
Será que neste momento foi criada a Lei Gerson?
Nada percebia que pudesse indicar ser membro daquela espécie ou de qualquer outra, pois todas também assim interagem e em nada diferem da humana, a não ser pelo não uso da Escova Dental... Entretanto usava Escova Dental.
Adora caça terrestre! Adora mesmo!! Fanático!!!
Não é somente por abater a caça (claro que é importante, mas...) e sim por estar em contato com a Natureza e se sentir feliz em possuir uma velha arma de antecarca.
É certo que há outras maneiras de estar com a Natureza, mas existe nele a descendência de Órion. Que jeito! Atavismo!!
Possui uma velha espingarda de antecarga (Soca-Soca).
Deseja ardentemente, uma de retrocarga (Cartucho).
Mas... não tem posses para tal felicidade. Contudo, deseja.
Se fosse um estóico... talvez aceitasse. Mas não era. Que jeito?!
Possui um amigo que pode satisfazer o seu desejo, e pede.
Mesmo conhecendo O Pedir, de Vieira (era pobre, mas não... burro) que inicia com: “Não há coisa que tanto repugna ao homem como o pedir”,... pede.
O amigo concorda, em lhe “dar” a arma, realizando o seu sonho, entretanto ao dar ela vem sem os cartuchos os quais também não pode adquirir.
Pensa: Melhor a arma sem cartucho, que... nem arma nem cartucho!
Exultante recebe seu presente! Linda!!
Tem agora a velha Soca-Soca e uma novíssima e excelente arma de retrocarga. Mas... sem cartuchos e sem poder comprá-los!!
Continua fanático por caça e agora louco para estrear sua novíssima e excelente arma de retrocarga “presenteada” pelo amigo, mas sem cartuchos.
E agora?!
Lembra de José, do Drummond, (era pobre, mas...); lembra do “amigo”; lembra do Gaúcho, do Assenso!!
Mesmo não sendo estóico, volta a caçar com sua velha Soca-Soca, porém agora, sem aquela felicidade de quando possuía apenas sua velha Soca-Soca e por saber que possui uma excelente arma mas...
Quarta Estada ou Estação
– Grã, olhe e veja o Futuro.
Olhava e nada via. Nem mesmo o ínfimo pontinho, o nadicazinho do Nada.
Sabia não ter futuro, mas nem por isso deixava de ler do Gilgamesh sumeriano (Sin-leqe-unnini?) com sua busca imemorial pela imortalidade, ao Xangô brasileiro (Jô Soares) com sua irreverência.
Bhagavad-Gitã e “Puranas” induístas, “Bíblias” cristãs, Corão muçulmano, e todos os outros do gênero: estudou-os racionalmente.
Nas “Artes Fonéticas” somente o que era bom e construtivo, quer erudito ou popular.
Anoso, constatou como perdeu seu tempo tentando seguir conselhos esdrúxulos de ancestrais “sábios´:
– Estude, meu filho, somente o estudo faz o ser humano evoluir!
Que conselhinho cocô!!!
Leu e ouviu. Estudou e apreendeu. “Pra quê? Pra Nada.” (Ascenso)
Liga o rádio. Não entende a genialidade de “vai sentando na boquinha da garrafa” ou “cuidado com a vassoura que é pior do que cenoura” ou “borogodá, deixa de banca comigo” ou “entre tapas e beijos” ou o moderníssimo “tapa na cara”. Sem falar no “Moranguinho” cuja letra, talvez por deficiência auditiva, somente ouve: “Ela me mordeu a batata da perna, ai que dor!” e o “Amor, I love you”, que lhe soa como: “Por favor lave o cu”.
Liga o televisor. Não entende as construtivas mensagens das “Xuxas” infanto-juvenis, dos “Ratinhos” realistas, dos “Gugus” higienizadores, dos “Sílvios Santos” esperançosos, dos “Edires e Rossis” evangelizadores, dos “Aquis e Agoras” elucidativos.
Meditabundo, descobriu-se... um dinossauro chato e de galochas!!!
Primeira Proposição ou Conjectura
– Grã, precisamos dar início a uma nova Big Bang aonde não haja argila!
– Não é mais fácil eliminar a argila desta atual Big Bang que vimos iniciar?
– Talvez! Para você que não a possui e foi criado por Abstrações será muito fácil, se aceitar a tarefa.
– Aceito, claro que aceito! Aceito esta tarefa messiânica de eliminar toda a argila que proliferou nesta Diástole Universal após o último Big Bang qie vimos iniciar.
– Ave! Ave! E por onde vai começar?
– Com um novo e espetacular Dilúvio, mas tendo o cuidado de acabar primeiro com todos os Construtores Navais.
– Não vai dar certo, pois temos Estação Espacial e muitos Espertinhos.
– Que tal uma nova Santa Cruzada atualizada com Tomarocks nucleares?
– Que nada! Há muitas cavernas, túneis e inumeráveis abrigos subterrâneos.
– Que tal um novo e infalível boato que cause um craque em todas as Bolsas de Valores?
– Nem pensar! É inútil devido ao “Caixa Dois” brasileiro!
– E fortalecer o Talibã com novas armas e novas bactérias?
– Seria uma boa opção, entretanto seria restrita a esta galáxia e queremos um diferente e novo Big Bang, correto?
– Que você sugere?
– Reunirmos os cientistas americanos e russos (adoram criar armas escatológicas) e financiarmos pesquisas científicas com a finalidade específica de destruir os átomos; e através de uma reação em cadeia planetária e astronômica implodir-se-á o Universo, correto?
– Perfeito! Mas tem um problema: Também será destruída a minha Escova Dental e isto não é admissível, concorda?
– Realmente estamos diante de um impasse! Que tal submetermos a matéria ao Congresso Nacional e deixar que ele decida?
– Pirou, foi!?
– Grã, !!!
“Nada que é feito é o que é, e sim o que dizem que é.
Uma porta não é uma porta até que digam que ela é uma porta.
Uma porta é uma porta quando é útil para dar passagem ou impedir a passagem, mas se for colocada em aclive e facilitar a subida ou a decida não será uma porta, será uma rampa.
Algo apenas é quando apenas é.
Uma flor é uma flor enquanto for uma flor e não tiver nenhuma utilidade nem a de ser flor, mas se lhe for dada uma utilidade, não será flor e sim a utilidade a ela dada.
Dada a utilidade, a coisa deixará de ser a coisa.
A utilidade é mutável, portanto inconsistente.
O consistente, dada a utilidade, deixará de ser consistente, e passará a ser inconsistente.
A Fé é inconsistente porque é útil, e sendo útil tem a utilidade de ser útil, portanto é inconsistente.
Deus é Deus porque não tem nenhuma utilidade, nem a utilidade de ser Deus, mas se Lhe for atribuído qualquer atributo, deixará de ser Deus e passará a ser a utilidade do atributo dado.
A Morte é a Morte porque tem todas as utilidades e todos os atributos, portanto a Morte é consistente.
Posso não crer em Deus; não posso não crer na Morte.
Algo não há quando é em si mesmo.
A Morte não há em si mesma; A Morte é em si mesma.
Deus não é em si mesmo; Deus há em si mesmo.
A Morte apenas... é; Deus... há.
Segunda Proposição ou Conjectura
– Grã, precisamos dar inicio urgente, a uma nova Big Bang aonde não haja argila!
– Claro, mas que haja Escova Dental, esqueceu?
– Não é que havia esquecido!
– Para darmos inicio a uma nova Big Bang se faz necessário interrompermos esta Diástole Universal em andamento, pois se esperarmos até que ela chegue ao seu limite estremo de expansão, se contraia em uma nova Sístole Universal para que aconteça um novo Big Bang vai demorar uma pá de tempo.
– Claro, claro! Entretanto como interromperemos este Processo Cósmico?
– Remeteremos tudo para os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
– Para quê? Vai demorar muito mais que esperarmos uma nova Big Bang!
– Não, de modo algum! O que vai ser criado é um Caos seguido de um imenso Buraco Negro e desta Diástole Universal em curso não vai sobrar nem um nadica de nada de lembrancinha, sacou?
– Grã, você é o... Máximo!!!
“Reunida, em um barzinho unissex, a família ultra moderna divertia-se, quando chega o filho adolescente...
– Pápi, quero apresentar o meu novo namorado. Fogoso e bem dotado. Não é um deus etíope!?
– Lindo! Falam em uníssono, o pai e seu companheiro. Uma gracinha!!
O filho senta-se junto a mãe e sua companheira, e...
– Realmente, Filhoca, você tem bom gosto! É um deus de ébano!!
Para entabular conversa ele pergunta...
– Mâmi, quedê a Maninha?
Responde a mãe exultante...
– Saiu com a namorada para comprar uns baseados e uns papelotes. Volta já.
O filho, para tornar mais família a reunião, informa...
– Mâmi, sabia que o meu novo amor é irmão da namorada da maninha?
A notícia faz com que o pai interrompa o beijo de língua que dava em seu companheiro, e...
– Bem que eu estava achando a fisionomia dele familiar!
Neste meio tempo, chegam a maninha com a namorada e faz a distribuição dos incentivares.
Depois de darem uma cheiradinha e acesos os baseados a mãe pergunta para o filho...
– Lindinha, por que o seu amado nem cheirou e nem está fazendo a cabeça? Não vá me dizer que ele é evangélico!?
– Não, Mâmi!! Ele é desportista!
Fala o pai, agora interessado na conversa...
– Com todo este porte somente deve ser jogador de futebol, claro!
Responde o amado...
– Não. Não bebo e nem fumo. Gosto de estar em contato com a Natureza, pois pratico o esporte mais nobre e antigo que há: A Caça.
Fecha-se o tempo. O pai e seu companheiro quase têm um siricutico. A maninha e sua namorada levantam-se e ameaçam retirarem-se. A companheira de sua mãe começa a passar mal. Sua mãe, exercendo o matriarcado, levanta-se apopléctica e de dedo em riste: – Filho desnaturado! Como é que você pôde se envolver com um criminoso hediondo destes. Exijo que ele se retire e que você nunca mais o procure. Onde já se viu!?!?
Terceira Conjectura ou Proposição
– Grã, ainda precisamos recomeçar uma nova Diástole Universal com uma nova Big Bang, mas sem argila e com Escova Dental!
– Correto. Mas a argila por ser uma rocha de origem sedimentar, composta predominantemente por fragmentos inferiores a quatro micra de diâmetro, formada por silicatos hidratados de alumínio, partículas de ácidos metálicos e matéria orgânica, é muito utilizada industrialmente, em cerâmica, construção e para fins medicinais.
– Correto. E daí,?!
– O problema não está na argila e sim no... Oleiro.
– Seja mais explicito.
– O Oleiro é quem trabalhando a argila, lhe dá a forma que lhe vem à ventas.
– Correto, e daí?!
– Podemos começar uma nova Diástole Universal, mas sem... Oleiro.
– Neste caso quem irá construir os objetos de argila necessários ao uso diário tais como panelas, jarras, potes, pratos etc., etc., etc....
– Realmente não havia pensado nesta hipótese, entretanto poderemos começar uma nova Diástole Universal com Oleiro, mas com a proibição de modelar da argila do solo qualquer forma humanóide.
– Seria desnecessário, pois o problema não está na modelagem e sim no sopro nas narinas.
– Neste caso poderemos começar uma nova Diástole Universal com Oleiro que não seja... Soprador.
– Perfeito! Começaremos uma nova Diástole Universal com argila, com Oleiro que não seja Soprador e com Escova Dental, perfeito!!!
– Entretanto se por acaso um dos Oleiros for desobediente e der um soprinho de nada para retirar uma sujeirinha que por ventura haja ficado por perto da região nasal?
– Será impossível: O Oleiro não é Soprador, esqueceu?!
– Não é que tenha esquecido, mas Oleiro é danadinho para esquecer!
– Mas ele não será Soprador, repito. Pode confiar.
– Pirou foi! Será escrito: MALDITO AQUELE QUE NOUTRO CONFIA.
– Grã, calma!
“Estamos em pleno quarto milênio d.C. do planeta Água (até que enfim constataram o óbvio) e finalmente a busca pela perfeição chegou ao final, isto é, quase chegou.
Com o advento da Tecontrologia tudo pode ser controlado, isto é, quase tudo.
Controla-se a emissão de poluentes;
Controla-se a quantidade de ar respirável;
Controla-se a clonagem (sob protesto, é claro, dos administradores do sagrado) da única raça humana andrógina (podendo cada um exercer, por opção, o papel masculino ou feminino) existente: a Negamabran. Por sinal mantendo como forma padrão planetária preferencial:
a) A cabeça da Vênus de Milo;
b) O busto da Fafá de Belém;
c) A bunda da Tiazinha;
d) As coxas da Marta Rocha;
e) As pernas da Elba Ramalho.
Como atributos especiais (opcional):
a) A emergência da Galisteu;
b) O adaptação da Menenguelli;
c) A reciclagem da Camargo;
d) O carisma e a breguiçe dos Rossis;
e) Artes, que por sinal, no que se refere a dança há uma preferência planetária pela modalidade “vai baixando na boquinha do tonel” (pelo constante aumento do “talento tiazinhado”).
Infelizmente, até o presente momento, os cientistas (mesmo envidando todos esforços, com a ajuda da mais sofisticada “tecontrologia” de ponta) não conseguem controlar (mas prometem que o farão até o décimo milênio d.C.) a insopitável... fidelidade feminina. .
Quarta Conjectura ou Proposição
– Grã!?!?!? Magoei.
– “Não fique triste que este mundo é todo seu, você é... “, desculpe-me. Sobre o que falávamos?
– Pronto! Pirou e esqueceu ou esqueceu e pirou?
– Sabe que não sei, sabe?
– Não sei se você sabe, sei que você esqueceu, esqueceu ou pirou!
– Pirar sei que não pirei ou pirei e não sei que pirei?
– Sabe que não sei, sabe?
– Sei que tomei umas e outras e estou com um gosto de cabo de guarda-chuva desgraçado e quero minha Escova Dental.
– Grã!!!
“A biosfera é complexa, digo, os seres da biosfera são complexos; isto é, os animais da biosfera são complexos; ou melhor, os primatas da biosfera são complexos; ou direcionando melhor, os seres humanos são complexos; ou restringindo mais, as fêmeas dos seres humanos são complexas; ou especificando, a mulher anosa é complexa.
Entre os seres vivos tidos como irracionais, demonstrar fraqueza significa desprezar a vida e aceitar a morte, mas entre as mulheres senis significa querer a vida e rejeitar a morte. (não falei que era complexo!)
Fêmea irracional fraca, fêmea irracional morta.
Fêmea racional fraca, fêmea racional viva. (e bota viva nisso).
Como engana a fragilidade feminina!! Se feminina e senil, aí lascou! Se senil e queixosa... Xantipa perde por mais de três corpos.
Olhamos para aquela figurinha fragilizadazinha, andarzinho miudinho, arzinho meiguinho e nos sentimos incapazes sequer, de pensar em nada que não seja amor.
Mas-porém-entretanto-todavia-contudo, por traz daquela anjinha se esconde uma luciferaça de fazer inveja a Capitu.
Com aquela aparente fragilidade e carência, quando contrariada por qualquer “dá cá uma palha”, usa e abusa da Lei Gerson. (aparência sertaneja do Euclides)
O soneto antitético camoniano sobre o amor seria paradoxal, se sobre a mulher idosa.
Iracunda, irascível, colérica, enfurecida, furibunda, irosa, sanhuda, rixosa, maldizente, briguenta e quejandos, como querem os eruditos; ou peste, murrinha, siribobéia, mala, gota serena, “cascacu” (do Caco), como quer o povão; são pós-graduações que vão enriquecendo seu currículo.
Apenas para citar Salomão: “Goteira pingando sem parar em dia de chuva e a mulher briguenta são semelhantes! Contê-la é o mesmo que conter o vento ou pegar o óleo com a mão.” (Provérbios 27:15)
Primeiro Qüiproquó ou Equívoco
– Grã, sucesso total! Foi iniciado uma nova Diástole Universal, (graças o Caos e o incomensurável Buraco Negro que você havia previsto) sem argila mas com a sua “imexível magriana...” Escova Dental.
– É aí que você se engana! Minha Escova Dental simplesmente... sumiu!
– Sumiu?
– Sim! Sumiu.
– Sumiu?!
– Pô! SUMIU.
– Sumiu, sumindo?
– Correto. Assim... sem mais nem menos.
– Como?
– Sabe que não sei?
– Ah! Isso não pode ficar assim não!
– Claro que não pode, ora!
– O que vamos fazer?!
– Instaurar em caráter urgente urgentíssimo uma... CPI.
– Pirou, foi?
– Pirou, por quê! Parlamentar vive somente para instaurar CPIs, ora!
– Grã!!!
Segundo Qüiproquó ou Equívoco
– Grã, a CPI, em seu relatório final, concluiu o que passarei a ler:
“Nós, Excelências Membros desta CPI, como legítimos representantes do povo, pelos poderes que nos foram conferidos através de “maracutaias”, digo, delegações constitucionais provenientes de Medidas Provisórias, concluímos que a causa primordial do sumiço da “magriana imexível” excelentíssima Escova Dental foi o fato de não existir indícios constitucionais para o misterioso sumiço do imprescindível instrumento de uso exclusivo, para a higiene bucal, higiene esta imprescindível, pois segundo as Sagradas Escrituras, está mais ou menos escrito (pois há algumas controvérsias) que “O que leva o homem para o quinto dos infernos é o que sai da boca e não o que entra por ela”, portanto se não há indícios constitucionais, concluímos a nossa conclusão, (sem violarmos o painel eletrônico e sem derramarmos uma lágrima sequer) afirmando que esta porra não sumiu coisa nenhuma, e recomendamos que o individuo que se diz lesado e privado de seu segundo ele, imexível objeto lhe seja cassado os direitos políticos pelo resto de sua vida e que seja acrescida à pena mais vinte anos, a não ser que ele esbraveje, chore e renuncie um segundo antes deste relatório conclusivo ser entregue à Mesa.”
– Estou pasmo!
– Por quê?
– Porque estou, ora!
– Por quê?!
– Porque sim, ora.
– Porque sim... não é resposta e você bem sabe que a sabedoria que emana do Castelo Ra-Tim-Bum é algo inquestionável.
– Claro que sei, e é por isso que estou pasmo.
– Grã!!!
Terceiro Equívoco ou Qüiproquó
– Grã, você está em uma sinuca de bico!
– Não! Ledo engano, seu!
– Por quê?
– Por quê?! Porque nos estamos em pleno início de uma Diástole Universal, sem argila, com Oleiro sem ser Soprador, mas com Escova Dental, (mesmo que presentemente haja levado um chá de sumiço deveras misterioso), portanto aquela CPI não tem (como todas as demais) a menor importância, logo eu exijo que me seja entregue imediatamente a minha imprescindível Escova Dental, principalmente agora que degustei um lombo assado e estou com uma quantidade enorme de pequenos fragmentos entre os dentes, e não existem nem palito nem fio dental.
– Sabe que não havia pensado nesta hipótese? E daí?
– E daí?!?! QUERO DE VOLTA A MINHA IMPRESCINDÍVEL MAGRIANA IMEXÍVEL ESCOVA DENTAL.
– Grã, calma!
Quarto Equívoco ou Qüiproquó
– Grã, faça o seguinte: Volte ao seu aposento e procure com cuidado.
Após uma busca mais detalhada e cuidadosa.
– Eureca! Não é que antes de sair para ir degustar o lombo assado eu havia escovado os dentes e na pressa deixei a minha imprescindível “imexível magriana” exclusiva Escova Dental em cima da cama. Quando fui dobrar os lençóis certamente ela foi no rolo e não é que a minha exclusiva “imexível magriana” imprescindível Escova Dental estava dentro do guarda-roupas.
– Não disse que a pressa é inimiga da perfeição!
– Disse quando?!
– Disse, digo, não disse, pois estamos no início da nova Diástole Universal, que somente foi possível iniciar devido ao Caos e o Buraco Negro estabelecidos quando remetemos o Processo Cósmico aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, e sem argila, sem Oleiro Soprador, mas com sua imprescindível etc., etc., etc. Escova Dental, logo este aforismo ainda não foi criado.
– Viu como eu estava certo? Você não disse.
– Viu como você estava errado e a CPI estava (por incrível que possa parecer) certa em seu relatório conclusivo?
– Empatamos, ora!
– Grã?!
Primeira Releitura ou Literatice
– Grã, preste bastante atenção em esta releitura, pois está muito na moda entre os intelectuais... reler.
“Era uma vez, digo, foi uma vez, ou melhor, havia sido uma vez, ou ainda, fora uma vez (fora não... se pode confundir com fora), um lugar muito distante, distante mesmo, tão distante que ficava a mais de um bilhão de anos luz da casa de cacete.”
– Realmente era longe pra cacete!!!
– Claro que era longe, mas não me interrompa, por favor, senão perco o fio da meada, mas continuando.
– Momento! De acordo com a Lei da Relatividade era longe da casa de cacete, entretanto podia ser perto de onde estamos, correto?
– Sabe que não havia pensado nesta hipótese? Mas deixemos as futuras explicações do Albert Einstein e vamos ao que interessa: A primeira história. Ah! Ia me esquecendo: NÃO ME INTERROMPA!!!
“Neste lugar longínquo havia um reino encantado onde moravam sete anões, (apenas sete para que não se confunda com outro reino também encantado, mas aonde há milhões de “anões”).
Pois bem! Neste reino havia uma menina preta como o carvão, ou melhor, preta como consciência de líder religioso gay enrustido.
Havia também uma madrasta branca muito má que havia adotado a menina para aparentar muito boa quando a levasse a chás beneficentes, pois era perua dondoca alpinista social emergente, mas por uma infelicidade terrível nascera sem um bumbum empinadinho e logicamente para subir na vida teria de procurar outros meios, pois ainda não havia roqueiro para ser drogado e obrigado a assumir a paternidade.
Havia também um príncipe e como todo príncipe nunca havia trabalhado. Nem pelo menos, batido um prego em uma barra se sabão, pois segundo ele: – Trabalhar era muito cansativo e humilhante, pode?
Este príncipe era tão preguiçoso que de uma certa vez passou mais de uma semana gemendo por pura preguiça de se endireitar, somente por haver se sentado de mau jeito sobre os próprios testículos.
A menina era muito maltratada por sua madrasta, e somente trabalhava colocando carvão no fogão do palácio, e como o carvão era preto, algumas vezes a menina ficava com as roupas tão suja de carvão que sumia dos olhos de todos e nessas horas ela aproveitava e ia brincar de médica com os sete anões.
Quando a madrasta má descobriu a safadeza, colocou a menina para carregar saco de farinha de trigo na padaria real e a menina às vezes, ficava tão branca por causa do pó da farinha de trigo, que também a chamavam de... Branca de Neve metida a besta.
Um dia a menina não agüentando os maus tratos por parte da madrasta má, fugiu de casa e foi morar na rua e lá aprendeu a fumar craque, até que um dia foi “descoberta” por um famoso fotografo de modas decadente que para voltar a ser famoso, fez com que ela fosse “top-model” por uma semana.
A menina nas semanas que se seguiram ao seu primeiro e único desfile de modas, danou o dente no craque e morreu de overdose, contudo no último momento pediu perdão ao filho e hoje mora no céu julgando os vivos e os mortos, feliz para sempre.”
Segunda Releitura ou Literatice
– , preste atenção em esta outra história, mas antes que eu me esqueça e perca o fio da meada: CONTINUE DE BICO CALADO!!!
“Era uma vez um rei que depois da morte da rainha casou se com uma moura. Esta moura por sofrer da coluna que, além de bico de papagaio tinha lordose, escoliose, cifose, a deixava bastante empenada e daí o nome de: Moura Torta.
A filha deste rei era muito bonita e a madrasta além invejosa, má e torta, também andava metida em macumba, sendo uma macumbeira daquelas.
Para você ver como era importante ela ia fazer macumba em um sitio de uma dinda de um certo ex-presidente.
Um dia a madrasta acordou pelo avesso, pegou um prego que ela havia preparado em um terreiro de macumba e “calçado” por um exu da pesada e tacou no quengo da menina que se transformou imediatamente em uma... pomba.
Naquela nova forma e sem ter para onde ir ela saiu pela aí até que foi adotada por uma enorme comunidade do GLS.
Ali ela fez o maior sucesso: Era pomba pra lá, era pomba pra cá, não tendo um só minuto de descanso.
Um dia cansada e já à beira do esgotamento físico, estava sentada à beira do caminho chutando lata, quando apareceu uma enrustida emergente também cansada de guerra e ficou alisando a cabeça da pomba, até que descobriu o prego enfeitiçado.
Quando a de dia, Maria e de noite, João tirou o prego da cabeça da pomba ela novamente se transformou em uma linda “ninfeta” e de imediato foi convidada pela sua benfeitora para ser sua “companheira” e viveram felizes para sempre.”
Terceira Literatice ou Releitura
– Grã, continue prestando bastante atenção a esta próxima história e... já sabe, CALUDO.
“Era uma vez uma Carochinha que ao varrer a casa achou uma moedinha de ouro.
Imediatamente comprou uma fita, amarrou no cabelo, se emperiquitou toda, colocou uns dez quilos de silicone e foi à janela para ver se arranjava um marido, pois estava a perigo e já havia dado o terceiro e último tiro na macaca.
Primeiro apareceu um Burro e a Carochinha falou:
– Burrinho, você quer casar comigo? Sou carinhosa e tenho dinheiro em vários paraísos fiscais.
– Claro que quero! Quem vai dispensar um pitéu desses!
– Entretanto há uma coisa: Quero ver primeiro o que você tem para mim na primeira noite de núpcias.
Quando o Burro mostrou:
– Deus me livre de tal noivo/ tendo esta desgraceira/ terei susto todo dia/ pesadelo a noite inteira!!!
O Burro foi embora triste, mas logo apareceu um lindo Cavalo.
– Cavalinho bonitinho, quer casar comigo, etc., etc., etc....
– Nem se pergunta! Só se for agora.
– Certo! Mas tem uma coisa e etc., etc., etc,...
Quando o cavalo mostrou:
– Deus me livre de tal noivo/ tendo esta desgraceira/ terei susto todo dia/ pesadelo a noite inteira!!!
O Cavalo foi embora triste, mas logo apareceu um belíssimo Jumento.
As perguntas se repetiram e na hora do exame pré-nupcial:
– Deus me livre de tal noivo/ tendo esta desgraceira/ terei susto todo dia/ pesadelo a noite inteira! Credo! Sarava! Valha-me meu São Benedito!!!
A Carochinha já estava desistindo quando passou um Ratinho.
– Ratinho, você quer casar comigo? Sou carinhosa e tenho dinheiro em vários paraísos fiscais.
– Que besteira! Tenho um porgrama de oditoro, trabaio na Tlevisão, tenho o maior IBOP no mei dos bregas e vê lá se quero me casá com uma Carochinha emergente. Vai pintiá macaco e vê se te manca, pirua!
Quando o Ratinho foi embora depois da esnobada a Carochinha falou:
– Quer saber do que mais? Sou rica e pra que quero diabo de marido para comer meu dinheiro.
Entrou, pegou o celular e telefonou para uma agência de acompanhante, fez um contrato para que a agência mandasse toda a noite um garotão, e que nunca fosse o mesmo e viveu feliz para sempre.”
Quarta Literatice ou Releitura
– Grã, continue sendo um bom menino e escute.
“Era uma vez uma linda menininha que gostava de a casa de sua avozinha que morava sozinha, do outro lado de uma floresta de onde os sem terras tiravam madeira para construir bibocas quando faziam ocupação em propriedades rurais alheias.
Ela mesmo velhinha, era obrigada a morar sozinha, pois era muito pobrezinha e você sabe como é: Velhinha e pobrezinha não há filho que a queira por perto.
A menininha gostava de usar um chapeuzinho vermelho e já estava crescidinha. Ela fazia uns bolinhos gostosos e diet, para dar a sua avozinha, pois a avozinha além de velhinha e pobrezinha sofria de todo o tipo de achaque: Diabética, hipertensa, depressiva, esclerosada, cada variz da grossura de um poste, surda, quase sega – uma desgraça.
De certa feita apareceu um lobo mau que não era bem um lobo, mas um sessentão medido a gavião que passava o dia todo correndo atrás de menininhas e à noite somente comia avozinhas.
Quando esse lobo mau soube que a menininha sempre ia à casa da avozinha ficou todo assanhado. Foi até a casa da velhinha pobrezinha e sozinha, colocou a dita cuja, em seu cardápio, pois estava pelando o ganso há bastante tempo, deu um chega pra lá na avozinha e se deitou em sua cama.
Quando a menininha entrou na casa da avozinha foi logo para o quarto, pois já sabia o que era brincar de médica com o priminho e vendo aquele lobo mau não perdeu tempo:
– Seu Lobo Mau, você já degustou a minha querida avozinha, mas será que ainda pode me degustar?
– Claro que posso, Chapeuzinho, deixa-me vestir a camisinha.
Quando o lobo mau tentou vestir a camisinha a menininha viu a falecida e perguntou:
– Seu Lobo Mau é com isso aí que você vai me colocar no seu cardápio?!
– Claro que é, ora!
Nesse momento a Chapeuzinho teve um ataque de riso e ria tão alto que atraiu a atenção de um “crilouro” sem terra que entrando no quarto, deu um pescoção no lobo mau e foi aquela festança.
O lobo mau vendo que não havia outro jeito falou:
– Já que não tem tu, vai tu mesmo. E danou o dente, digo, a língua.
O “Crilouro” e a Chapeuzinho, o Lobo Mau e a Avozinha viveram felizes para sempre.”
Primeiro Devaneio ou Enleio
Heureca! Achei!! Encontrei!!!
Falara consigo mesmo, pois encontrara o que tanto procurara ou pelo menos pensara que havia encontrado.
Heureca!? Somente podia ser aquele algo especial que estava procurando por toda sua vida e não somente ele, mas todos os primogênitos de sua família!!
Lembrara-se de que conhecera seu bisavô bem velhinho e já próximo de bater a cacholeta lhe havia confidenciado que ia desta pra melhor se há outra melhor da do que seu bisavô vivia pois era um verdadeiro nababo nascido em berço de ouro sem ter nunca feito nada que criasse o menor calo em suas finíssimas e bem tratadas mãos as quais lembravam as da Virgem Santa Maria ou mais exatamente as delicadíssimas mãos do Senhor Krsna acariciando um veadinho com o pescoço bem espichadinho e com a cabecinha encostada em seu corpo azul e não encontrara o que havia procurado por toda a sua longa vida de quase uma centena de anos.
Lembrara-se de que seu bisavô (pouco tempo após confidenciar-lhe a busca infrutífera) partira para as sagradas mansões celestiais conduzido em carruagem fúnebre negra puxada por duas parelhas de cavalos manga larga marchador negros com linhagem ancestral procedentes de aras com longa tradição em animais perfeitos portando no alto da cabeça longos penachos de plumas negras provavelmente de avestruzes abatidos nas savanas da África por um inescrupuloso caçador que ao abatê-los deixara entregues à própria sorte uma dezena ou mais de pequeninos avestruzes, pois como sabemos a avestruz fêmea apenas põe os ovos (são enormes pois ela mesmo sendo ave não tem pena, isto é, pena do cu) no ninho do macho e nem os choca e tampouco os cria sendo desta maneira uma mãe que poderia ser considerada por nós os humanos amorosos e românticos como desnaturada mas ela por não ter conhecimento nem consciência deste grave delito pouco está se lixando para o que possa acontecer aos seus rebentos pedindo ao seu avô que continuasse na busca daquele algo especial.
Lembrara-se de que seu avô já no final de sua longa vida de apertos, pois por não ter sido ensinado pelo seu pai nababo a ser econômico tornara-se um tremendo perdulário gastando muito moço toda a herdada fortuna em bacanais homéricos saboreando finíssimas iguarias e degustando raríssimos vinhos sempre estando acompanhado de aproveitadoras e belíssimas “cortesãs” que dilapidaram toda a sua fortuna entre elogios e beijos e abraços fazendo com que ele cresse que era um garanhão gostosão, mas quando ficou pobre e endividado levou foi um tremendo pé na bunda por haver se tornado (não sendo tornado, mas um simples ventinho) professor de rede pública estadual porque assim teria uma renda ínfima, mas segura que garantiria pelo menos o pagamento da certidão de óbito e o avô lhe havia ensinado (com base no livro “A Palavra Que” do Arlindo de Sousa que faz parte do catálogo da J. Ozon + Editor publicado nos idos mil novecentos e sessenta e um) o uso do quê que por sinal é “pau pra toda obra” dependendo apenas da origem e emprego latinos pois se de “quid”será pronome interrogativo ou advérbio ou substantivo se de quem será pronome relativo se de “quam”será conjunção subordinada comparativa ou concessiva se de “quia”será conjunção subordinada integrante ou causal ou final podendo ser ainda o nome da letra Q ou interjeição ou expletivo ou conjunção coordenada aditiva ou preposição ou adjetivo e pode ocupar quase todas as funções sintáticas e pode classificar-se em quase todas as categorias gramaticais somente não podendo ser verbo também seria demais pois “No começo era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” mas que não deveria usar o quê em demasia o que acarretaria uma carreta de quês que não resultaria em um polissíndeto perfeito [perfeito somente Deus] pois ele só é perfeito quando do uso intencional e enfático da conjunção aditiva e mesmo que o quê tenha também esta função também lhe confessara que sabia da morte iminente e infalível mas não havia encontrado o que procurara a vida toda.
Lembrara-se de que seu avô ao partir provavelmente para o purgatório por perdulário e mulherengo e professor aposentado (mesmo tendo se convertido para uma das seitas universais) pois pobre dificilmente tem acesso a mansões principalmente se elas forem celestiais pois não tendo dinheiro para pagar o dízimo tornam-se inadimplente com os deuses seguira em um caixão muito do mixuruca carregado por um calhambeque de uma funerária sem categoria e que durante o percurso quebrou várias vezes tendo de ser empurrado por quase todo o trajeto pelo séqüito formado por ele e alguns pinguços esperançosos de alguns tragos ao final do enfincamento pedindo ao seu pai que desse continuidade a procura por aquele algo especial.
Lembrara-se de que seu pai ao final de sua não tão longa vida, pois dera um duro da peste para ser um remediado na vida por morar num subúrbio afastado e esquecido de toda e qualquer autoridade principalmente das políticas as quais somente apareciam por lá durante a época das eleições pedindo votos e prometendo mundos e fundos e dando apertos de mãos e abraços em todo mundo e tirando fotos com as velhinhas da localidade e até dando beijo em bochecha de crianças eternamente gripadas e com o nariz escorrendo grosso fio de catarro amarelo e que de vez em quando elas o aparavam lambendo e sugando também lhe confessara que não havia encontrado aquele algo e se sentia frustrado por não ter podido cumprir o prometido ao seu pai.
Lembrara-se de que seu pai quando de sua partida para o céu (pais sempre vão para junto de Nosso Senhor) seguira em carro funerário de primeira pois ele como bom filho e com as facilidades de crédito existentes pudera financiar o enterro em cinqüentas suaves prestações como sempre fazia pois mesmo sendo encarregado de orçamento público tinha a mão mais fechada que pé de papagaio no arame pois o seu dinheiro estava guardado em bancos no exterior em contas numeradas e em países que não mantivessem extradição com o seu e que deu um trabalho dos seiscentos diabos para que ele pudesse finalmente embolsa-los fez ele prometer a também continuar com aquela procura imemorial que mais parecia briga entre famílias importantes pois a causa primeira é totalmente esquecida.
Agora sim tinha certeza de ter encontrado aquele algo especial e bem antes do final de sua vida que certamente seria centenária, pois agora era a autoridade encarregada do orçamento público tendo sempre em mente o lema: “nunca fazer na vida pública o que se faz na “privada”. Lema este que agora norteava o seu país, pois após a nova Constituição (que por sinal aboliu o Super Poder dando equidade a todos e criou de fato o Ministério da Educação pois o que existia de direito era torto e mal-educado) todos os congressistas constituintes resolveram abolir radicalmente a corrupção e o ancestral jeitinho que tantos e tantos males causaram prometendo de pés juntos que seriam honestos e que iriam honrar as promessas feitas ao povo no “calor do palanque” e que nunca mais fariam negociatas e não mais se locupletariam do erário público e que não mais transfeririam suas grandes fortunas (agora devidamente taxadas) para paraísos fiscais aplicando-as nos setores primários e secundários da produção e não mais especulando na bolsa e que somente praticariam ações mesmo sendo legais que estivessem de acordo com a Moral e a Ética tendo a Oposição se tornado consciente e responsável tornando condição sine qua non que todos os seus líderes estudassem (estudassem mesmo e não somente freqüentassem) e concluíssem pelo menos o primeiro grau pois segundo Sócrates “... somente o sábio pode governar...” com filhos estudando no exterior e pagando pensão alimentícia para oito ex-esposas e gastando os tubos com sua atual perua emergente boazuda e tiazinhada mesmo sendo à base de mais de vinte e cinco quilos de silicone devidamente distribuídos entre os peitos e a bunda pois ainda pretendia ser Ministro de qualquer coisa ou quem sabe até Profeta (muito em voga) e fundar uma seita verdadeira pois certamente receberia uma nova revelação dos Evangelhos como já receberam muitos escolhidos portanto não precisaria fazer seu filho primogênito prometer que continuaria a procurar aquele algo especial.
Segundo Devaneio ou Enleio
Contente! Contente!! Contente!!!
Ficara tão contente que resolvera dali pra frente ser totalmente diferente. Primeiramente dispensaria a esposa emergente pois realmente constatou consternadamente que aquela perua esposa nada pudica ou pudibunda mesmo tiazinhada somente lhe dava problemas mantendo constantemente seus cartões de crédito no vermelho.
Lembrara-se de que a conhecera em um consultório de dentista (por sinal muito contente e sorridente) tratando dos dentes (por sinal estavam em petição de miséria o que a deixava muito descontente pois estava tratando-os no pindura confiante no seu papo por ser mestra em usar o dom divino de um corpo tiazinhado sem ser siliconizado ainda naturalmente mas estava em palpo de aranha provavelmente o de uma tremenda tarântula pois havia constatado que o especialista em manejar o boticão mesmo não sendo um Bunda dava uma bunda besta e logicamente teria de encontrar urgentemente outro pato garanhão que assumisse o seu débito em troca de carinhos mil e promessas de amor eterno) que restavam pois os da “frente”já haviam mostrado a raiz para o Sol há bastante tempo e os de “trás”estavam com muitas cáries e cheios de tártaros e de haver gasto como novo pato uma nota preta ou melhor dizendo muitas e muitas notas Azulzinhas.
Lembrara-se de que seu sorriso igualava-se a de uma beleza bengaleza pois consta que esta tribo africana (muito procurada por nossos colonizadores portugueses para seus membros serem vendidos como escravos pois o Papa da época havia abençoado “os que foram dilatando a Fé, o Império, e as terras de África e de Ásia andaram devastando” e agora devastariam a então Ilha da Vera Cruz recém descoberta por Cabral (que por sinal na época chamava-se Pedro Álvares de Gouveia por não ser o primogênito) e também havia considerado os da Raça Negra como animália ou infiéis ou gentios portanto aptos [ou modernamente atos de acordo com a NGB que aboliu o “P”do encontro consonantal pt – minúsculo certamente pois maiúsculo é a sigla do partido que congrega os menos afortunados e paradoxalmente evidentemente os mais afortunados políticos messiânicos lutadores incansáveis pela mudança da CLT o que daria ao trabalhador o período de greve durante período de trabalho e período de trabalho durante o período de greve – apta para a Escravidão o que por sinal era a segunda principal fonte de rendas destes intrépidos barões assinalados pois a primeira era a exploração do nosso Pau Brasil em conivência com os nativos deste Torrão Varonil que faziam o corte e transporte) houve por bem adotar como padrão de beleza a ausência dos incisivos criando assim o sorriso 1001 que mesmo não sendo uma certa palha de aço é muito usado pelos pobres excluídos moradores das favelas e lixões os quais alimentam uma infinidade de líderes religiosos e políticos e outras rapinas quejandas que pululam este mundo de expiação (de acordo com os adeptos de uma outra revelação dos Evangelhos interpretados segundo os conhecimentos de Allan Kardec por sinal um Escritor chamado Léon Hippolyte Denizard Rivail) mas que dentro em breve será transformado em mundo feliz (se já não o é para os corruptos corruptores ou corrutos corrutores como quer a NGB...) e todas estas almas carentes já expiadas viverão felizes para sempre e sempre ad seculorum et seculorum!! Amém ou Âmen.
Lembrara-se de que por este incomensurável contentamento ter tido uma espécie de sonho estrambótico ou uma visão ou uma revelação (quem sabe naquele mundo feliz) de teor como se segue:
“ – Chegamos! falou nosso computador de bordo ao qual chamávamos carinhosamente de Zig.
– Certo Zig! Providencie tudo para que possamos ter mais um daqueles maravilhosos campings.
– Já está tudo providenciado. É somente abrir a porta da espaçonave e descer, confirma o Zig.
Levantei-me e caminhei para a porta e com um suave movimento de minha mão direita em frente ao sensor eu fiz com que ela se abrisse.
– Ô Zig, por aonde andará o povo daqui não estou vendo ninguém?!
– Está brincando comigo! Estão todos por aí no camping. Desça e procure. Ó resultado de mutações e avanços genéticos!!
– Zig daqui de onde estou sem ser necessário descer, estou vendo que o camping está vazio. Você pode fazer uma varredura para saber o que está havendo?
– Certamente que sim, Grã!
Segundos após fazer a verificação fui informado pelo Zig que havia nas dependências do camping setenta e sete seres sapiens sendo: vinte e oito do sexo masculino com idade variável entre sete e cento e quarenta anos, (tempo local) quarenta e nove do sexo feminino com idade que variava dos quatorze aos centro e trinta e três anos. Todos gozando de perfeita saúde como era normal neste ano de cinco milhões e seiscentos mil pós Big-Bang. (p. BB.).
– Deve estar havendo algo de anormal, retruquei para o Zig. Não estou vendo absolutamente ninguém. Muito embora esteja sentindo agradáveis vibrações de alegria e tranqüilidade que estão sendo emitidas por alguns jovens que eu deveria estar vendo aqui perto da espaçonave. Você poderia repetir a varredura?
– Ô Grã, mesmo sabendo que é totalmente desnecessário repetir (pois sou da última geração de inteligência artificial e posso me auto-reprogramar) farei o que pede.
Segundos após a resposta veio enriquecida de maiores detalhes tais como: sete canídeos e trinta e cinco aves de espécies diferentes tais como beija-flores e pardais e papagaios. Quatorze eqüinos sendo metade fêmeo e metade macho e além do mais na exuberante floresta que circundava o acampamento, existiam outros animais selvagens os quais não foram especificados pelo nosso computador de bordo, o Zig.
– Satisfeito, perguntou o Zig (muito senhor de si) mais alguma coisa? Se não precisar de mim no momento vou preparar o desembarque do resto da turma, pois dona Vigtinha (esposa) e dona Vigta (sogra) já estão me pressionando e você sabe como é: pedido de mulher é dose pra Elemute.
– Zig, não sei o que está havendo, mas que há muita coisa errada há, e... bota errado nisso!
– Ô Grã, que demora! Chegamos ou não chegamos? Estou ansiosa para rever a turma do tricô, pois faz tempo que não nos atualizamos, fala dona Vigta aproximando-se da porta onde eu estava um tanto quanto ressabiado. Onde está todo mundo?
– Este é o problema. Até agora estou conversando com o Zig e a pergunta é esta: aonde está todo mundo?!
– Não entendi!
– Nem eu!!
– Realmente! Não estou vendo ninguém nas imediações e olhe que deveria estar repleto. Que coisa mais estranha corrobora dona Vigta.
– Mãe que está havendo de estranho, fala a Vigtinha juntando-se a nós.
– O camping está vazio. Pelo menos é o que está parecendo, responde.
– Estamos no local certo? Hoje em dia todos eles são muitíssimo parecidos, pergunta a Vigtinha. Já pediram pra Zig nos fornecer dados sobre a localização?
– Tá aí filha boa idéia, falei – Ô Zig está tudo conforme o planejado? Houve algum contratempo ou qualquer outra coisa?!
– Tudo está nos conformes! As coordenadas estão corretas. Atravessamos o portal espacial correto. Todos os meus sensores estão indicando que está tudo em perfeita ordem. Desçam e vão se distrair. Por sinal o seu amigo Krig (pescador) está perguntando pelo comunicador supraespacial sobre o por quê da demora no desembarque, pois vocês estão todos parados na porta e não descem.
– E onde está o Krig?!
– Aí na sua frente, bem no pé da escada, fala o Zig. E está com todos os petrechos de pesca.
– Chegamos? Perguntam em corinho Trik (filho) e Trika (filha) juntando-se ao grupo. Aonde é o piquenique desta vez?
– Que chegamos nós chegamos! O problema é sabermos... aonde, respondi.
– Quer dizer que o Krig está aí no pé da escada e nós não estamos vendo, pergunta dona Vigta.
– É o que o Zig acaba de nos informar!
– Tá louco sô! Tem algo errado e muito errado! Vamos voltar para casa que é o melhor a fazer!
– Tenha calma Mãe, deve ser alguma brincadeira do Zig. Você não sabe que esses computadores podem nos pregar peças.
– Epa Vigtinha! Gosto de umas brincadeirinhas de vez em quando mas desta vez... de jeito nenhum! Juro por meus ships. Acho que vocês é que estão tentando me pregar uma peça. É ou não é?
– Claro que não Zig! Sou um político conselheiro galáctico e como você sabe nunca brinco ou falseio os fatos.
– Hum!!! O senhor é o chefe. E... chefe é chefe. Mas posso lhe assegurar que não há nada de anormal.
– Como é? Quando a gente vai descer para eu brincar com os meus coleguinhas? Tô doidin pra mostrar pra eles a minha nova arma desintegradora de discordantes de minha opinião, fala o Trik.
– Tô doida pra ver todas as quatros caras de inveja daquela alienígena do planeta Paranapuca quando vir minha nova coleção de cosméticos extragalácticos, fala a Trika.
– Momento meu adoráveis dependentes! Primeiros têm de ter certeza que tudo está seguro para vocês, falei. – Ô Zig, reconfirme com o Cic (computador intergaláctico central) as coordenadas e a segurança, pois sou um político conselheiro responsável e criterioso.
– Hum! Já vi este televídeo atemporal! Certo senhor! Ô Cic, refaça os cálculos e forneça-me as coordenadas como também cheque a segurança.
– Ô Zig, novamente! As coordenadas são: 0013 graus do quadrante oriental e 007 graus do quadrante inferior da galáxia central do universo p. BB e o nível de segurança é de 100%.
– Ouviu Grã!? Vá para o seu camping selvagem e leve todos os seus dependentes sem medo. Ó homem de Ship Supremo!
Voltei-me convencido de que estava tudo certo e seguro e falei para todos: – Ouviram o Zig? Vamos que vamos! Não há nada de errado. Usem as suas imaginações. Divirtam-se e aproveitem o camping pois o pacote turístico custou uma grande soma de crédito digitais intergalácticos!
– Como é Grã!? Vai ficar parado aí nesta rampa ou vai vir para pescarmos, fala o Krig. Vamos rápido senão perderemos o cardume que estará disponível para ser fisgado às 7h 7min e 7seg. (horário local)
– Momento! Vou apenas pegar os petrechos de pesca e volto rapidinho, falei.
– Brisk (sogro) avisa pra meu queridinho Briskin (cunhado), pois ele está dormindo que já chegamos e que está tudo prontinho para ele não ter de fazer nenhum esforço desnecessário, fala a Vigta.
– Pô Vigta! Tudo eu, resmunga o Brisk.
Tendo pegado os petrechos me despedi de todos, coloquei o meu cinto transportador antigravitacional e rumamos (eu e o Krig) para o local de pesca.
– Pô Cara! Que demora foi aquela na rampa de descida? Parecia que você não havia se convencido que havia chegado.
– Realmente Krig! Houve um pequeno distúrbio nas comunicações. Coisa superada. Deixa pra lá.
– Opa! ferrei um e é dos grandes! Vou regular o molinete computadorizado para que trabalhe com ele durante 49 minutos para que tenhamos tempo de colocar os assuntos em dia.
– Opa! ferrei o meu! O meu molinete está informando que é um Dourado pesando 21kg (medida local) e que ficará cansado daqui a 35 minutos.
Enquanto pescávamos chegou um holograma do Brik (caçador) me convidando para uma esperada de Elemute supraespacial que estaria disponível para o abate às 21h 21min e 21seg. (hora local) Aceitei de pronto, pois fazia algum tempo que não usava a minha arma ultragaláctica abatedora antitraumática e indolor.
– Grã, como vai o seu conjunto de dependentes, pergunta o Krig.
– Como sempre! O Brisk... um bananas. A Vigta... déspota, fofoqueira e não larga do meu órgão locomotor. O Briskin... tremendo parasito .O Trik... aborescente contestador. A Trika... pesquisadora de fórmulas para beleza. A Vigtinha... fonte inesgotável de gastos para rejuvenescimento.
– E você como vai, continua o Krig.
– Cara, eu não vou... já fui! Estou jubilado e livre como você. Daqui pra diante é somente curtir os 630 anos galácticos restaurados p. BB que me restam e raquete pra frente.
Fomos interrompidos em nosso papo pelo alarme dos molinetes que soando desesperadamente foram arrancados com vara e tudo de seus suportes e saíram quicando por sobre a superfície da água numa velocidade inacreditável.
– Credo, exclamou o Krig. Que coisa estranha!!
Repentinamente emerge do mar um estranho animal meio cetáceo meio paquiderme alado e some no horizonte com o nosso material.
– Saravá, exclamei. Por aqui está dando tudo errado. Parece que nada funciona direito!
– Escuta Grã, fala o Krig. Quando cheguei aqui o meu computador na nave, me informou que eu deveria usar a imaginação e só assim tudo seria perfeito. Usei de toda a minha imaginação e... nada. Estranho!!
– Bom! Pescaria... babau, falei conformado.
Nesse meio termo outro holograma do Brik cancelava a caçada pois os Elemutes foram para outra região.
– Puxa! Que coisa, fala o Krig.
Soa o meu intercomunicador galáctico e era o Zig.
– Grã, estou comunicando que recebi ordem expressa do Cic para suspendermos o camping e decolarmos imediatamente, pois nestas coordenadas nada funciona certo. Mesmo com todos os esforços que fizemos, achamos que era mais seguro sairmos daqui enquanto há tempo.
– Pera aí Cara! E os meus créditos digitais intergalácticos? Quem vai ressarcir o meu prejuízo?
– Grã, já me comuniquei com seu agente de viagem e ele me informou que o pacote seria realmente inesquecível. Tudo está de acordo com o planejado. Além do mais ele me informou que não caberia nenhuma reclamação, pois tudo por aqui era imprevisível e instável. De nada adianta reclamar ou reivindicar e... ponto final.
Nisso toca o intercomunicador do Krig e pela cara que ele fez a notícia não havia sido diferente. Nos despedimos e voltei para a espaçonave.
– Realmente foi uma experiência e tanto, falei. Bem que o nosso agente de viagem disse que faríamos um passeio inesquecível e diferente de qualquer outro, pois nos forneceria coordenadas especialíssimas e únicas. Usamos a nossa imaginação e realizamos um camping inesquecível. Nos distraímos como nunca! (mesmo que tudo naquele local tenha sido no maior dos faz de conta e nunca havia visto um lugar pra as coisas darem tão erradas). Somente uma coisa está me deixando incomodado: Zig, quais foram as coordenadas que o agente de viagem nos sugeriu? Você pode confirmá-las para mim?
– Ninovo! Claro,Grã! As coordenadas são: (como informei seiscentas e sessenta e seis vezes) 0013 graus do quadrante oriental e 007 graus do quadrante inferior da galáxia central do universo p. BB.
– Pô Zig! Troque isso em miúdos!
– Certo Grã! – 5°16’19” N - 33°45’09” S - 34°45’54” WGr - 73°59’32” WGr. – Estas coordenadas eqüivalem ao ano dois mil D.C. da galáxia Via Lacta de um sistema planetário que tem uma estrela de quinta grandeza chamada Sol como centro e que está preste a se tornar uma supernova.
– Agora sim! Finalmente entendi, falei convencido e conformado.
Reunido com meus dependentes e já no hiper-espaço expliquei: Meu povo, Bravamente Resistimos As Situações Inusitadas do Local, pois acabamos de cair no conto “do país do faz de conta”!... Squindô-dô-rô-dô-dô! ”
Lembrara-se de que após relembrar-se do sonho ou revelação ou sabe-se lá o que ter tido a convicção de ele ser realmente e evidentemente muito estrambótico, pois neste local estrambótico provavelmente fora plantado o Jardim do Éden, pois se lembrara de ter ouvido falar à bocas pequenas que a Árvore do Bem e do Mal não era bem uma árvore e sim uma tremenda “bananeira anã” por isso Eva ficou tão “encantada” a ponto de induzir o Adão a comer o estranho fruto de formato tão... tão... que por sinal nem relutou dando a impressão de ser “chegado ao fruto pecaminoso” o que por sinal nos dá esta impressão (Gênesis do Michelangelo) a posição do Adão na hora da criação (principalmente o olhar e a mão denunciadores) mesmo que em outro momento (o da tentação) o casal esteja em posição mui suspeitosa e a diaba (tremenda diaba) aproveitando o fraga pensou: – Ah! Eva e Adão (certamente fazendo uma elisão) como também o sai pra lá do Adão na hora da expulsão quando a espada toca a sua nuca.
Terceiro Devaneio ou Enleio
Satisfeito! Satisfeito!! Satisfeito!!!
Descobrira consultando seu peito que não estava contente mas evidentemente estava satisfeito. Era uma astronômica satisfação a abundar em seu coração por ter encontrado aquele algo especial que certamente poderia abraçar a todos como verdadeiro irmão e então em profusão dividir sua satisfação com qualquer cidadão ou aldeão ou capitão ou até mesmo a qualquer deus de plantão pedir perdão sentindo a emoção de estar limpo de coração e se naquele exato momento fosse viajar de avião e se houvesse uma explosão e se ele caísse de uma altura de trinta mil pés sua alma por plena daquela satisfação nem se daria ao trabalho de ir até o chão para os religiosos em contrição dar-lhe a sagrada extrema unção.
Lembrara-se de que conhecera um sujeito nunca sujeito a ninguém tal qual seu bisavô e que esse sujeito por viver sempre satisfeito todos diziam que nunca tomaria jeito e ele sempre respondia sem jeito: Que jeito! E esse mesmo sujeito nunca sujeito por viver sempre satisfeito também demonstrando satisfação em seu coração lhe contara uma história plena de digressões semânticas.
“Existia um Imortal que era tal imortal, que era o mor tal. Mor tal e imortal. E Imortal é mor tal por ser imortal. Hi! Mor tal!!
Imortal é o mor tal por eterno ou por que é terno?
O Imortal é um terno por que usa terno?
O terno do Imortal é eterno porque é terno ou porque é duque sem colete? Colete o colete do terno do Imortal e será duque.
Duque do que usa terno, é terno e eterno?
O terno do Duque terno é mais terno do que o duque do Imortal terno? Ambos serão a sena, sem a cena de estar de terno e não serem ternos?
Por terno e estar de terno, o Duque manga do Imortal mor tal, que saboreava manga e sujou a manga na manga da fazenda?
Passando pelo portão da manga, por tão estreito o portão, o Imortal rasga a manga, expõe o pêlo do braço pelo rasgo e o Duque, por um rasgo, digno de um Duque, lhe dá um novo duque.
Duque de terno e Imortal de duque passeiam pela manga, saboreiam manga da mangueira e lavam as mãos usando a mangueira da manga.
Não se manga de um Imortal que saboreia manga, rasga a manga no portão e passeia pelo pasto perto da manga, com o pêlo exposto!
Por tão estreito o portão mais parecia um portal, e por tal portal passar, requer cuidado.
Ao retirar a manga do candeeiro, que ilumina a manga à noite, o Duque molha os dedos com gás, mas sem perder o gás, limpa os dedos na barda usada em justa ancestral e espera à barda, o Imortal que passeia pela manga.
Lembra-se o Duque terno de terno, a praça por onde passa a Praça saboreando passa e passa o tempo pensando na praça do Praça.
O Imortal reflete: Tenho casa e não tenho esposa. Casa e esposa a esposa, mas a casa só reflete a esposa.
No pensar em pensar a mágoa do casar e do não casar da esposa com o casar, casa a casa à esposa e não mais a esposa.
Novamente reflete: Possuo casa e apenas possuo a esposa, mais não possuo esposa, pois comigo a esposa não casa, apenas casa com a casa e não me esposa!
Exclama: é o fim! Mas sendo imortal não terei fim, portanto e por tanto, o meu fim é não estar a fim de ter este fim, finalmente, minha mente não mente, pois certamente, a esposa que somente casa com a casa, possui, certamente, certa mente que mente e está a fim de ver o meu fim”.
Quarto Enleio ou Devaneio
Exultante! Exultante!! Exultante!!!
Mais que contente ou satisfeito sentira-se exultante. Exultante e quase saltitante qual Dante ao acabar a sua Comédia (por sinal batizada de “Divina” posteriormente) que retrata a verdadeira tragédia ocorrida durante a Idade Média com os nobres cavaleiros andantes os quais em busca do Santo Graal feito em ouro engastado com esmeraldas ostentando pelo metal e pedras as cores verde e amarela (que tremendo e lauto banquete foi a Ceia [por sinal batizada de Santa posteriormente]) cores que mais tarde foram aproveitadas para colorir um Pendão Auri-Verde de um certo país onde predominam a Comédia e a Tragédia fundidas em uma Tragicomédia bufa encenada por uma população que bufa, mas somente recebe como consolo “bufa” de autoridade que pouco está se lixando para quem bufa e que vai vivendo de bufa em bufa após lautos banquetes noturnos qual bufo ou mais exatamente bufo por sua misantropia e usura onde foi servido vinho para Aquele que sofreu mais que Prometeu por pecados alheios e prometeu (menos para Judeu ou Ateu) para os dos bufares lamentosos novos lares.
Lembrara-se do seu pobre avô aposentado como professor a lamuriar-se e bufar sem poder bufar, pois bom cabrito não berra, mas bom professor nem bufa nem berra e nem bufa, pois é muito feio para um educador bufar mesmo que seja no recôndito do seu aposento, entretanto lamuriar-se como consolo pode e recordar um texto/testamento lamentoso também pode.
“Pobre APOSENTADO,
Não um bom Político, ou bom Médico, ou bom Advogado, ou “qualquer bom” em qualquer boa profissão, mas... um bom PROFESSOR DO ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL.
Não vou falar do SALÁRIO, pois com essa “merreca” tenho assegurado lugar nas mansões celestiais dos evangélicos, por merecer todos os itens das bem-aventuranças... TODOS.
Falarei do ESTAR APOSENTADO. Aposentado e em casa curtindo o merecido descanso no repouso do guerreiro.
Primeiro se descobre, por ter vivido e convivido, com a sacrossanta esposa (dona de casa de prendas domésticas), somente nos fins de semana, que a casa é dela, literalmente dela. Não há espaço para aposentado, nem umzinho. Todos os cômodos e móveis (inclusive a cama) são... DELA.
Daí para frente começam os desmazelos:
– Descobre que está velho e superado, (este fenômeno somente ocorre com Professor do Ensino Médio da Rede Estadual), pois é convencido pelos alunos e delicadamente incentivado a escafeder-se pelos seus superiores.
Obs.: Qualquer bom profissional quanto mais velho mais adquire experiência, todos o procuram. Com Professor da Rede Estadual, dá-se exatamente o contrário: novo... (= show man) ótimo (se for estagiário... excelente); velho... superado e retrogrado.
– Descobre que a família que iria curtir é DOSE PRA ELEFANTE.
Esposa BBB (Boa, Braba e... Brega).
Boa por ter feito e continuar fazendo tudo para agradar a todos;
Braba por não gostar que invadam seu espaço;
Brega por (sem ter outra opção) estar ligada aos “porgramas de variedades”, diurnos, que giram em torno de receitas e fofocas; novelas noturnas, que giram em torno de falsidade, maldade, gayísmo e tendo como destaque o... chifre.
Filhos (coitados) ocupadíssimos em sobreviver.
Netos DDD. (Despreparados, Desrespeitosos e Destruidores).
Despreparados devido ao péssimo Sistema Educacional que, nivelando por baixo, os conduz fatalmente, à quase beocidade;
Desrespeitosos devido à Pedagogia Moderna que impõe o não limite fazendo com que sejam criados... como Deus criou macaco;
Destruidores devido ao bombardeamento da Mídia: Games que ensinam motoqueiros a detonar velhinhas, filmes “vandaimizados” que ensinam a lutar contra o mal, desenhos animados que ensinam a detonar amigos (Tom & Jerry, Vaca e Frango) e os mais modernos Mons. (Poke e Dig.) com uma violência subliminar fora do comum, dirigida às crianças.
Dado o exposto sinto a necessidade premente de voltar a ser ATIVO, não como PROFESSOR DE ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL, (errar é humano, persistir no erro é...), mas como um Líder Religioso ou Narcotraficante, por sinal as profissões mais procuradas, por não necessitar de pelo menos vinte anos de estudos, bastando apenas, ter carisma ou conhecer as “otoridades constituídas” certas, e quem sabe, poderei ser um... anão de orçamento ou melhor ainda... um Congressista.”
Lembrara-se de que quando em busca de sua busca ancestral por algo especial haver superado dificuldades insuperáveis e transposto obstáculos intransponíveis para uma simples formiguinha tendo de transportar volumes com até cinqüenta vezes o seu peso por imensas distâncias e estradas esburacadas que mais lembram as estradas do patropi abençoado que nos remete ao Tropicalismo baiano cuja finalidade era o nacionalismo americano e que posteriormente, pois o anterior mente e o posterior também mente deu origem as trindades ou trios e mais além a tentativa de sentar na boquinha da garrafa e depois as danças das bandas das bundas das bundas das bandas dos pagodeiros e depois as maravilhosamente (mesmo maravilhosas mentem anatomicamente ao libido) “siliconizadas tiazinháveis” e depois “... e depois, Amada? Depois pranto, depois tédio, depois dores sem remédio, depois... nada”. (por falar em nada havia esquecido as “dupras sertaneujas”) buscando sempre e sempre encontrar aquele algo especial que finalmente encontrara e por isso sentia-se exultante por ter podido cumprir a promessa prometida ao seu pai quando da viagem à Terra Prometida aos escolhidos povo de Deus lá pelos idos 2500 a.D. (= Antes Dele) que por sinal foi o início oficial e divino do MST que por sinal deveria chamar-se MSST (Meu Sem Ser Teu) e usar como símbolo a suástica de Hitler ao invés do mapa da pobre pátria do evangelho mantendo a mesma cor vermelho sangue é claro ou melhor: escuro sangue.
Quinto Enleio ou Devaneio
Insegurança? Insegurança?! Insegurança!!
Por certo havia encontrado aquele algo especial que tanto buscara entretanto depois de contente e satisfeito e exultante uma sombra de insegurança abatera-se sobre ele pois agora passado o primeiro momento sentira-se inseguro como um candidato às vésperas da eleição ou um marido de esposa fiel e nova e boazuda.
Lembrara-se de que seu bisavô nunca se sentira inseguro a não ser no escuro pois herdara de seu pai o sobrosso ao escuro não porque temesse a ausência de luz mas porque em uma de suas inúmeras caçadas nas savanas africanas quase morrera atropelado por um rinoceronte negro que dando-lhe uma chifrada no traseiro rasgara-lhe a calça e expõe-lhe a bunda e um Bunda que servira-lhe de guia quase servira-se de sua branca bunda não o fazendo por ter aparecido um leão alourado e o Bunda dera uma carreira tão cachorra da gota serena que batera com os calcanhares na bunda pois o leão alourado correra tão próximo em seu encalço que suas garras ainda arranharam a bunda do Bunda safando-se desta maneira o pai do seu bisavô de entrar para o numeroso grupo do GLS pois sempre demonstrara total controle sobre tudo e todos mesmo que a situação fugisse do controle de todos.
Lembrara-se de que seu avô para aumentar a renda familiar e poder melhor respirar (mesmo sem ter nenhuma afecção pulmonar) metera-se a agricultor mas foi infeliz ao contratar uma Muda bóia-fria que por muda mudava a muda calada e a muda mudada quando muda tem maior facilidade de pegar sem precisar pegar muito adubo e ter a Muda de pegar em produtos químicos tóxicos que freqüentemente causam problemas para a saúde de quem os ingere como foi o caso de uma pobre velhinha muito boazinha que possuía uma netinha de quem cuidara desde que nascera porque a mãe seguia à risca o conselho divino do “... crescei multiplicai e enchei aterra...” o que a mãe da netinha cumpria com uma freqüência religiosa anal (por não ser adepta do anal) mas apenas multiplicava porém não criava e esta querida netinha quando chegou a idade reprodutiva ou melhor dizendo ao peso reprodutivo de trinta quilos quisera seguir o divino conselho mas a pobre avozinha não permitiu que a netinha desse continuidade aos sagrados deveres de pobre adolescente portanto a pobre netinha traumatizada pela proibição adubou a comidinha da avozinha com uma tacada de agrotóxico e a boa velhinha foi desta para a melhor adubada quimicamente pois para economizar a muda e pagar menos à Muda nunca permitia que a Muda mudasse a muda enquanto não estivesse a muda pronta para a muda e ainda escolhia o local onde a Muda plantaria a muda pois a Muda sem seu conhecimento fazia parte do MST o que lhe custou um processo e uma indenização para a Muda que acabou no “porgrama”do Ratinho e ainda recebeu uma bolada para pousar nua na Play Boy.
Sexto Enleio ou Devaneio
Dúvida! Dúvida!! Dúvida!!!
A apreensão aumentara e agora a dúvida tomara corpo. Tomara que não tomara, mas tomou! Tomou e tomou mesmo como fazem os que nunca tiveram nada, isto é, os dos “eme esses”,pois esses sim sabem como tomar. Chegam e vão entrando como o São Pedro entrou no Céu. Só que este ainda bateu à porta e aqueles nem batem: derrubam.
Lembrara-se de que na sua infância o que seu avô havia confidenciado para seu pai o qual na sua velhice confidenciara para ele que por ter pensado que encontrara aquele algo especial que fora motivo de sua incansável busca e agora por estar com aquela dúvida já não tinha tanta certeza que teria que também confidenciar para seu filho a sua frustração por não ter encontrado aquele algo especial já atávico como atávica torna-se qualquer mutação que ocorra em um ancestral (como era o caso do patriarca de sua linhagem que se tornara a apside de sua comunidade estando no topo da sua pirâmide social por sempre ter ajudado as mais necessitados por nunca ter cometido uma injustiça por ter mantido sempre uma conduta ilibada por nunca ter se locupletado de algo que não fora seu de fato e de direito por nunca e nunca ter se curvado a qualquer suborno que fosse por nunca e nunca ter subornado alguém por nunca e nunca ter participado [mesmo por conivência] de qualquer negociata por nunca e nunca ter traído qualquer que fosse o amigo por ter sido sempre e sempre fiel as suas esposas por nunca ter tido preferência por nenhum de seus descendentes por ter agido sempre com probidade e ética e que tudo aquilo atavicamente se manifestara de um modo acentuadíssimo nele [mesmo sendo o responsável pelo orçamento público de sua comunidade] e o tornara de um certo modo o apside de sua pirâmide social) remoto de uma linhagem e que revela-se mais tarde em um elo daquela linhagem sem que o ancestral imediato tenha apresentado aquela mutação como acontece com as esposas infiel as quais herdaram atavicamente a infidelidade das chimpanzés que a praticavam não por serem infiéis pois ainda não havia sido plantado o Jardim do Éden e a serpente tinha perninhas e não vivia pedindo perninhas (como a Celeste do Ra-Tim-Bum que por sinal foi-lhe dado este nome provavelmente por algum entendido que acha serpente algo celestial) e não era conhecida como Satanás e não havia sido inventado o pecado e conseqüentemente o velho e temido chifre (que por sinal no gênero humano possui duas prováveis origens a saber: ou mães que não amamentaram o filho com o próprio leite dando-lhe constantemente o de vaca e que pela ingestão constante de um alimento não específico acabou por transmitir para seu rebento coisas próprias dos bovinos isto é o chifre ou porque a sua mãe [vale a ambigüidade] transando mais que vaca nova se transmudara [por força do hábito – o hábito do hábito faz o monge –] em uma tremenda vaca o que faz fatalmente com que seu filho nasça um bovino portanto apto para receber tal enfeite quando na fase adulta) mas para selecionarem o melhor gene contido nos vários espermas dos vários e vários machos (bota vários nisso) pois com o passar das sucessivas gerações de frustrados já fazia parte do código genético de sua família.
Lembrara-se de que esta frustração hereditária houvera perseguido seus ancestrais e que teria de por um ponto final em toda esta cadeia de repetições infindáveis, pois poderia se assim o quisesse. Assim pensando apelara para a PNL e resolvera mudar sua crença e...
Como são efêmeros e mutáveis os Deuses!
Deuses criados às suas imagens e conforme às suas semelhanças.
Deuses que comandam exércitos e destroem impiedosamente, aqueles que os aborrecem, até a terceira e quarta e quinta gerações.
Deuses renunciados com mil olhos e mil corpos, que oferecem caminhos de isenções e prazeres transcendentais.
Deuses que violentamente impõem suas leis, não hesitando em sacrificar seres inocentes em nome de uma causa e supremacia absoluta.
Deuses que se comprazem em ser glorificados quer por cheiros suaves dos altares, ou por sacrifícios da felicidade de outros.
Deuses que deputam seus poderes para espoliadores de incautos ignorantes e crédulos.
Deuses que a troco de alguns trintas dinheiros, deixam impunes os que ferem a harmonia cósmica, dando-lhes suas misericórdias e seus perdões.
Deuses providenciadores de lugares nas mansões celestiais de seus pais, e que nunca cumprem suas promessas.
Deuses imanifestos que necessitam de prepostos para que possam existir.
Deuses invocados de seus repousos inanes por mantras e ladainhas e cânticos.
Deuses apaziguados em suas iras, por oferendas sacrificiais.
Mas ele era o Criador de todos os Criadores, o Deus de todos os Deuses ele era... Homem!! Deuses! São apenas deuses sentimentais, com todos os atavismos dos seres inadaptados e involuídos.
Agora cônscio desta nova crença sentira-se realmente liberto das promessas da procura daquele algo especial inatingível que tanto o perturbara.
Lembrara-se de não mais lembrar nem do bisavô em sua vida faustosa de nababo nem do seu avô com seu esbanjamento de perdulário nem do seu pai com sua labuta incansável. Iria se opor a tudo que o deixasse infeliz e apreensivo como vegetam os opositores por opositores e a propósito de opositor:
Falam as más línguas que a oposição é burra, mas discordo veementemente, pois também sou oposição: Faço oposição à oposição.
Entretanto, acho, que a oposição verdadeira era a do antigo Partidão. A que claudica, hodiernamente, além de despreparada é também desatualizada, senão vejamos, senhor Opositor:
O velho lema Povo unido jamais será vencido tem de ser modernizado pois, após o advento da metralhadora (vide manifestação de protesto na Praça da Paz Celestial) quanto mais unido melhor para o governo, portanto torna-se mais prudente a desunião (vide Guerra do Vietnã);
O velho lema opositor “Ay gobierno, soy contra”deverá ser abandonado, pois pode acontecer que o contra venha a ser governo (tem acontecido modernamente) e por certo acabará sendo contra ele mesmo (Mateus l2, 25);
Esta história de – prissimero prissidente qui num sserá dotô – nunca jamais em tempo algum vai funcionar, pois se lessem a República de Platão, veria “... somente o Sábio pode governar...” e, uma boa escolaridade, que inclua pelo menos um terceiro grau, não faz mal a ninguém;
Deveria priorizar em sua militância política, a EDUCAÇÃO (mesmo correndo o seriíssimo risco de ser extinto), pois povo educado jamais cairá em conversa nem de opositor salvador da Pátria, nem de líder religioso messiânico ou carismático, nem de otoridade corrupta e nem qualquer outra rapina quejanda que o tentasse espoliar;
Ao contrário de viver sempre como opositor sem governar, dando sugestões mirabolantes e irrealizáveis, (salário mínimo de U$500, semana de 36 horas e outras cocitas más) melhor seria que juntássemos forças e procurássemos realmente trabalhar pela causa comum e não estar se locupletando como os anãos do orçamento ou os Lalaus, ou líderes da reforma agrária. (vide comissão paga por assentados);
Esta história de estar militando na oposição festiva em Partidos de Aluguel, compondo palanques, não da mais pé: O Povo não é besta!
Finalizo sugerindo aos que militam à oposição moderna, que tenham paciência e esperem só mais um pouquinho, e logo e logo Jesus voltará e todos serão arrebatados para bem longe deste mundo de amarguras e sofrimentos (conforme promessa do Próprio, há 2000 mil anos), pois os que por aqui ficarem, isto é, os do Governo, serão “os merecedores dos castigos divinos” e arderão no fogo eterno dos “ministérios e das casas das dindas”, sendo “atormentados” pelas “tiazinhadas”.
Sétimo Enleio e Devaneio
Feliz! Feliz!! Feliz!!!
Agora sim não mais a dúvida se apossara dele mais a felicidade. Uma felicidade indescritível que o conduzira a um êxtase divinal. Fizera seu novo recadastramento com base em suas novas crenças e não como o recadastramento do seu pobre avô professor fizera e relatara:
Fui recadastrar-me! (sou pentacampeão no assunto). Mas este proporcionou-me sensações diferentes.
Após passar pela segurança armada (cada tresoitão) e devidamente identificado, entrei ou adentrei no recinto e elas começaram.
Pensei ter chegado à floresta amazônica e visto meio a lama e troncos de árvores cortados, (IBAMA!?) uma imensa “fila/sucuri”que serpenteava exasperante e bu-ro-cra-ti-ca-men-te, isto às seis e meia da matina.
Após receber a senha (l65) começaram as viagens transcendentais:
O pátio da repartição estava em festa! Devidamente demarcado com fitas plásticas listradas, (preto e amarelo) que apontavam ao peregrino, digo, funcionário a sua via-crucis, ou muro das lamentações, ou caminho de São Tiago, ou Meca, ou Tibete, ou Aparecida, ou Juazeiro do Norte, ou qualquer outro lugar de expiação de pecados.
Ali estavam reunidos muitos peregrinos, digo, recadastrantes das mais variadas categorias: Velhos e novos policiais militares, velhos e novos policiais civis, velhos e novos professores, (faço parte desta leva) velhos e novos agentes administrativos, velhos e novos agentes de saúde, novíssimos estagiários, velhos aposentados, velhíssimos pensionistas. Estes últimos, coitados, depois de muito esperarem, por mal informados, eram despachados para outros locais de peregrinação, digo, de recadastramento. OBS. Não notei a presença de nenhum chefe ou médico ou advogado ou oficial militar ou qualquer “comissionado”, apenas a poeira. (local ideal para um comício político de oposição)
O que nos irmanava eram as lamentações. Como nós nos lamentávamos!
Miséria e mais misérias iam se potencializando a cada novo contato com outros peregrinos, digo, colegas de infortúnio, digo, recadastrantes. Eu, que era meio depressivo agora sou depressivo e meio.
Na hora fatal, digo, do recadastramento me pediram documentos comprobatórios até da cor do pêlo do rato de estimação do primo da namorada do motorista do cunhado do assessor de um candidato a vereador dos anos sessenta.
Finalizando: às dezessete e trinta horas recebi o meu troféu (um pedacinho de papel mixuruca) na certeza de que, quando no próximo ano, no novo recadastramento, mais experiente, irei devidamente preparado com a minha “quentinha-azedinha”, sem esquecer, é claro, da minha redinha de esperar.
Paz! Paz!! Paz!!!
Um sentimento de paz o invadira, pois ele agora perdera toda a esperança de encontrar aquele algo especial e nascera naquele momento um sentimento muito mais forte que a esperança que por sinal é a última que morre certo? Errado! Pois a esperança ao morrer nasce a desesperança. Esta sim é imortal!
Desesperança! Desesperança!! Desesperança!!!
Este sentimento que se apossara dele o havia tornado realmente um ser humano perfeito.
Lembrara-se de que nunca havia sentido tanta desesperança e este sentimento lhe dera um novo alento na sua busca imemorial para encontrar aquele algo especial.
Descobrira que tanto seu bisavô quanto seu avô e seu pai e mesmo ele sofreram toda aquela frustração por terem tido esperança. A esperança é a última que more, mas morre! A desesperança ao contrário e imortal e sobrevive a todas as mortes supera todos os sentimentos suplanta todos os pecados capitais e desconhece todas as virtudes teológicas.
Lembrara-se de por ter tido esperança e antes de lidar honestamente com o erário público permanecera em uma imensa fila de casa lotérica com prêmio acumulado horas a fio na esperança de ficar milionário da noite para o dia e ali ficara observando os que tinham como ele esperança e imaginando o que se passava em suas mentes.
☺ Vira uma quarentona gorda como uma porca e com um tique nervoso de sempre estar soerguendo as alças do soutien talvez para aliviar os imensos ombros do enorme peso daqueles desmedidos peitos e quem sabe imaginando que se fosse a ganhadora iria procurar a melhor clínica de emagrecimento do mundo e perdendo una cento e cinqüenta quilos voltar a ter aquele corpinho de quinze anos e poder finalmente conquistar aquele marido da sua melhor amiga que era o objeto de todas as suas fantasias eróticas.
☺ Observara um setentão provavelmente remediado aposentado (pois pobre morre e não se aposenta) que fixava o olhar em um traseiro “tializado” de uma trintona à sua frente e depois perdia-se fixando o olhar em lugar algum e que talvez imaginando-se dono daquela bolada em um cruzeiro pelo Caribe após ter feito a devida prótese peniana com uma mulheraça na força dos seus vinte anos entre carícias mil ou imaginando-se entre os seus cinco netos e os seus dois bisnetos esquiando nos Alpes.
☺ Vira um soldado de polícia cinqüentão com um olhar cansado talvez pensando em pego aquele prêmio subir no birô do comandante de sua corporação e dar aquela descomida e ainda higienizar-se com sua túnica encastoada de medalhas de todas as honras ou quem sabe em viagem de lua-de-mel com sua esposa no alto da estátua da liberdade acendendo charuto cubano com notas de cem dólares.
☺ Prestara a atenção em um rapaz de idade indefinida pelo sofrimento e trabalho duro olhando constantemente para o relógio da casa lotérica e talvez imaginando-se abiscoitado aquela soma abandonar aquela vida arriscada de motoqueiro e ir correr mundo em busca da felicidade apenas reservada para os milionários em desvarios mil ou quem sabe proprietário de uma cobertura em Copacabana (pois lá e o sonho de todo trampolineiro expulso de seu país de origem) o que não seria provavelmente o seu caso juntamente com sua mãe e seus vinte e cinco meios irmãos e irmãs e mais uma ruma de agregados e tios.
☺ Observara um casal desigual em tudo (os opostos se atraem?!) idade e cor e altura que certamente havia descoberto a fonte da juventude pois se trajavam como se tivesse vinte anos tendo certamente mais de setenta e que de vez enquanto se entreolhava e talvez imaginasse que possuidor daquela bolada cada qual iria para o mais distante possível um do outro pois pelos olhares dava a impressão de um tédio figadal ou talvez ir para uma dessas moderníssimas clínicas de rejuvenescimento e poderem viver juntos por mais um cinqüenta anos.
☺ Vira ao adentrar à casa lotérica por um certo tempo um sujeito de aparência estranha com um olhar viperino fixo no seu talvez pensando que seria besteira estar ali pois nunca tivera sorte e o que fazia era apenas gastar seu dinheiro e que seria muito mais prático e eficiente esperar aquele sujeito de olhar estranho ganhar o prêmio e depois seqüestra-lo exigindo um resgate milionário como fazem os conhecedores das leis que regem a impunidade em seu país mas se deu conta de estar olhando para um espelho e que agora com a desesperança tomara consciência e tornara-se racional e a razão lhe dissera que finalmente aquele algo especial era a desesperança. Ou não?!?!?!
Única Alegoria Catártica
– Grã, escute mais esta.
“Era uma vez um país que desde muito tempo (e bota tempo nisso!) era chamado de... País do Futuro, só que este futuro nunca chegou, a não ser para uma elite formada principalmente, por anões do orçamento ”.
– A propósito, sabe que não sei por que chamam de anões aqueles varapaus com mais de um metro e setenta de altura, você sabe?
– Sabe que não sei e se soubesse não falava porque você não quer que eu fale.
– Certo, Madalena Arrependida, de agora em diante você pode falar.
“Nesse país, de aproximadamente duzentos milhos de habitantes, tirando os analfabetos, os excluídos, os evangélicos, os sem teto, os favelados, os aposentados pela previdência pública, os piões, os líderes religiosos, somente havia leitores e nem um escritor. Nem unzinho pra remédio!
Havia muitos leitores aproximadamente uns... uns... quinhentos, mas predominava o leitor “dependente””.
– Que diabo de leitor é este?
– Aqueles que entram na estatística de: Para cada livro vendido há cinco leitores daquele livro, isto é, um compra e quatro “dependem”, sacou?
– Saquei! Mas você está relendo que história? Esta eu não conheço!
– Não conhece porque nunca se meteu a escritor e nem paparica (como eu) a mídia especializada, ora! E acho melhor que continue como estava: Calado.
“Um certo dia, não sei porque cargas d’água, apareceu um por lá, um metido a escritor. (Provavelmente porque achava que seria um best-seller, pois se achava [como eu] o... máximo.)
Assim que chegou foi logo procurando os editores e mostrando a cada um deles o que escrevera e sempre obtendo o mesmo educadíssimo jargão: – “Realmente, a primeira vista, é uma obra sem precedentes. Imprima doze cópias para que eu as submeta a nossa comissão editorial, me dê seu telefone para contato e pode ficar tranqüilo que para agora não garanto, pois nossa pauta está completa, mas logo entraremos em contato”.
A espera deste contato somente perde para a “Parusia”, mas como esperança é a última que morre ele esperava esperançoso.
Passam-se dias e dias, semanas e semanas... meses, até que um belo dia ele vai a uma tarde de autógrafos de um famoso “best-seller” imortal (que por sinal já havia morrido), muito amigo do editor, compra o livro póstumo, faz uma média entre os intelectuais, volta para casa, começa a ler o livro e tam...tam...tam: Não é que é uma de suas cópias deixadas com o editor.
Nada podendo fazer, pois não conhece ninguém da “mídia especializada”para desmascarar o embuste, consigo mesmo esbraveja e chora e bufa e berra e urra e tem um infarto e morre e tem o repouso merecido... nos quintos do Inferno”.
– Se isto é catarse eu sou a Imaculada Conceição!
– Grã!!!
Primeira Conclusão ou Arrematação
– Grã, tarefa cumprida, podemos nos dar por satisfeitos.
– Satisfeitos coisa nenhuma, ora!
– Por quê?!
– Ora, por quê?! Porque a minha imexível magriana imprescindível Escova Dental, único ponto de contato entre mim, um ser criado por seres abstratos e nebulosos, e a nefasta espécie humana, devido ao constante uso, perdeu as cerdas e somente restou o cabo, portanto: QUERO OUTRA ESCOVA DENTAL.
– Momento! De que modo vamos conseguir uma outra Escova Dental se está em curso a nova Diástole Universal, com argila, mas com Oleiro que não é Soprador?
– Estou pouco me lixando! QUERO OUTRA ESCOVA DENTAL.
– Pondere e seja maneiroso! Até descobrirmos um jeito de conseguirmos uma nova, vá se virando com esta. É melhor uma pomba na mão do que duas voando.
– Pra lá, está me estranhando! QUERO OUTRA ESCOVA DENTAL NOVINHA EM FOLHA.
– Deixa de ser um ser insistente e chato, pois você vai acabar se transformando em evangélico fundamentalista. Tome o meu conselho e vá se virando com essa.
– Certo! Prefiro ficar com a boca toda ferida a ter de me transformar no chato dos chatos, saravá!!!
– Grã!!!
Segunda Conclusão ou Arrematação
– Grã, acho que encontrei um novo jeito de conseguirmos uma Escova Dental.
– Qual?
– Apelaremos para a Engenharia Genética, separamos o cromossomo, retiramos o gene específico formado pelo ADN e faremos um clone desta sua imprescindível Escova Dental.
– Seria perfeito se não fosse a Ética.
– Momento! A Ética somente é contraria a clonagem do ser humano, apenas do ser humano, pois segundo os radicais fundamentalistas, ele foi criado por Iahweh Deus com argila do solo, e se clonarmos o ser humano Deus, o único criador, dança e Deus dançando toda a camarilha que vive às suas custas também dança. E o mais importante: Somente o ser humano cai no conto da coleta e do dízimo.
– Perfeito! Está solucionado o meu problema: Será clonada a minha “imexível magriana” imprescindível Escova Dental, pois se pode clonar tudo menos o ser humano para que os espertos administradores do sagrado continuem no sacro bem bom parasitar.
– Grã!!!
Terceira Arrematação ou Conclusão
– Grã, acho que agora a tarefa foi cumprida e poderemos descansar.
– Qual o quê! Como se pode descansar preocupado!
– Preocupado com o quê?
– Preocupado com o Oleiro que não é Soprador, ora!
– Por quê?
– Por quê!? Porque é certo que ele não pode emitir sopro – vento produzido quando se expulsa o ar pela boca – entretanto nele certamente, os saprófitos, vegetais e microrganismos que se desenvolvem em detritos e deles retiram seu alimento, existem no organismo humano, produzem gazes que terão de ser expelidos e...
– Momento!!! Deixa de neura! O problema está centrado no sopro, unicamente no sopro, e, para ser sopro o ar tem de ser expulso PELA BOCA, ora! Se sair por outro local não é sopro é... peido.
– Momento! Pela boca ainda podem sair o arroto e o espiro, esqueceu?
– Sabe que havia esquecido?! Entretanto não é sopro, pois eles são expelidos violentamente.
– E será que não haverá algum perigo de o Oleiro espirrar ou arrotar nas narinas do danadinho do boneco e...
– Pode acontecer, mas sem problema algum, pois está escrito que a alma vivente que deu origem a nefasta espécie humana, lhe foi “soprada” às narinas, e não “arrotada” ou “espirada”, e muito menos “peidada”, ora!
– Sei não! Tenho visto cada mulher feia que não pode ter sido feita com um sopro de jeito algum e nem por arroto ou espiro, só pode ter sido feita por um...
– Momento! Além de paranóico você esta ficando... burro, ora! A mulher foi feita de osso e não de argila!!!
– Sabe que eu havia esquecido! Mas... tem cada cabra fedorento a macaco morto à tapa, que...
– Grã, , PÁRA ESTA MATRACA!!!
Quarta Arrematação ou Conclusão
– Grã, , me vinguei! Estava com um entalo na garganta, desde a Quarta Conjectura ou Proposição.
– E eu: Magoei!!!
– “Não fique triste que este mundo é todo seu, você é...”, desculpe-me. Sobre o que falávamos?
– Pronto! Pirou e esqueceu ou esqueceu e pirou?
– Sabe que não sei, sabe?
– Não sei se você sabe, sei que você esqueceu, esqueceu ou pirou!
– Pirar, eu sei que não pirei, ou pirei e não sei que pirei?
– Sabe que não sei, sabe?
– Sei, Grã. Sei que “tomei umas e outras” e estou com um gosto de cabo de guarda-chuva desgraçado, entretanto também quero, para meu uso exclusivo, uma “imexível magriana” imprescindível... Escova Dental.
– Anshar!!!