Vai começar o horário eleitoral
E toda aquela encenação
Que precede a eleição
Onde nós, os pobres eleitores,
Somos chamados de doutores
Para depois os eleitos
Nos tratarem com desrespeito
O tempo passa e a cada eleição
É a mesma enganação
Até tentamos promover
Algum tipo de mudança
Mas no fim acaba a esperança
Quando vemos o candidato
Cuspir no próprio prato
Toda eleição é assim:
Riem de ti e de mim
Com a maior naturalidade
Como se na verdade
Fôssemos retardados
Lixos a serem descartados
Nos lixões da políticagem
E com essa políticagem,
Com a qual nos coagem,
O futuro da nação
Será a maior fodeção
Onde fazer o povo de jumento
Será regra no parlamento,
Esse antro de corrupção.