ALGO como FÊNIX
As asas quebram na falta de vento
e os mandamentos truncados
toscos e explícitos
não conseguem consertá-las.
Então o voo chora inválido
o sonho queima emudecido
e a buzina da normalidade
sorri triunfante.
Mas a brisa pode ser de repente
suficiente
para acordar os nervos eletrizantes
das asas fragmentadas.
A fome do sonho devora o pesadelo
e o cansaço paralisado vira cinza.
Um talvez certeiro.
A asa abraça de novo o bruto vento.
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