De orquídeas descendemos,
de espécies variadas.;
desde que bem as notemos,
deixam pistas desenhadas.
Nelas vemos um palhaço
com sua sombrinha na mão,
imagens que desdobram em maço,
seres em transformação.
Também, cores se matizam
e adornam as figuras,
ora feições enfatizam,
ora dão grandes misturas.
Vistas na escuridão,
mais parecem espantalhos
que caminham sem direção,
quando eriçam seus galhos.
De origem mineira,
e em forma de testículo,
os pólens da primeira
surgiram de um cubículo,
onde certo fazendeiro
trancafiou a escrava
que lhe deu murro certeiro
quando ele lhe cantava.
Pra fugir do seu patrão,
ela fez feitiçaria
com pedaços de carvão,
o que os transformaria:
ele árvore virou
quando quis lhe açoitar,
ela se orquideou
e não quis mais se soltar.
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