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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 78 -- 17/12/2017 - 15:36 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 78

ÍNDICE
Capítulo(01) Capítulo(02) Capítulo(03) Capítulo(04) Capítulo(05) Capítulo(06) Capítulo(07) Capítulo(08) Capítulo(09) Capítulo(10) Capítulo(11) Capítulo(12) Capítulo(13) Capítulo(14) Capítulo(15) Capítulo(16) Capítulo(17) Capítulo(18) Capítulo(19) Capítulo(20) Capítulo(21) Capítulo(22) Capítulo(23) Capítulo(24) Capítulo(25) Capítulo(26) Capítulo(27) Capítulo(28) Capítulo(29) Capítulo(30) Capítulo(31) Capítulo(32) Capítulo(33) Capítulo(34) Capítulo(35) Capítulo(36) Capítulo(37) Capítulo(38) Capítulo(39) Capítulo(40) Capítulo(41) Capítulo(42) Capítulo(43) Capítulo(44) Capítulo(45) Capítulo(46) Capítulo(47) Capítulo(48) Capítulo(49) Capítulo(50) Capítulo(51) Capítulo(52) Capítulo(53) Capítulo(54) Capítulo(55) Capítulo(56) Capítulo(57) Capítulo(58) Capítulo(59) Capítulo(60) Capítulo(61) Capítulo(62) Capítulo(63) Capítulo(64) Capítulo(65) Capítulo(66) Capítulo(67) Capítulo(68) Capítulo(69) Capítulo(70) Capítulo(71) Capítulo(72) Capítulo(73) Capítulo(74) Capítulo(75) Capítulo(76) Capítulo(77)

A refeição perdurou até tarde da noite. Nesse meio tempo, o qual durou cerca de uma hora, não se falou mais nas revelações de mais cedo. Era como se todos nós estivéssemos com medo de tocar no assunto (na realidade eu estava), de trazê-lo de volta e estragar aquele clima de alegria, o qual era consequência de um jantar farto, o mais farto desde a chegada àquela ilha há 25 dias.
Falou-se muito sobre caça, pescaria e cultivo de alimentos. Foi como se de alguma forma todos nós estivesse, mesmo que contra a vontade, aceitando o fato de que não sairíamos daquela ilha tão cedo. Embora ninguém fosse tão pessimista quanto Luciana, era preciso admitir que até então ela estava com a razão. Apesar de estarmos ali há quase um mês, ninguém aparecera para nos resgatar. E provavelmente não apareceria. Certamente a busca por nós já tinha sido encerrada. E caso aparecesse, teria sido por outro motivo, não para nos resgatar; pois, ninguém em sã consciência acreditaria que ainda estaríamos vivos.
Como determinado desde o começo, Marcela ficou acordada para tomar conta da fogueira enquanto nós fomos aproveitar nosso momento de sono. Embora não houvesse mais tanta necessidade de vigiá-la, para que não se apagasse, ainda mantínhamos esse ritual, temendo que algo pudesse dar errado e ele se apagasse.
Eu até tentei pregar o olho, mas minha cabeça fervilhava. Havia uma inquietação, uma espécie de agitação na alma, com a qual eu não sabia lidar (aliás, eu não sabia lidar com quase nada quando se tratava de sentimentos e desejos). Agora que Marcela finalmente poderia ser minha, não via a hora de tê-la. Pensava em esperar Luciana e Ana Paulo adormecer para me levantar e chamá-la para nos afastarmos um pouco e nos entregarmos um ao outro, numa deliciosa e inesquecível noite de amor.
Amando-a como eu a amava, não tinha dúvida de que seria o momento mais sublime, um momento que ficaria gravado na minha memória por toda a vida, e o qual eu recordaria com o mais delicioso prazer. Aliás, lembro-me de pensar, ao olhar discretamente para ela, mas sem que ela se desse conta: “Ela é linda! Mais que Luciana e minha prima. As pernas dela é mais grossas. A xana dela também parece diferente, olhando daqui. Com ela vai ser ainda melhor. Mais gostoso. Pra nós dois. Ela também vai adorar. Sentir aquelas coisas. Vamos ser como marido e mulher. Como Luciana quis que eu fosse com ela. Nem vou querer mais fazer com ela. Só de vez em quando. Pra ela num ficar com raiva, com ciúme da gente...”
Súbito, não resisti e levantei. Já fazia algum tempo desde que deitara. Meu corpo clamava desesperadamente por Marcela; meus pensamentos eram todos com ela. Era como se finalmente aquela longa espera tivesse chegado ao fim. “Vou levantar e chamar ela pra ir lá foca comigo. Vou explicar tudo. Vou pedir perdão. Ela vai me perdoar. Vâmo nos amar...”
-- O que foi? -- disse ela baixinho quando me viu levantar.
-- Num consigo dormir – responder.
-- Por quê? Não tá com sono? -- insistiu.
Agachei diante dela, peguei-lhe na mão e, acariciando-a, sussurrei:
-- Vamos lá fora, pra num acordar as meninas. Quero conversar com você.
Marcela pareceu pensativa por alguns instantes, no entanto levantou-se e saímos de mãos dadas.
Apesar de todas aquelas revelações, Marcela não parecia chateada, pois se estivesse teria retirado a mão quando a peguei. Embora tenha caminhado em silêncio até afastarmos da cabana, em nenhum momento fez gesto de desvincilhar sua mão da minha. Eu obviamente caminhava num estado de graça, como se o maior de meus sonhos estivesse prestes a se tornar realidade.
Súbito paramos. Virei de frente para ela e, olhando-a nos olhos, desculpei-me:
-- Eu num queria transar com ela. Quer dizer, no começo não, mais quando ela pegou o meu pinto e começou a mexer nele, ele ficou duro e eu fiquei com muita vontade. Aí eu não consegui me controlar e acabei transando. Mas só porque ela me seduziu – expliquei.
-- Não precisa se explicar. Eu sei como é – interrompeu ela.
-- Mas eu sei que não deveria ter deixado, que deveria ter resistido e não ter feito aquilo. Mas ela também ficava me ameaçando, dizendo aquele monte de coisas. Eu fiquei assustado, com medo. Não queria que nada acontecesse com contigo e com a Ana Paula. Fiquei morrendo de medo, pensando no pior. Agora ela diz que estava só brincando mais não era verdade. Ela estava falando sério. Eu vi nos olhos dela, do jeito que ela falava.
Eu sentia uma necessidade inexplicável de me explicar, deixar tudo bem claro e mostrar-lhe que fora iludido e que não tivera outra saída. Obviamente eu não era de todo inocente; eu tinha alguma culpa em tudo isso. Eu poderia ter evitado que as coisas chegassem ao ponto em que chegou, mas não fiz. Talvez no fundo eu me sentisse confortável com o fato de transar com Luciana, mesmo sob ameaças. Não posso negar o fato dela ser uma jovem bonita, sensual e sedutora e, por minha própria infelicidade, ser uma jovem inteligente e esperta, a qual usava tudo isso para alcançar seus objetivos. Talvez se eu fosse um pouquinho mais jovem – meses apenas – ou não tivesse sido estimulado sexualmente pelo meu primo no passado, o sexo não teria me despertado o interesse que despertou naquela ilha. Pois é preciso admitir que a maioria dos garotos na minha idade ainda não se interessam por sexo da forma que eu me interessava e nem tinha a vontade de praticá-lo como eu. Dir-se-ia tratar-se não de um garoto de doze anos, ainda com os pés na infância, mas de um rapazinho de quatorze quinze anos, onde o desejo sexual começa a aflorar com toda a força. A nudez de Luciana, Ana Paula e Marcela podem ter contribuído por esse despertar, já que a visão dos seios e do sexo da mais velha despertou-me uma curiosidade ímpar, a qual culminou na descoberta do oceano de sensações provocado pelo ato sexual. (como me esquecer do primeiro orgasmo, quando eu me senti como mergulhado numa piscina de sensações deleitosas). Eu também não sei dizer se meninos na minha idade chegam facilmente ao orgasmo e ejaculam com a mesma facilidade com que eu fazia. Acredito que não, a não ser que tenham, como eu, sido estimulado no passado. Talvez os abusos praticados pelo meu primo, da forma que foram, possam não ter deixados sequelas graves, mas despertaram-me uma sexualidade que certamente só se manifestaria um ou dois anos mais tarde, quando eu estivesse maduro o suficiente para saber, pelo menos, lidar melhor com seus efeitos.
Se por um lado me faltou maturidade, por outro não me faltou humildade em reconhecer meus erros. Contei-lhe tudo sobre Luciana, sem deixar escapar um único detalhe. Ela insistiu que eu não precisava me explicar daquela forma, contar tudo, que entendia o que se passava.
-- Qualquer um vê que a Luciana é a mais bonita de nós três. Ela é como uma modelo, com tudo certinho, no lugar. Ela parece não andar, mas desfilar. Qualquer rapaz ficaria louco por ela. Ainda mais se a ver nua, assim como nós estamos. Você é homem, um garoto ainda, e não é diferente.
-- Eu sei. Mas não queria ter feito com ela porque te amo – afirmei. Minha voz tremeu e as palavras quase não me saíram da boca.
-- Eu também te amo – declarou de forma meiga.
Pulei-lhe nos braços e deixei as lágrimas correrem. Ela me abraçou e afagou-me enquanto o choro escapava.
Por um momento ela não disse nada. Apenas me deixou chorar no seu ombro. Apenas afagava-me o cabelo e a nuca, como teria feito um ombro amigo enquanto esperava a dor passar.
Súbito, disse:
-- Chega, meu amor. Eu estou aqui com você. Olha pra mim.
Obedeci. Com os olhos turvos pelas lágrimas, procurei os dela. Estavam lacrimejantes, mas não havia aquela dor, a dor do arrependimento, da culpa e do pecado e a qual me torturava.
Ela deu um sorriso e enxugou-me as lágrimas, passando os dedos sob os meus olhos. Então aqueles lábios procuram os meus, os quais percebendo o aproximar dos dela, apressou-se em encontrá-los.
Foi um beijo longo e demorado, o qual me fez esquecer a dor e a causa de meus desatinos. Era com se nada mais importasse. Apenas nós dois.
Estávamos unidos um ao outro. Os braços dela me passavam sobre os ombros e se cruzavam em algum ponto atrás de mim. Os meus também a enlaçavam, porém nos quadris. Aliás, enquanto a beijava, uma de minhas mãos corria-lhe pelas costas, deslizando suavemente pela coluna.
Eu até tentei, mas mais uma vez não pude evitar o excitamento. O falo cresceu deslizou-lhe pelo meio das pernas. E ao notá-lo escorregando em pequenos saltos, afastou os quadris e o beijo foi interrompido.
Num primeiro momento, um tanto envergonhado, olhei-a nos olhos. Ela apenas deu um sorrisinho. Então abaixei a cabeça e fitei-a nos seios. Ah, que seios lindos! Os de Luciana poderiam ser mais bonitos, mais perfeitos, embora eu não entendesse patavinas de perfeição de seios, mas aqueles dois para mim eram mais especiais. Eu os desejava mais do que os da outra. Então não resisti. Aproximei os lábios e chupei um deles por alguns instantes. O mamilo estava duro, apensar de eu não ligar uma coisa com outra. Ainda não sabia que o excitamento feminino muitas vezes provoca o excitamento dos mamilos.
Por alguma razão que eu desconheço, Marcela não me impediu de fazê-lo quando meus lábios tocaram-lhe o mamilo e nem me pediu para parar em seguida. Talvez, o tenha permitido por pena ou compaixão pelas lágrimas derramadas momentos antes. Não sei. Talvez houvesse outras razões. O fato é: chupei-lhe o seio por cerca de um minuto, o que levou-me o excitamento ao máximo, a um ponto onde já não se tem mais o controle dos próprios atos. E ardendo na fogueira do desejo, propus-lhe:
-- Vem cá. Vamos deitar na areia. Quero tanto…
-- Não. Ainda não – interrompeu ela, deduzindo minhas intenções. -- Não estou preparada. Temos que conversar sobre isso, e decidi isso melhor. Não podemos fazer assim, de forma impensada, no calor do momento – acrescentou.
-- Por que não? -- insisti bastante desapontado.
-- Sexo não é uma brincadeira divertida. Sei que é muito gostoso. Se não fosse ninguém fazia. Mas deve ser feito com responsabilidade. Olha só o que aconteceu com a Luciana. Se você engravidou ela, pode me engravidar também. Não quero isso para mim.
-- Mas eu estou com tanta vontade --- insisti.
-- Eu sei. Tô vendo. Olha só como ele está. – ela se abaixou e pegou-me o falo teso com dois dedos e moveu-os para frente e para trás. -- É lindo assim! Todo durinho. A cabecinha tão rosinha! Tão delicada! Parece até uma pele de neném.
Confesso ter sentido um prazer indescritível com aquelas carícias. Por isso insisti mais uma vez:
-- Ele quer tanto ela. -- movi o braço e toquei-lhe levemente a vulva.
-- Mas ainda não. Somos muito jovens e devemos esperar mais um pouco. Ainda tenho esperança da gente sair dessa ilha em breve. E quando sairmos, a gente vai poder namorar e no momento certo vou deixar você fazer amor comigo. Temos a vida toda pela frente – disse ela, pegando o meu braço e afastando-o.
-- E se a gente não sair?
-- Vou ser sua do mesmo jeito. Mas ainda sim você vai ter que esperar um pouco.
-- Mas não vou aguentar ver você nua assim o tempo todo. Vou enlouquecer.
-- Não, não vai. Aprende a controlar ele.
-- Mas é muito difícil. Eu não consigo. Eu não sei como – declarei de forma suplicante.
-- Os seus pensamentos controlam ele. É só você controlar os seus pensamentos. Muito simples.
-- Ah, até parece!
Marcela volta a segurar-me o falo e torna a acariciá-lo, dizendo:
-- Anda menino, se comporta! Para de ficar assim, todo assanhado. Seja um bom menino e fique molinho e encolhidinho, vai! -- Ao proferir tais palavras, solta-o novamente.
-- Então acaricia ele mais. Pelo menos isso – pedi.
-- Só um pouco – assentiu.
Marcela, tomada pela curiosidade, ajoelhou-se diante de mim, a fim de observá-lo mais de perto. No entanto, tive de lhe explicar como deveria fazer os movimentos com a mão.
Tomado pelo deleite, pedi-lhe para tocar-lhe a vulva. E para convencê-la, fui persuasivo:
-- Já que você não quer me deixar pôr ele nela, pelo menos deixa eu pôr a mão. Quero sentir ela.
Ela não respondeu de imediato. No entanto, após alguns instantes, concordou.
-- Mas só um pouco. E não enfie o dedo em mim. Sou virgem. E quero continuar assim.
Menei a cabela afirmativamente.
Ela se levantou.
Ah, que deleite quando meus dedos tocaram aqueles lábios, os quais estavam envoltos por uma fina penugem. Não eram tão densa quanto a de Luciana, essa foi a primeira constatação. Embora não tivessem uma diferença de idade muito grande, nessa fase da vida essa pequena diferença parecia fazer uma grande diferença no desenvolvimento sexual. Isso só confirmava o que eu já sabia. Luciana era mais madura e desenvolvida sexualmente. Outra constatação: ao mergulhar a ponta do dedo entre aqueles lábios, senti o quanto úmidos e escorregadios estavam. Embora não tivesse certeza, por experiência, já que isso acontecia toda vez com Luciana e Ana Paula, deduzi tratar-se de uma reação ao excitamento. “Ela também está com vontade. Sentindo prazer. Só não quer admitir.”, pensei.
Gostaria de tê-la acariciado por mais tempo. Se isso tivesse acontecido e se ela não tivesse parado de me acariciar de repente, eu teria lhe presenteado com uma visão ímpar: a minha ejaculação. Faltava tão pouco! Mas ela me soltou o falo, empurrou o meu braço, como fizera pouco antes, e disse:
-- Chega! Vamos voltar.


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