Há uma freqüência insistente de textos reacionários nessa usina. Uma visão caolha da realidade na tentativa de ressuscitar fantasmas insones que vagueiam pela ideologia.
Na maioria das vezes não são argumentos do autor e, sim, meras cópias de outros sites. Não quero entrar no mérito do conteúdo. Cada um é livre para escrever ou copiar e colar textos na usina. A democracia da Usina de Letras assim o permite. O que chama atenção é a unilateralidade do conteúdo. Quando não é uma crítica aos “comunistas” que tentavam fazer o contra-golpe de 64 é um ataque veemente, descabido, raivoso e irracional ao governo “socialista” de Lula.
Considero-me um moderado ávido por soluções sociais de governo. Sou crítico e aplaudo, somente, as medidas que beneficiam o conjunto da população. Principalmente os mais pobres.
Eu compreendo. Se foi difícil uma pessoa de esquerda exercer a sua cidadania na época da ditadura, também é difícil para um reacionário da direita carcomida engolir um torneiro-mecânico na presidência da república e ainda por cima “comunista”.
Admiro os textos que fazem o exercício dialético. Os textos universais, estruturados e inteligentes, mesmo aqueles que contrariam a minha visão política e o meu modo de ver o mundo.
Meu pai admirava o Gen. Geisel, porque foi o melhor presidente para os aposentados. Minha mãe gostava do Gen. Figueiredo, dizia ela: era um cavalo que gostava de cavalos. Particularmente acho que o Gen. Figueiredo fez o que todos deveriam ter feito, ou seja, pediu para ser esquecido. E, ironicamente, a História obedeceu.
Entretanto, aí rogamos graças aos homens e generais de boa vontade, o Brasil está redemocratizado. Os parentes e saudosos do regime de exceção estarão sempre por aí a soltar balões e vivas à ditadura.
E nós que saudamos a democracia por aqui também estaremos, fazendo a nossa parte nesse mundo virtual que tanto nos aproxima.