Os finais de semana são tidos como quando as coisas acontecem. Muitas baladas pra se escolher e agito diferentes em grande quantidade, fazem com que as pessoas se encontrem e estejam abertas para um bate papo, para as orgias memoráveis ou outras mil coisas que possa rolar.
Para Maria Rita eles eram sagrados. Neles ela trocava o uniforme do colégio por uma saia curtinha, ou por um jeans bem justo e camiseta, deixava de ter horário pra dormir, pois não tinha de acordar cedo pra ir à escola, e caia na gandaia pra queimar toda a adrenalina que uma menina cheia de juventude e de vida como ela era precisava.
Uma praia cheia de gente bonita, um barzinho noturno movimentado, um festival de rock onde havia milhares de pessoas. Ela adorava os lugares cheios de agitação e de vida não suportando a solidão.
O pai de Maria Rita há muito tempo sonhava em tirar umas férias prolongadas, junto com toda a família, e naquele ano a firma para a qual ele trabalhava concordou em dar as dele na mesma época em que á da escola das crianças. Ele alugou uma casa numa praia do litoral norte e logo no primeiro dia, da tão esperadas férias, levou para lá a filha junto com a mãe, a irmãzinha e o irmão mais novo.
A casa ficava numa praia linda, bem pertinho de uma aldeia de pescadores, que durante o dia era quase deserta, só freqüentada por poucas pessoas, na maioria gente simples que morava ali perto. Quando anoitecia essas pessoas iam todas dormir e tudo que lá havia era o mar, a lua e a solidão.
Poucas horas depois de terem chegado a Maria Rita não agüentava mais aquele lugar. Seu pai passava o tempo todo pescando, sua mãe deitada na areia e seus irmãos brincando na água.
Na primeira semana ela lera os dois livros que levara e não tinha mais o que fazer. Odiava aquilo tudo e tinha que ficar ali mais três semanas ainda, pois seu pai tinha alugado a casa por trinta dias.
Era bem de tardezinha e ela estava sentada na areia, bem pertinho da água, e as ondas cobriam os seus pés de espuma branca, acentuando a monotonia daquele lugar. Seus olhos, cheios de melancolia e tristeza, olhavam a imensidão azul a sua frente sem que ela nada visse, pois o seu pensamento estava longe dali. Queria estar longe daquele lugar morto. Não tinha namorado, mas sempre ficava com algum menino bonito e no final da noite deixava que ele a enrabasse no banco de trás de um carro, coisa que adorava.
“Meu Deus, além dessa solidão toda eu vou ficar esses dias todos aqui sem ter ninguém com quem transar”, era o que se passava em sua cabeça quando seus pensamentos foram interrompidos por alguém que falava com ela. Teve um sobressalto quando ouviu aquela voz um pouco rouca, mas cheia de doçura e suavidade lhe falar:
- Olá, você está tão triste menina. Desculpa se te assustei, mas faz um tempão que eu estava te vendo e resolvi vir conversar um pouco pra ver se podia te ajudar. Está com algum problema querida?
Maria Rita olhou pra trás e viu que quem falava com ela era uma moça que tinha um rosto de traços marcantes e era muito bonita. Ela usava um biquíni azul, quase que do mesmo tom dos seus olhos. Tinha os cabelos loiros cortados bem curtos e que eram da mesma cor amarelada dos pelos sedosos que tinha no meio das pernas e que fugiam teimosos da sua tanga mínima. Ao perceber esse detalhe sentiu um arrepio lhe percorrer pelo corpo todo e respondeu então pra ela:
- Oi. Eu não tenho nada não, só estou um pouco chateada com este lugar. Estou passando as férias aqui com a minha família e esta solidão toda ta me deixando de “bico baixo”, é só isso.
- Então se o seu problema é só solidão eu vou me sentar um pouco ai na areia com você pra gente conversar, tudo bem?
- Tudo bem sim. Senta ai que se eu estava precisando de algo na vida era justamente de alguém pra conversar, a Maria Rita disse contente sem conseguir tirar os olhos do corpo maravilhoso que aquela moça tinha.
Anoiteceu e as duas estavam ainda ali conversando. A moça disse se chamar Giovanna e Maria Rita, encantada com a nova amiga, lhe falou de sua vida, das coisas que gostava, da sua escola, da sua família e dos seus amigos.
Giovanna lhe falou que vinha sempre naquela praia e que costumava ficar acampada sozinha em uma barraca por dias seguidos. Disse que adorava a solidão e que fazia isso, sempre que podia, para fugir da vida agitada que levava como modelo de uma grande revista.
Teriam ficado ali por muito tempo ainda se o pai de Maria Rita não aparecesse à procura da filha e interrompesse o papo das duas:
- Oi filha. Faz tempo que escureceu e como você não voltava a sua mãe me fez vir te procurar. Você conhece a sua velha, não é?
- E como conheço papai, como conheço. Eu só demorei porque arrumei uma nova amiga e o nosso papo estava tão legal que acabei me esquecendo da hora.
Apresentou Giovanna ao pai e disse pra ele que fosse pra casa sossegar a mãe que ela já ia. Quando ele se foi ela disse pra amiga:
- É, parece que eu tenho de ir pra casa.
- Tudo bem. Amanhã bem cedinho eu venho aqui pra praia e se você quiser aparecer à gente conversa mais.
- Venho sim. Quero saber um monte de coisas sobre você e a sua profissão. Tchau então, Maria Rita falou e se aproximou da amiga para beijá-la no rosto e se despedir.
Na hora em que foi beijá-la, Giovanna virou o rosto e seus lábios se tocaram num beijo melado e rápido. Maria Rita ficou muito vermelha e sem saber o que falar abaixou os olhos para o chão, sentindo-se muito envergonhada. A amiga pegou no queixo dela delicadamente, a fez olhar em seus olhos e dando um sorriso angelical lhe disse:
- Vai meu anjo que se você demorar muito sua mãe vai acabar achando ruim. Amanhã vou estar aqui te esperando, não deixe de vir.
Maria Rita foi para casa, jantou com a família e foi pra cama. Estava muito quente e ela deitou-se nua, como gostava de dormir no calor, mas ficou durante horas pensando na moça que tinha conhecido naquela tarde. Fechava os olhos e via o sorriso dela, o brilho especial que ela tinha nos olhos azuis e muito grandes. Só percebeu as carícias que fez em si mesma, e que tinha se masturbado sob o lençol imaginando os detalhes do corpo da amiga e vendo cada curva dele em sua mente, quando disse sussurrando na hora em que gozou:
- Giovanna.
No outro dia, mal havia clareado, Maria Rita estava na praia esperando pela amiga. Sentia-se confusa, pois nunca tinha imaginado que fosse capaz de sentir atração por uma outra mulher. Na hora que a viu toda a confusão e as dúvidas que a atormentavam foram esquecidas. Ela correu na direção de Giovanna e jogou-se em seus braços.
Beijaram-se cheias de paixão e a partir desse dia as suas férias monótonas se transformaram nos dias mais belos de sua vida. Passou a sentir-se feliz naquela praia vazia onde podia passear de mãos dadas, dar beijos na boca e acariciar deitada na areia o corpo da mulher que conhecera e aprendera a amar. Nunca tinha imaginado haver tanta felicidade em um lugar tão solitário como aquele e que aquelas férias fossem se tornar tão maravilhosas.
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
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Quem sabe se é por serem acanhadas, tímidas, ou tudo isso talvez até pela educação castrante recebida, que existem algumas meninas que quando fazem amor, o ato acontece cheio de nojos, preconceitos e é sempre frustrante! Morrem de medo de serem chamadas de vulgares e ficam horrorizadas com a liberdade envolta delas. Se uma delas abrir as ”Dobradinhas de Sacanagem”, irá censurar e ficar escandalizada com as fotos e os vídeos que verá, mas com certeza também irá se encher de inveja das outras meninas que encontrará lá, e se não sair correndo não agüentará e vai acabar se masturbando. São páginas desaconselháveis à elas e proibidas para os hipócritas e para aqueles que tem a mente fechada. Bem vindos e um ótimo divertimento àqueles que não se importam e que até se orgulham quando são chamados de devassos(as)!