Cisterna do Poeta
CARLOS CUNHA
Puta é puta, mesmo quando chega ao gozo!
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A menina passou lentamente, e com carinho, a mão no pau semi-endurecido que tinha em sua frente. As coxas ressequidas do homem se abriaram sobre a cama e o gemido de prazer, que ele deu, pareceu o ranger de um compasso enferrujado ao ser aberto.
Ela o colocou – o pau dele - na boca e passou a chupá-lo cheia de vontade, fazendo o velhinho gemer de prazer como não fazia há muito tempo.
Sabia que essa fascinação por homens mais velhos a fizera chegar ao extremo, mas o prazer que sentia ao acariciar aquele ancião, que deveria ter já seus sessenta anos ou mais, era inigualável.
Ele sorria para ela, enquanto era chupado, mas os dentes perfeitos demais denunciavam serem artificiais. No delírio do prazer que ele sentia, várias vezes ela notou que a dentadura que ele usava tinha se deslocado em sua boca enrugada, mas como aquilo a agradava e enchia de tesão!
Uma forte e inexplicável sensação de ternura a dominava quando encontrava nas ruas, vagando a esmo, entristecidos na fila do banco, conversando nos bancos dos jardins ou dando milho para os pombos, aqueles doces senhores idosos. Ficava encantada quando os via esforçando-se para manter a juventude sob um terno bem cortado, apoiando-se numa bengala para tentar manter o andar ereto e empunhando uma pasta de executivo.
Ergueu-se sobre o corpo decrépito, estendido em sua frente, e com as pernas dobradas encaixou a vagina para que ele penetrasse nela. Com os joelhos apoiados no lençol encardido ela cavalgou sobre ele até sentir o líquido ralo do gozo que lhe proporcionou, e isso fez com que ela atingisse o orgasmo e gozasse também.
Saiu então de cima do velho, deitou-se ao lado dele e com um belo e cativante sorriso lhe falou:
- Então vovô, eu mereço ou não uma bela e polpuda gorjeta?
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
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