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Erotico-->Onde termina a areia -- 02/04/2009 - 00:40 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






















Cisterna do Poeta


- Eu estava esperando que você me ligasse. De um pulo agora em meu apartamento que eu estou sozinho. Quando o rapaz chegou não foi preciso palavras. Bastaram os olhares deles se encontrarem para que se jogassem nos braços um do outro e que suas bocas se colassem em um beijo apaixonado. Suas línguas se entrelaçaram, suas mãos procuraram os seus corpos e começaram toda a sacanagem que dois homens conseguem fazer quando estão apaixonados.


CARLOS CUNHA












Onde termina a areia



Vem moça bonita, vamos passear de mãos dadas e com os pés descalços sobre a areia branca e macia da beira do lago. Sem nada precisarmos falar muitas juras de amor e promessas de adoração serão ditas pelos nossos olhos cheios de brilho e apaixonados. Em nosso silencio não sairão das nossas bocas palavras vazias, tentando convencer ou provar algo, ou mentiras envolvendo interesse. Calados e com simplicidade entregaremos a nossa carne a deleites maravilhosos que deixarão as nossas almas encantadas e cheias de paz.
Quando chegarmos aonde termina a areia nós encontraremos uma relva muito verde e úmida na qual faremos o leito em que nos deitaremos nus. Romperemos então o nosso silêncio com suspiros abafados e roucos que fluirão de dentro de nós junto aos nossos gemidos alucinantes e incontroláveis.
Exaustos e ofegantes descansaremos então abraçados com a nossa carne colada pelo suor que exalamos em abundância no momento da posse.
Pertinho de nós, nessa hora, dezenas de flores amarelas estarão balançando lentamente ao sabor da brisa calma e as águas do lago paradas com algumas folhas mortas flutuando sobre elas e em volta de um ganso branco em seu nado solitário e silencioso. A vida estará envolvida por um silêncio que seria total, como se a natureza estivesse se calado em homenagem ao nosso amor, não fossem as batidas fortes dos nossos corações de amantes satisfeitos e emocionados.




CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites















Sasha & Sandra








Arquivo do Poeta / O “chupa rola”



Muitos jornais quando não tem notícias verdadeiras e interessantes apelam e costumam abusar da crendice popular. Inventam fatos bizarros e fantasiosos que envolvem o sobrenatural, falam de extras terrestres ou qualquer outro assunto que mexa com a imaginação e com o medo das pessoas. Tudo isso é escrito, por mais absurdo que seja, para ampliar a sua venda.
Esta estória pode até parecer com coisa de jornal sensacionalista, mas é verdadeira. Acredite quem quiser... rsssssssssss



Ele era um homem simples e muito tímido que vivia afastado das pessoas não só por causa da sua timidez, mas principalmente pela profissão que tinha. Era o coveiro da cidade.
Numa casa perto do cemitério, que trabalhava, morava uma moça muito bonita e ele era perdidamente apaixonado por ela. Tanto a sua timidez como o fato de ser um coveiro fazia com que a adorasse calado, e toda a vez que ela passava pela porta do cemitério ele se enchia de desejo. Ficava olhando ela passar e depois se escondia atrás de uma tumba para batia uma "punheta" pensando nela.
Um dia essa moça morreu e foi ele que enterrou o corpo dela. Na calada daquela mesma noite voltou ao cemitério, abriu ele com a chave que tinha e foi até a cova da moça para desenterrá-la. Abriu o caixão em que ela estava e usou-o como se fosse um leito de amor. Ele forçou até abrir as pernas rígidas da defunta e meteu nela cheio de paixão.
Quando ele gozou na vagina gelada da morta ela ficou macia e quente.
A falecida abriu os olhos. Ela tinha ressuscitado com a foda que o coveiro deu nela e nessa hora o abraçou com carinho e falou pra ele:

- Meu querido. Você me fez voltar á vida com o seu amor e agora vou recompensá-lo. Dizendo isso ela pegou o pau do coveiro e começou a chupá-lo.

Na hora em que gozou, na boca da defunta ressuscitada, dois dentes caninos penetraram no seu pênis e ele começou a secar. Ela então o enterrou no caixão em que estava e foi para fora do cemitério. O coveiro foi a primeira vítima do "chupa rola", só que ninguém soube porque o seu corpo nunca foi encontrado.


A madrugada estava quente quando aquele homem saiu da boate, em que tinha ido a pé porque ela ficava perto de sua casa, e caminhou pela calçada um tanto entorpecido pela bebida que havia tomado. Tinha ficado até aquela hora na boate, e tomado vários drinks, na esperança de conhecer alguma mulher e ter um caso com ela, pois estava sedento de amor. Não dera sorte e estava de volta pra casa sem ter encontrado ninguém para fazer amor com ele naquela noite.
Quando ia chegando na esquina ele viu, parada nela, uma linda mulher vestida de negro. Ela usava um vestido longo, bastante agarrado no corpo, que tinha um corte do lado e ele pode ver a coxa torneada e grossa que ela tinha. O decote do vestido deixava boa parte dos seios dela expostos e eles eram lindos. Usava uma tiara enfeitando a cabeça e seus cabelos longos caiam sobre os seus ombros nus como se os tivessem acariciando.
Ele foi até ela e lhe falou:

- Olá. Parece que não sou só eu que me encontro perdido na noite. Você está esperando alguém ou será que podemos ir beber alguma coisa e nos conhecermos? Eu adoraria a sua companhia para uma bebida.

- Não, eu não estou esperando por ninguém e até gostaria de beber algo.

Ele voltou, acompanhado daquela linda mulher, para a mesma boate em que estivera até a pouco. Lá eles se divertiram e depois de beberem e dançarem bastante foram para um motel. Quando entraram no quarto ele tirou a roupa e foi para a cama. Ela deitou-se ao lado dele e a primeira coisa que fez foi enfiar a cabeça no meio de suas pernas e chupar o seu pau. Ela chupava com suavidade. Seus lábios molhados sugavam enquanto sua língua percorria ao redor da cabeça fazendo ele delirar.
Na hora em que ele gozou, na boca dela, sentiu uma pontada na cabeça do pau e ficou paralisado. Seu corpo foi secando e poucos segundos depois ele parecia mumificado.
A mulher vestiu a roupa, olhou para o corpo na cama e deu um sorriso maléfico. Abriu a porta do quarto e saiu dele deixando a sua vítima ali deitada, seca e de pau duro.
No outro dia de manhã os jornais anunciavam:


O "chupa rola" volta a atacar

"Mais um corpo é encontrado, com aparência mumificada, em uma cama de motel. Ele tinha a pele enrugada, sobre a caveira formada pelos seus ossos, como se toda a água e também toda a carne dele tivessem secado na hora da sua morte. Estava nu sobre a cama com o pênis, também seco, ereto e ele tinha dois orifícios pequenos em sua cabeça. Os médicos legistas, de uma das mais conceituadas de nossas universidades, examinaram o corpo em busca da causa da sua morte e mais uma vez não encontraram resposta para o ocorrido".




CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites





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