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Erotico-->Meus desejos escondidos... -- 04/04/2009 - 08:19 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




















Cisterna do Poeta


Em algum momento entraria na casa e, com a ajuda de um pouco de água ou de alguma bebida forte, tomaria mais comprimidos alucinógenos e voltaria a ficar ali vendo a vida, na verdade sofrendo por não conseguir vivê-la. Ela passou e viu os olhos sem brilho dele...


CARLOS CUNHA


















Meus desejos escondidos...








São como gotas ardentes de fogo que queimam minhas entranhas. Dentro de mim desejos escondidos, perdidos e achados, onde ninguém ousa procurar, ver, sentir, tocar e desejar como eu... Como um louco ou desesperado.
Todos os desejos são permitidos. Doces e infantis por vezes, mas existem as promessas quebradas ao luar, as dores num vazio que acaba por nunca acontecer, como tanto ansiamos.
Esse fogo arde, consome, tira e dá.; incendeia a carne, fazendo-me sentir fraco e forte, dominador e dominado, frágil e endurecido... Arde por um prazer que sinto e não vejo, por arrepios de loucura que transcendem o tempo passado, o presente e o futuro, fazendo de mim um eterno amante.
Ele é perfeito, erótico, quente e profundo como a respiração na hora da posse ou o bater de um coração apaixonado.
Os meus desejos são assim. Existem e consomem minha carne, me levando á delírios maravilhosos... Sempre!





CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites

















Phat Ryan








Arquivo do Poeta / Vai, enfia no meu cuzinho – To tentando...



- Vai, enfia no meu cuzinho.

- To tentando.

- Como assim ta tentando?!

- É que meu pau não ta bem duro.

- Não ta bem duro? Dez anos me enchendo o saco, pedindo pra “botar no seu cuzinho” e quando eu deixo você me diz que seu pau não ta duro!

- Acho que foi a emoção. Deixa eu tentar de novo.

- Então, vem, mete tudo.

- To quase conseguindo. Abre um pouquinho.

- Abrir o quê?

- O cuzinho.

- Mas você sempre disse que queria botar no cu porque era mais apertado e agora me pede pra abrir? Como é que eu vou abrir o meu cu?

- Relaxando, porra!

- Eu to relaxada até demais. Você é que ta nervoso e com a pica mole!

- O que é isso? Onde você aprendeu a falar assim?

- Falar o quê? Pica mole? Todo mundo fala pica mole!

- Não a minha esposa. Isso é coisa de mulher que tem amante.

- Pois fique sabendo que eu já falava pica mole muito antes de ter um amante.

- O quê? Você tem um amante?

- É isso aí. Ta mais do que na hora de botar as cartas na mesa. Nosso casamento já era.

- Você enlouqueceu? Que papo é esse de uma hora pra outra?

- De uma hora pra outra, nada! A gente sabe que o nosso casamento é um defunto que esqueceu de cair. Nossa filha já tem dezoito anos e eu vou embora com ela.

- Não vai embora porra nenhuma. Primeiro vai me explicar que história é essa de amante? Há quanto tempo você tem um amante?

- Dois meses.

- É o primeiro?

- É.

- E você deu o cu pra ele?

- Dei.

- Ah! Então é por isso que depois de vinte anos você resolveu liberar pra mim?

- É! É isso! Agora com licença que eu vou me mandar.

- Espera! Isso não pode acabar assim.

- Pode e vai. O nosso casamento já era.

- Não to falando em casamento. Eu to falando do seu cu.

- O que tem o meu cu?

- Eu quero comer. Depois de vinte anos eu tenho direito.

- De que jeito você vai comer o meu cu? Você ta broxa.

- Broxa, não, hein! Sou corno, mas não sou broxa!

- Você? Corno? Corno que corneia não é corno.

- Quem disse que eu te corneio?

- Cinismo numa hora dessas? Já não bastam os vinte anos de hipocrisia que passamos nesse quarto?

- Tudo bem. Eu admito. Eu arrumei uma amante nos últimos meses.

- Nos últimos meses? Você tem um caso com essa mulher há anos. Eu sei, nossa filha sabe, o namorado da nossa filha sabe, todo mundo sabe.

- Ah! E eu sou sempre o último á saber o que vocês sabem!

- Essa é boa! Você é a vítima agora. Pelo menos ela te dava o cu?

- Não.

- Puta, mas tu é azarado, hein?

- Ah, é? Então fica de quatro que eu vou te mostrar o azarado.

- Pronto! Tô de quatro. Vem logo.

- Com terrorismo não vai dar. Você bem que podia gemer um pouquinho.

- Ai, meu Deus! Ta bom, então. Fode o meu cuzinho. Vem, enfia essa pica grossa no meu rabo. Eu quero sentir esse caralhão me arregaçando. Vem!

- Você fala essas coisas pro seu amante?

- Escuta aqui! Come logo essa porra desse cu que eu preciso ir embora.

- Ah, é assim? Ta de encontro marcado com o amante?

- Vai querer ou não?

- Ta bom. Ta bom. É que ta seco. Você bem que podia dar uma chupadinha.

- Eu é que não vou chupar essa porra mole. Dá uma cuspida e vai logo.

- Olha, vamos combinar uma coisa. Você vai preparando as suas malas enquanto eu relaxo um pouquinho. Depois você volta aqui e a gente liquida a fatura.

- Minhas malas já estão prontas.

- Porra! Me apunhalando pelas costas!

- Pobre vítima indefesa! Agora com licença que eu tenho que ir embora.

- Espera. A gente precisa discutir melhor a nossa relação.

- Não me faça rir.

- A gente tem muitas responsabilidades em comum.

- Por exemplo?

- Por exemplo, a educação da nossa filha.

- Você nunca se preocupou com isso.

- Nunca é tarde pra começar. Ela já ta uma moça e tem um comportamento que me deixa cheio de dúvidas.

- Que dúvidas?

- Você não reparou na bunda enorme dela. Será que a nossa filha dá o cu pro namorado?

- Ah! Vá se foder! - Tchau. To indo pra quem adora e sabe comer meu cu.




CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites




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