Ela chorava desesperada, ainda de quatro e com a cabeça apoiada no travesseiro, depois que pela primeira vez tinha sido enrabada pelo marido.
Ele, sentado com as pernas cruzadas no colchão ao lado dela, afagava os cabelos negros e suados da sua querida mulher, se desesperando com os soluços que ela dava. Muito preocupado e com o coração cheio de dor não parava de perguntar e repetir:
- Doeu muito amorzinho? Me perdoa querida, juro que não queria te machucar. Para de chorar que eu prometo que nunca mais te peço... Nunca mais, eu juro.
“Porque fui insistir tanto?” Era esse o pensamento que o condenava e enchia ele de culpa.
Desde que eles eram somente namorados, e durante todo o noivado, sempre foi maluco pela bundinha arrebitada e redondinha que ela tinha. Quis comê-la várias vezes, nessa época, só que ela nunca deixou.
Depois de casada o corpo dela amadureceu e ficou cheio de carne. A bunda cresceu ficando deliciosa, se tornando um verdadeiro tormento para o marido que pedia, implorava para meter nela sempre recebendo um não como resposta:
- Atrás não Azevedo. Você está cansado de saber que eu não gosto.
- Mas benzinho, como é que você sabe que não gosta se nunca deixou? Deixa eu meter nela uma veizinha só vai. Eu juro que coloco devagarzinho e que não vai doer.
- Não, eu já falei que não e pronto.
Era o que o ele ouvia a sua mulher falar, fosse qual fosse o argumento que usasse para tentar convencê-la. Azevedo namorou ela durante muito tempo, noivaram e se casaram. Anos desejando, fantasiando, implorando e nada. Foi numa noite chuvosa que o milagre aconteceu.
Ela deitou-se ao lado do marido e sem que ele pedisse lhe falou:
- Amor, você quer mesmo?
- Quer o que querida?
- Comer o meu cuzinho?
- É claro querida, eu vivo te pedindo. Morro de tesão por ele.
- Então vem, só que coloca bem devagar pra não doer.
Ela ficou de quatro na cama, afastou bem os joelhos, arrebitou a bunda e de olhos fechados falou:
- Vem amor, mete nele se é o que você tanto quer.
O Azevedo foi cuidadoso. Ajoelhou-se atrás dela e abriu as nádegas a sua frente com carinho, encaixou o cacete no cuzinho e começou a empurrar bem devagar. A cabeça entrou com dificuldade.; metade do pau já estava dentro quando a bunda dela começou a rebolar. Ele via o pau entrar e sair daquele buraquinho enrugado, apertadinho, delicioso. Meteu com vontade, se deliciou e gozou como nunca tinha gozado. Foi nessa hora que a Matilde enfiou a cara no travesseiro e começou a chorar.
- Me perdoa querida, juro que nunca mais eu peço.
Os soluços da Matilde foram se acalmando. Ela ergueu a cabeça do travesseiro e olhou para o marido. Seu rosto estava todo molhado das lágrimas que tinha derramado, mas possuía uma luz nova e mostrava felicidade quando falou para ele:
- Deixa de ser bobo Azevedo, você não vê que eu estou chorando porque estou emocionada. Tantos anos para vencer esse preconceito besta e o medo de sentir dor. Tanto tempo perdido, ela falou e o marido a sentiu envolvida de fato por uma grande emoção. Você me pediu tantas vezes e eu que nem boba sempre negando pra você e pra mim um prazer como esse. Ta certo que está ardendo um pouquinho, mas isso não é nada. Eu adorei meu bem, vem me enraba de novo e com mais força agora. Come o meu cuzinho agora e quando você quiser que eu nunca mais vou dizer não. Ser enrabada é a coisa mais gostosa desta vida!
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
Cassandra Calogera
Arquivo do Poeta
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