Cisterna do Poeta
Na ponta da praça, apareceram duas adolescentes japonesas rodando sobre as rodas de suas bicicletas. Pareciam duas princesas orientais cortando a brisa calma que batia em suas faces e que junto aos fracos raios de sol do entardecer refletiam inocência naqueles rostos de estudantes. Eram duas meninas bonitas na faixa de...
CARLOS CUNHA
Um sonho de empregada
A chuva escorria no vidro da janela enquanto eu lia um livro debaixo do lençol cor de rosa cheio de borboletas amarelas. Na verdade não conseguia me concentrar na leitura porque a cada parágrafo que lia eu pensava na nova empregada que meus pais tinham contratado e que me enchia de tesão mais que uma musa de poeta tarado. Uma morena de olhos verdes, muito gostosa, que tinha um par de coxas grossas e deliciosas além de ser dona de uma bunda que cada vez que eu a via meu pau ficava com tic nervoso.
O barulho monótono da água batendo no vidro me acalmava e junto à leitura, interrompida toda hora por meus pensamentos eróticos, fazia a minha cabeça embarcar num sono gostoso e meus olhos pescavam...
A porta do meu quarto se abriu e por ela entrou aquele morenaço me trazendo um copo de leite quente numa bandeja. Enquanto eu tomava o leite ela se abaixou para pegar meu livro, que tinha escorregado para o chão, e eu vi aquela bunda linda e estonteante quase no meu nariz. Não deu pra segurar a emoção e acabei me engasgando e cuspindo leite pra tudo que é lado.
Muito prestativa ela começou a limpar o meu lençol, só que para isso tirou a camiseta. Ficou só de sutiã na minha frente limpando a sujeira que eu fizera e olhando aqueles seios lindos meu pau ficou mais duro do que pão dormido. Ela esfregou a camiseta sobre ele que parecia mais uma nave espacial pronta pra decolar.
Não deu pra me controlar e enquanto meus pais assistiam TV na sala eu puxei a morena e demos o maior malho. Com ela chupando meu pescoço e entre gemidos baixos sua roupa como num passe de mágica estava no chão e nossos corpos grudados um ao outro.
Mergulhei entre as pernas dela e deixei a minha língua brincar, zanzando de um lado pro outro, naquele bucetão quente e delicioso. Ela gemia, gemia e a cada gemido eu perdia mais o controle. Segurando-me pelos cabelos ela me puxou e metemos alucinados até que finalmente eu cheguei aonde queria. Na hora de comer aquele rabo maravilhoso que tanto desejava.
Coloquei-a de quatro e meti com tudo naquele bundão enorme. Enfiei meu pau com tudo e nessa hora ela deu um grito tão estridente que me deixou assustado e fez com que eu acordasse.
Estava todo suado e quando olhei para minha cueca ela estava parecendo boca de criança quando se lambuza com leite moça, toda melada.
Levantei e fui ao banheiro me limpar do resultado daquele sonho. Tinha aberto o chuveiro quando ouvi a porta do quarto se abrir e a voz da empregada dizendo:
- Trouxe um copo de leite pro senhor tomar antes de dormir. Vou esperar que saia do banho pra ver se precisa de mais alguma coisa.
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
Rio Mariah & Francesca Lee
Arquivo do Poeta / Férias Maravilhosas
Férias Maravilhosas
Os finais de semana são tidos como quando as coisas acontecem. Muitas baladas pra se escolher e agito diferentes em grande quantidade, fazem com que as pessoas se encontrem e estejam abertas para um bate papo ou outras mil coisas que possa rolar.
Para Maria Rita eles eram sagrados. Neles ela trocava o uniforme do colégio por uma saia curtinha, ou por um jeans bem justo e camiseta, deixava de ter horário pra dormir, pois não tinha de acordar cedo pra ir à escola, e caia na gandaia pra queimar toda a adrenalina que uma menina cheia de juventude e de vida como ela era precisava.
Uma praia cheia de gente bonita, um barzinho noturno movimentado, um festival de rock onde havia milhares de pessoas. Ela adorava os lugares cheios de agitação e de vida não suportando a solidão.
O pai de Maria Rita há muito tempo sonhava em tirar umas férias prolongadas, junto com toda a família, e naquele ano a firma para a qual ele trabalhava concordou em dar as dele na mesma época em que á da escola das crianças. Ele alugou uma casa numa praia do litoral norte e logo no primeiro dia, da tão esperada férias, ele a levou junto com a mãe, a irmãzinha e o irmão mais novo para lá.
A casa ficava numa praia linda, bem pertinho de uma aldeia de pescadores, que durante o dia era quase deserta, só freqüentada por poucas pessoas, na maioria gente simples que morava ali perto. Quando anoitecia essas pessoas iam todas dormir e tudo que lá havia era o mar, a lua e a solidão.
Poucas horas depois de terem chegado a Maria Rita não agüentava mais aquele lugar. Seu pai passava o tempo todo pescando, sua mãe deitada na areia e seus irmãos brincando na água.
Na primeira semana ela lera os dois livros que levara e não tinha mais o que fazer. Odiava aquilo tudo e tinha que ficar ali mais três semanas ainda, pois seu pai tinha alugado a casa por trinta dias.
Era bem de tardezinha e ela estava sentada na ponta na areia, bem pertinho da água, e as ondas cobriam os seus pés de espuma branca, acentuando a monotonia daquele lugar. Seus olhos, cheios de melancolia e tristeza, olhavam a imensidão azul a sua frente sem que ela nada visse, pois o seu pensamento estava longe dali. Queria estar longe daquele lugar morto. Não tinha namorado, mas sempre ficava com algum menino bonito e no final da noite deixava que ele a enrabasse no banco de trás de um carro, coisa que adorava.
“Meu Deus, além dessa solidão toda eu vou ficar esses dias todos aqui sem ter ninguém com quem transar”, era o que se passava em sua cabeça quando seus pensamentos foram interrompidos por alguém que falava com ela. Teve um sobressalto quando ouviu aquela voz um pouco rouca, mas cheia de doçura e suavidade lhe falar:
- Olá, você está tão triste menina. Desculpa se te assustei, mas faz um tempão que eu estava te vendo e resolvi vir conversar um pouco pra ver se podia te ajudar. Está com algum problema querida?
Maria Rita olhou pra trás e viu que quem falava com ela era uma moça que tinha um rosto de traços marcantes e era muito bonita. Ela usava um biquíni azul, quase que do mesmo tom dos seus olhos. Tinha os cabelos loiros cortados bem curtos e que eram da mesma cor amarelada dos pelos sedosos que tinha no meio das pernas e que fugiam teimosos da sua tanga mínima. Ao perceber esse detalhe sentiu um arrepio lhe percorrer pelo corpo todo e respondeu então pra ela:
- Oi. Eu não tenho nada não, só estou um pouco chateada com este lugar. Estou passando as férias aqui com a minha família e esta solidão toda ta me deixando de “bico baixo”, é só isso.
- Então se o seu problema é só solidão eu vou me sentar um pouco ai na areia com você pra gente conversar, tudo bem?
- Tudo bem sim. Senta ai que se eu estava precisando de algo na vida era justamente de alguém pra conversar, a Maria Rita disse contente sem conseguir tirar os olhos do corpo maravilhoso que aquela moça tinha.
Anoiteceu e as duas estavam ainda ali conversando. A moça disse se chamar Giovanna e Maria Rita, encantada com a nova amiga, lhe falou de sua vida, das coisas que gostava, da sua escola, da sua família e dos seus amigos.
Giovanna lhe falou que vinha sempre naquela praia e que costumava ficar acampada sozinha em uma barraca por dias seguidos. Disse que adorava a solidão e que fazia isso, sempre que podia, para fugir da vida agitada que levava como modelo de uma grande revista.
Teriam ficado ali por muito tempo ainda se o pai de Maria Rita não aparecesse à procura da filha e interrompesse o papo das duas:
- Oi filha. Faz tempo que escureceu e como você não voltava a sua mãe me fez vir te procurar. Você conhece a sua velha, não é?
- E como conheço papai, como conheço. Eu só demorei porque arrumei uma nova amiga e o nosso papo estava tão legal que acabei me esquecendo da hora.
Apresentou Giovanna ao pai e disse pra ele que fosse pra casa sossegar a mãe que ela já ia. Quando ele se foi ela disse pra amiga:
- É, parece que eu tenho de ir pra casa.
- Tudo bem. Amanhã bem cedinho eu venho aqui pra praia e se você quiser aparecer à gente conversa mais.
- Venho sim. Quero saber um monte de coisas sobre você e a sua profissão. Tchau então, Maria Rita falou e se aproximou da amiga para beijá-la no rosto e se despedir.
Na hora em que foi beijá-la, Giovanna virou o rosto e seus lábios se tocaram num beijo melado e rápido. Maria Rita ficou muito vermelha e sem saber o que falar abaixou os olhos para o chão, sentindo-se muito envergonhada. A amiga pegou no queixo dela delicadamente, a fez olhar em seus olhos e dando um sorriso angelical lhe disse:
- Vai meu anjo que se você demorar muito sua mãe vai acabar achando ruim. Amanhã vou estar aqui te esperando, não deixe de vir.
Maria Rita foi para casa, jantou com a família e foi pra cama. Estava muito quente e ela deitou-se nua, como gostava de dormir no calor, mas ficou durante horas pensando na moça que tinha conhecido naquela tarde. Fechava os olhos e via o sorriso dela, o brilho especial que ela tinha nos olhos azuis e muito grandes. Só percebeu as carícias que fez em si mesma, e que tinha se masturbado sob o lençol imaginando os detalhes do corpo da amiga e vendo cada curva dele em sua mente, quando disse sussurrando na hora em que gozou: Giovanna.
No outro dia, mal havia clareado, Maria Rita estava na praia esperando pela amiga. Sentia-se confusa, pois nunca tinha imaginado que fosse capaz de sentir atração por uma outra mulher.
Na hora que a viu toda a confusão e as dúvidas que a atormentavam foram esquecidas. Ela correu na direção de Giovanna e jogou-se em seus braços.
Beijaram-se cheias de paixão e a partir desse dia as suas férias monótonas se transformaram nos dias mais belos de sua vida. Passou a sentir-se feliz naquela praia vazia onde podia passear de mãos dadas, darem beijos na boca e acariciar deitada na areia o corpo da mulher que conhecera e aprendera a amar. Nunca tinha imaginado haver tanta felicidade em um lugar tão solitário como aquele e que aquelas férias fossem se tornar tão maravilhosas.
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
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