Cisterna do Poeta
Para as meninas o importante é não ficar fora das baladas, irem a “barcas” esperadas ansiosamente ou participarem de acontecimentos que o destino e a noite coloca em suas vidas, só importando a elas o prazer. Vou falar sobre um encontro muito esperado, mesmo que disso ela não tivesse consciência, ou talvez sobre um acontecimento que tinha de haver porque a vida é assim. Não entendeu... E quem a entende? Só sei que é linda - a vida - e deliciosa quando nos entregamos a ela!
CARLOS CUNHA
Papai e o “viadinho”
Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar.
Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste, era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou...
A brincadeira de roda era cantada alta e com muita alegria pelas crianças, que de mãos dadas pulavam e rodavam cheias de alegria. Todas as que viviam na vizinhança participavam e se divertiam pra valer, mas quem comandava a roda e possuía a maior euforia era o Peixotinho, um jovem “viadinho” que morava naquela rua.
Essa brincadeira ocorria na frente da casa da Tininha, uma das crianças que ali estavam. Ela era uma menininha, bem sapeca, que tinha os cabelos amarelados e todo cheio de cachinhos. Cheia de vida, essa criança possuía um sorriso encantador, quando o dava com seu dente falho, e seus olhos brilhavam refletindo muita esperteza.
Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar.
Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste, era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
Essa brincadeira estava no auge quando uma voz forte e severa assustou a todos que ali brincavam:
- Tininha, já pra dentro.
Era o pai da criança que a chamava com a voz cheia de raiva.
A Tininha deixou a brincadeira, porque era muito obediente, mas quando chegou perto do pai lhe pediu:
- Deixa eu brincar mais um pouquinho, papai. Ta tão gostoso.
- Não pode não, o pai falou em tom severo. Eu já te falei que não quero que você brinque onde esse rapaz estiver. Já para o seu quarto e fique lá, anda.
A criança obedeceu ao pai e foi para o quarto, cheia de tristeza. Alguns minutos depois à mãe dela foi até lá e a encontrou com os olhos cheios de lágrimas e o nariz todo melado. Falou tentando consolar a filha:
- Não chora não Tininha, que o seu pai é assim mesmo. Você sabe que ele não gosta que você brinque com aquele rapaz. Ele não gosta dele.
- Por que é então, que quando a senhora sai o Peixotinho vem aqui em casa e o pai fica brincando com ele lá no quarto, a criança perguntou? Outro dia eu fingi que tava dormindo e escutei os dois dando risadas e o papai falando pra ele ser bonzinho. Será que o papai tem vergonha de brincar porque é velho e é por causa disso que brinca escondido?
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
Cytherea Real
Arquivo do Poeta / Os segredos de uma mãe puritana
Os segredos de uma mãe puritana
Maria Clara era uma mãe muito orgulhosa de sua filha única, a Teresinha. Muito prestimosa e cheia de cuidados, com a educação da menina, um dos assuntos que ela nunca deixava sem tocar era sobre a importância de uma mulher manter-se virgem até o casamento.
Teresinha já ouvira as mesmas palavras, e os mesmos conselhos, centenas de vezes, mas nunca deixava de dar atenção ao que sua mãe dizia e mesmo de dar razão às opiniões que ela tinha. Maria Clara sempre dizia:
- Minha filha, um homem nunca aceita saber que uma mulher foi de outro homem antes de ser possuída por ele. Veja o meu casamento com o seu pai. Casei virgem e isso faz com que ele me valorize e confie em mim. Ele sabe que eu nunca fui de mais ninguém, pois tirou a minha virgindade em nossa lua de mel, e me trata com respeito e consideração. Se eu tivesse me entregado para outro homem antes de conhecê-lo, tenho certeza que o nosso casamento não seria tão perfeito. E blá, blá, blá... Blá, blá, blá... Blá, blá, blá...
Teresinha estava com dezessete anos e já há um ano e meio que namorava o José Carlos. Rapaz de boa família foi aceito pelos pais dela e o namoro era oficial.
No início os beijos eram insossos. Após algum tempo de relacionamento suas línguas foram ficando íntimas e suas bocas já se saboreavam. Já fazia algum tempo que ela lhe dera a liberdade de chupá-la nos seios e até já o masturbara em meio a uma sessão não assistida de cinema. Chegou a gozar quando ele, uma única vez, enquanto a beijava colocou a mão sobre a vagina dela e a penetrou carinhosamente com os dedos nela.
Nesse ano e meio de namoro mil amasso rolaram, mas no último sábado aconteceu o inevitável. Ela foi com o namorado e uma turma de amigos passar o fim de semana na praia. Quando a noite ia caindo os dois, deitados na beira do mar, começaram a se beijar.
Ele, enquanto a beijava, libertou os seios dela do sutiã e começou a chupá-los. As mãos dele passaram a percorrer pelo corpo dela que se sentia paralisada de prazer. Abaixou então a calcinha dela e a penetrou sem que ela reagisse.
Foi maravilhoso. Ela amava o José Carlos e sabia que era amada por ele. Mas como dizer isso para sua mãe? Tinha de contar a ela. Sempre a tivera como amiga e confidente. Ela não se sentia culpada de nada, mas não sabia como dizer para a mãe o que acontecera sem machucá-la.
Era segunda feira à tarde e ela, que não havia ido a aula, estava na biblioteca de sua casa esperando pela mãe que tinha ido fazer compras. Estava criando coragem e imaginando uma maneira de contar para ela o que havia acontecido, quando reparou que a gaveta da escrivaninha de sua mãe, que nunca havia visto destrancada, estava aberta. Foi cheia de curiosidade até lá e se surpreendeu ao ver o conteúdo da gaveta. Ela estaria vazia se não estivesse ali um velho caderno. Teresinha o pegou e começou a folheá-lo. Na primeira página estava anotado: "DIÁRIO CONFIDENCIAL DE MARIA CLARA"
- Hóooooooo! - Teresinha virou a página e soltou uma exclamação com o que leu.
"l6 de março de 19".
“Querido diário, ontem aconteceu uma coisa maravilhosa que foi o melhor presente no dia de meu aniversário de quinze anos. Eu tive o meu primeiro orgasmo. A noite estava muito quente, tomei um banho com água fria e deitei-me nua para aliviar o calor. Eu pensava no Geraldo e minhas mãos acariciavam o meu corpo sem que disso eu percebesse. Só dei conta do acontecido quando tive o orgasmo e vi que meus dedos penetravam em minha vagina sem que disso eu tivesse consciência. Acho que vou dar um pouco mais de liberdade para o Geraldo em nossos namoros”.
E Teresinha continuou a leitura:
"30 de março de 19".
“Querido diário, nestas últimas duas semanas o meu namoro com o Geraldo se tornou algo maravilhoso. Já não me masturbo mais, todos os dias, como na primeira semana em que senti o prazer de gozar pela primeira vez. Dei alguma liberdade para ele, em nosso namoro, e tenho gozado com os seus carinhos. Ele tem chupado os meus seios, acariciado o meu corpo e gozado em minhas coxas quando prendo o seu pênis entre elas. É tão gostoso sentir o"pau" dele duro entre minhas pernas, só que preciso ter controle e manter a minha virgindade”.
"12 de abril de 19".
“Querido diário, hoje o Geraldo me fez gozar várias vezes seguidas. Fomos ao cinema e ele começou a chupar-me no pescoço, Fiquei cheia de tesão. Ele colocou as mãos entre as minhas pernas e começou acariciar a minha vagina. Ajoelhou-se em minha frente, no escuro do cinema, tirou as minhas calcinhas e começou a chupar-me. Foi sendo penetrada, pela língua molhada dele, que eu gozei várias vezes”.
"13 de abril de 19".
“Querido diário, nós fomos ao cinema e hoje fui eu quem chupou o Geraldo.
Pensava que ia sentir nojo, mas foi gostoso sentir que ele gozava em minha boca”.
"17 de abril de 19".
“Querido diário, hoje eu tive pena do Geraldo. Ele estava com um enorme tesão e me implorou para que eu transasse com ele, só que eu não consenti. Chupei o "pau" dele, bati uma punheta para ele, mas mantive a minha virgindade”.
"20 de abril de 19".
“Querido diário, hoje eu deixei o Geraldo muito feliz. Chupei o "pau" dele até que estivesse quase gozando e ai eu comecei a lamber o seu saco e a bater uma punheta para ele. Ai ele falou que respeitava a minha opinião em manter minha virgindade, mas que queria fazer sexo anal comigo. Eu concordei. Fiquei de quatro e enquanto ele penetrava com carinho em meu ânus eu me masturbei e gozamos juntos. Foi delicioso sentir o cacete dele rasgando e penetrando em meu rabo ao mesmo tempo em que eu enfiava meus dedos em minha vagina. Eu adorei”.
"30 de abril de 19".
“Querido diário, o meu relacionamento com o Geraldo está cada vez melhor. A mãe dele está trabalhando fora e nós podemos ficar sozinhos em seu quarto todos os dias. Nós nos chupamos, nos acariciamos e antes de irmos para a aula ele sempre come o meu cu”.
"04 de maio de 19".
“Querido diário, hoj”...
Nessa hora a Teresinha ouviu um barulho na porta de entrada e soube que era sua mãe que chegava. Ela guardou o diário na gaveta, fechou-a, e foi sentar-se, com um livro nas mãos, em uma poltrona do outro lado da sala. Maria Clara entrou na biblioteca e perguntou para a filha:
- Oi querida, você está estudando?
- Não mamãe, eu estou lendo um livro ao acaso.
- E então filha. Você não me falou como foi o seu fim de semana. Foi bom? Divertiu-se bastante?
- Sim mãe, foi divino. Eu encontrei com o Zé Carlos lá e passamos um fim de semana maravilhoso.
- Juntos? Teresinha, você se comportou não é? Eu já lhe falei sobre o valor da virg...
- Mãe, para com isso, ta. Eu vou sair para me encontrar com o Zé Carlos e depois a gente conversa. Tenho um monte de coisas pra te contar, mas fica para outra hora. Depois a gente conversa.
E Teresinha caminhou para a porta deixando Maria Clara de boca aberta, pois nunca havia sido interrompida pela filha daquela maneira. Ao chegar á porta ela virou-se para a mãe e disse:
- Mãe, a senhora se esqueceu de trancar a gaveta da escrivaninha. Tranque-a senão algum curioso pode bisbilhotar em suas coisas.
E saiu para se encontrar com o José Carlos. Livre para amar, ser amada e possuída sem sentir culpa, pois era humana como sua mãe. Ela tinha o direito de ser feliz e de se entregar aos prazeres da vida, como todas as mulheres que a antecederam.
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
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