Elefanta ou Elefoa?
FRANCISCA FABÍOLA CHAVES.
Esse era o nome da orgulhosa mamãe que passeava pela grama do parque.Toda charmosa,em seu passo militar, ela tinha as faces resplandecentes de vaidade por ter o filhote enrroscado em seu rabo acompanhando-a com muito garbo. Fabíola era uma elefanta feliz.
Na beira do lago as famílias estavam sentadas em torno de toalhas coloridas que, estendidas sobre o verde da grama, eram cobertas por bolos, pasteis, limonada e muito vinho.
Os pais que lá estavam olhavam encantados para Fabíola. Estavam maravilhados com aquele animal que fazia os seus filhos vibrarem através de gritos e expressões radiantes de felicidade febril.
- Papai,olha uma elefoa... olha mamãe!
- Não é elefoa,meu filho, que se fala. O certo é elefanta.
- Mas papai...
Começou a dizer o menino quando, junto com ele, todos se calaram repentinamente.
Os olhos dele, e os das outras pessoas que estavam no parque, encheram-se de terror com o que viram.
O único som ouvido, nesse momento, foi o estalo do cadeado trancado pelo homem que surgiu trajando um velho conjunto de cor azul desbotado, com grandes botões de lata já sem brilho; nos pés ele trazia um, também já velho, par de botas amarelas.
Ele prendeu uma corrente pesada e grossa na perna de Fabíola e levou-a de volta para a sua casa, o circo, que ficava do outro lado do parque e da qual ela havia fugido.
Assim que ele foi embora, levando consigo os belos animais, mil palavras dominaram o silêncio que havia imperado naqueles momentos já esquecidos. Elas eram confusas e indecifráveis, por serem pronunciadas por bocas cheias e gulosas.
Todos voltaram á rotina de seu feriado enquanto a pobre Fabíola voltava a ser somente um triste animal de circo preso em seu cercado.
ELEFANTA = a fêmea do elefante
ELEFOA = termo usado popularmente mas a forma
errada de se designar a fêmea do elefante
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
Arquivo do Poeta / A festa de aniversário da menininha
A festa de aniversário da menininha
Em cima do guarda roupa havia dezena de caixas, empilhadas uma sobre as outras, quase chegando ao teto. Todas tinham brinquedos e algumas foram parar ali um dia depois de uma festa de aniversário ou em qualquer outra data especial em que as crianças ganharam presentes e logo depois se esqueceram deles, pois era tanto brinquedos que elas tinham que muitos eram esquecidos logo depois de ganharem.
Num canto do quarto, sobre uma mesa bem baixinha, tinha uma pequena televisão onde elas conectavam o seu play estation ou assistiam suas fitas com desenhos animados que tanto gostavam.
No canto oposto se encontrava uma caixa enorme que era cheia com uma variedade de bichinhos de pelúcia - nela tinha ursinhos, girafas, cachorrinhos, bambi, elefante, uma infinidade de animaizinhos curiosos, criados para a alegria infantil por mentes que amavam as crianças, um mais lindo que o outro - de todos os tamanhos e colocado sentado sobre ela um enorme urso, cor de caramelo, que era tão grande quanto as crianças que ali moravam.
As duas camas do beliche que elas dormiam, por mais que a mãe deles as arrumasse, eram umas parafernálias de brinquedos de todo tipo espalhados sobre elas. Peças de lego, do auto rama que vivia desmontado e fora da caixa com os carrinhos jogados, com as rodas para cima, debaixo da cama. A bagunça imperava sobre elas, o que era natural por serem de crianças ativas e cheias de vida.
Ao lado da cama de baixo, onde dormia uma linda menininha, tinha um bercinho azul para a sua boneca dormir quando ela ia deitar.
Esse era o quarto de duas adoráveis crianças brasileiras que freqüentavam uma escola japonesa e nela passavam o dia inteirinho aprendendo, se exercitando, desenvolvendo as suas habilidades e se preparando para a vida que quando voltavam para casa estavam esgotadas com a energia gasta em tantas atividades que tinham nela.
Seus pais trabalhavam o dia todo, em fábricas do Japão, e quando chegavam em casa estavam sempre muito cansados. Eles e as crianças, que tinham um horário bastante rígido, costumavam dormir bem cedo para acordarem bem dispostos logo que o dia clareasse.
Colocavam as crianças pra dormir, apagavam as luzes e pouco depois o silêncio era total, pois todos ali tinham o sono pesado e dormiam até que o dia amanhecesse.
Numa sexta feira - no sábado a menininha que ali morava ia fazer aniversário - logo que todos estavam dormindo a boneca abriu os olhos, prestou atenção no silêncio e falou para o grande urso de pelúcia:
- Todo mundo está dormindo, eu acho que já podemos começar a preparar a festa.
- É, estão dormindo sim. Então vamos preparar tudo e depois nós acordamos as crianças.
As caixas sobre o guarda roupa se abriram sozinhas e de dentro delas os brinquedos, que nelas estavam guardados, pularam saltitantes para o chão do quarto. Os animaizinhos de pelúcia também sairam da caixa grande e vieram ajudar. Todos os brinquedos criaram vida para ajudar na preparação da festa.
Pegaram o aparelho de TV e o colocaram no chão para colocar a mezinha, que tinha sob ele, no centro do quarto. A levaram até lá e arrumaram sobre ela os objetos que tiraram de um kit de cozinha que a menininha adorava brincar com ele - facas, colheres, garfos e pratinhos bem pequenos de plástico que continham doces e guloseimas do mesmo material - e no centro dela colocaram um lindo bolo enfeitado que tinha no mesmo kit.
Um dos brinquedos abriu uma das gavetas do guarda roupa e tirou dela um pacote contendo alguns balões coloridos, que tinham sobrado da última festa que houvera na casa, e distribuiu-os para os outros brinquedos que começaram a enche-los.
Quando a mesa ficou preparada e os balões foram pendurados, a vela do bolo de plástico acendeu-se sozinha e os brinquedos começaram a festa.
As crianças acordaram e ficaram maravilhadas quando viram os seus brinquedos com vida, no centro do quarto, todos cantando parabéns pra você. Pularam da cama e foram participar da festa.
Os brinquedos deram para as crianças uma festa surpresa alegre e cheia de sonhos deixando encantado os seus corações cheios de pureza.
Elas viveram horas de encantamento e magia e brincaram com os brinquedos vivos quase até o dia amanhecer.
Pouco antes que o dia clareasse as crianças, esgotadas por terem brincado e se divertido por toda a madrugada, dormiram felizes e calmas, como anjos, no chão do quarto entre os seus brinquedos. O grande urso de pelúcia falou então para os outros brinquedos:
- Agora eu e a boneca, que somos os maiores, vamos colocar as crianças na cama e vocês arrumam toda essa bagunça que fizemos para que os pais delas não a vejam e fiquem zangados com elas.
Quando as crianças estavam em suas camas e o quarto todo arrumado, da maneira em que se encontrava quando todos foram dormir, o grande urso ajeitou-se em seu canto, a boneca voltou a deitar-se em seu pequenino berço azul e todos os brinquedos voltaram para as suas caixas. O silêncio voltou então a dominar naquela casa em que as crianças moravam.
De manhã cedo, ainda deitada sob os lençois, a mãe da criança comentou com o pai delas:
- Eu tive uma noite agitada meu bem. Um sono incomodado por ruídos estranhos como se estivesse havendo uma festa bem longe daqui com o barulho dela nos alcançando.
- O meu sono também foi agitado meu amor, é só o nosso cansaço que é muito grande. A gente trabalha tanto nesta terra, e passa por tanta tensão, que até pra dormir não se consegue ter um relachamento adequado. Vamos aproveitar que é fim de semana e vamos descansar bastante.
Quando foram para a cozinha e se sentaram para tomar o café da manhã, as crianças sairam de seu quarto, deram um beijo de bom dia em seus pais, e a menininha falou para eles:
- Papai, mamãe. Eu tive um sonho tão legal. Sonhei que tinha uma festa lá no meu quarto e que todos os meus brinquedos estavam nela, vivos e cantando parabéns pra você. Foi a festa de aniversário mais linda do mundo.
- Eu também sonhei a mesma coisa hoje, o irmãozinho dela falou cheio de alegria.
O pai olhou encantado para aquelas crianças doces - a Sofia e o Carlinhos - que eram seus filhos e pensou: "Quanta doçura e imaginação tem essas crianças e como há união entre elas. Até os sonhos que elas tem são os mesmos e os dividem entre si".
O grande urso de pelúcia que via a família toda através da porta do quarto, que as crianças tinham deixado aberta, falou baixinho para a boneca ao mesmo tempo em que piscava para ela:
- Não te falei que eles iam pensar que a festa foi um sonho. Elas são crianças que merecem sonhar sonhos maravilhosos e viver as fantasias e os sonhos belos.
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