Seus nomes eram: João, Gilmar e Confúcio-pombo.
Os dois primeiros, que eram os pombos mais idosos da colônia pombal existente naquela repartição pública, mais um pombo visitante, estavam sentados em uma viga do patamar, e arrulhando discutiam sobre o trabalho que pelos homens ali era realizado.
João-pombo dizia preocupado:
- Caro Gilmar, isso vai acabar deixando muitos de nós sem local para os nossos ninhos.
Pombo-Gilmar respondia compassivo:
- Deixa não. Se for e quando for necessário, faremos a nossa colônia em outro lugar.
- Só que eu duvido que dali saia algo.
- Eu conheço aqueles, e ao trabalho daqueles, que ali trabalham.
E parararí-pororó/pararí-porirí, eles arrulhavam, arrulhavam...
Continuava o pombo-Gilmar:
- São milhares os que são como eles são; prepotentes/parasitas/incapazes.
João-pombo diz exasperado e com preocupação:
- Ai está á razão e a raiz do perigo! Prepotentes/parasitas/incapazes, mas todos eles são caçadores-inimigos dos pombos.
Trazendo censura, agora em suas palavras, volta a falar o Pombo-Gilmar:
- João você faz muito mal em falar assim do seu chara humano, seja por ele ser um homem ou ainda se é só por não gostar dele. Ele é velho, palhaço e cansado, mas é um homem um homem inofensivo. Com o que você diz, assusta o nosso irmão-pombo que nos visita.
E Confúcio-pombo arrulhava. Calado, em seu silêncio ele nada dizia. Só arrulhava, arrulhava...
- Ele é visita mas tem de saber a verdade do que ocorre, contradiz João-pombo cheio de razão e certo de ser ele o certo. Esse homem ser inofensivo é uma inverdade. Ele é ofensivo e agride a nós os pombos. Não é por ele ser um homem, que eu desprezo esse João-funcionário ou aos seus colegas. É porque ele não gosta de nós, os pombos!
João Pombo calou-se um pouquinho, mas antes que alguém dissesse algo voltou a falar:
- Vá pombo Gilmar! Os caçadores-inimigos dos pombos são assim: Humanos comuns, sem amor e sem respeito pelos animais e por eles próprios. Muitos são os humanos que tem os mesmos nomes que nós os pobres pombos também temos, mas poucos, muito poucos são os homens que amam a nós os pombos.
Confúcio, que como mostrava o seu nome era um pombo sábio, a tudo e a todos olhava com o seu olhar assustado; um pombo, participante calado, em uma conversa de pombo. Ele compreendia, era sabedor da diferença entre um humano inimigo-caçador de pombos e daquele que é um amante de pombos. Essa era a razão pela qual, mesmo sem conhecer ás pessoas a quem olhava sentia medo delas. Com triste pavor, arrulhava no seu silêncio uma oração pelos irmãos pombos e pelos homens que aos pombos amavam. De repente ele disse filosoficamente e com á sabedoria de um pombo sábio, as suas primeiras palavras na conversa:
- É, só o amor pode dar proteção aos homens, à beleza e aos pombos.
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
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