Era uma vez uma menina que se chamava Alice.
Numa tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho. Viu um Coelho Branco, que corria e repetia sem parar:
- Vou chegar tarde, vou chegar tarde!
O coelho estava muito bem vestido e, ao vê-lo, Alice pensou que nunca tinha visto um coelho tão elegante ou que estivesse com tanta pressa.
Ficou curiosa e desatou a correr atrás dele. Tal era a velocidade a que o coelho corria, que a menina tropeçou e caiu numa toca, que mais parecia um poço sem fundo.
Depois de muitas voltas e reviravoltas no ar, Alice acabou por cair em cima de um monte de folhas secas.
Começou a procurar o coelho até que chegou a uma sala enorme, rodeada de portas fechadas.
Ao ver-se fechada desatou a chorar. Chorou tanto que as suas lágrimas formaram um charco enorme. De repente, o Coelho Branco passou por ali a correr, tão apressado que deixou cair o leque. Alice apanhou-o, abanou-se para se refrescar, mas como era um leque muito especial, a menina começou a ficar pequenina, muito pequenina...
... até que foi obrigada a nadar no charco de lágrimas.
E ficou espantada com o que viu. À sua volta estavam um rato, um papagaio, um pato, uma rã e uma águia bebé.
Quando conseguiu sair do lago, acabou por encontrar a casa do Coelho Branco. Este, muito nervoso, confundiu a menina com a empregada e pediu-lhe que lhe trouxesse as luvas e o leque.
Alice decidiu entrar e encontrou uma empada na cozinha. Como já estava com fome, decidiu comer um bocadinho. A empada era mágica e logo que engoliu a primeira dentada ficou pequenina como um rato.
Mesmo assim decidiu continuar o seu passeio, procurando também alguma coisa que a fizesse recuperar o tamanho normal. A meio do caminho, encontrou uma lagarta sentada em cima de um cogumelo quase tão alto como Alice. A lagarta fumava por um cachimbo muito estranho, chamado narguilé e disse à menina que o cogumelo era mágico e que podia recuperar o tamanho normal, se comesse um bocadinho. Alice decidiu prová-lo e como que por magia, voltou a crescer.
Alice voltava a ter o tamanho normal. Sentia-se muito feliz, por isso decidiu continuar a passear.
Ao passar por baixo de uma árvore viu um enorme gato em cima de um ramo, que lhe sorria. Tinha um sorriso de orelha a orelha e indicou-lhe o caminho que devia seguir, caso quisesse visitar a Lebre de Março.
Logo que acabou de falar começou a desaparecer, de tal forma que no fim, só ficou o seu sorriso. Será que alguém já tinha visto um gato a sorrir? Era algo tão estranho que Alice decidiu sair dali e ir visitar a Lebre.
A Lebre estava a dar uma festa no jardim. Os convidados eram o Chapeleiro e o Furão. Convidaram Alice para sentar-se à sombra, num enorme cadeirão e serviram-lhe uma chávena de chá e pão com manteiga.
Depois do lanche, e apesar de todos serem muito simpáticos e divertidos, Alice decidiu continuar o seu passeio pois queria voltar a encontrar o Coelho Branco.
Quando chegou a um jardim, Alice ficou pasmada pois viu cartas de um baralho que tinham cabeça, braços e pernas, como se fossem homenzinhos. Estavam muito atarefadas a pintar roseiras brancas de vermelho, pois as rosas vermelhas eram as flores preferidas da Rainha de Copas.
As pobres cartas estavam muito assustadas, pois, segundo diziam, a Rainha tinha muito mau génio e quando se zangava dava sempre a mesma ordem:
- Cortem-lhe a cabeça!
Sentiam muito medo apesar de ainda não conhecerem ninguém que tivesse obedecido a tal ordem.
O Valete de Copas tinha sido acusado de roubar pastéis. Foi levado a julgamento e Alice foi chamada a depor como testemunha. Como não sabia dizer se era culpado ou inocente - pois não tinha visto nada - a Rainha de Copas gritou, furiosa:
- Cortem-lhe a cabeça!
A menina ficou revoltada com tanta injustiça e disse-lhes que não passava de um naipe de cartas muito estúpido.
As cartas ficaram tão zangadas que começaram a esvoaçar e a cair em cima dela como se fosse chuva.
No meio de tanta confusão, Alice aproveitou para fugir e, quando deu por si, já tinha acordado do seu sonho!
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
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Arquivo do Poeta / A menininha e a centopéia
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