Sentada no velho sofá marrom, de couro surrado, estava a vovó Gertrudes. Ela tinha as mãos sobre as pernas e contava estórias que encantavam a seu neto e seus amiguinhos.
Esparramados em sua frente, de pernas cruzadas sobre o tapete azul e grosso da sala, estavam meia duzia de meninos. Eles ouviam atentos, com os olhos brilhando e interessados, ela contar coisas bonitas sobre os animais.
A velhinha tinha os olhos vivos, atrás de um óculos de lente grossa e aro de ouro, que eram ternos e cheios de carinho. Eles nada perdiam do que se passava no semblante daquelas crianças que tanto amava.
Falava com palavras e de maneira que enchia a imaginação delas de fantasia. Adorava contar estórias para elas e ver como tanta inocência era sujeita a ser modelada. Encantava a eles com os seus relatos e ao mesmo tempo se sentia encantada com a reação deles ao que falava:
- Vovó, bicho nasce que nem gente. Ele cresce na barriga da mãe?
- Quase todos filho, ela respondia. Tem alguns que crescem dentro de um ovo.
- Mas não é só passarinho, galinha e pata que bota ovo?
- Não é não. Quase todos os peixinhos e também outros animais põe óvos. O lagarto, a cobra, o jacaré. Até dragão bota ovo sabia?
- Mas vovó, todo mundo sabe que dragão não existe. Que a gente só vê eles em desenho animado e em estória de gibi.
- Existe dragão sim menino, ela falava de maneira convincente. Eu vou contar pra vocês uma história que aconteceu com um homem que foi até a terra que eles moram. Era um moço muito bonito e valente que...
E as crianças ficavam de novo atentas e interessadas nas palavras que a vovó falava.
Ela conseguia prender a atenção deles, e fazer com que acreditassem em suas fantasias, sempre que lhe contava as suas estórias.
Quando ela terminou o seu relato imaginário que glorificava a valentia do herói, a beleza de uma donzela e que falava de uma terra bem longe, onde nela existiam os mais fantásticos pesonagens, falou:
- Bem, agora chega de estórias. Vamos lá pra cozinha tomar um copo de leite gelado e comer um pedaço de bolo de chocolate que eu fiz pra vocês.
E as crianças para lá se dirigiram em festa pra comer o bolo da vovó.
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
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