Cisterna do Poeta
Lá no puteiro da Matilde, o Aroeira foi terminantemente proibido de entrar. Toda vez que ele foi lá e meteu com uma das meninas á coitadinha acabou ficando toda cheia de dores e levou bem mais de quinze dias pra ter condição de atender um outro freguês. Nenhuma mulher lá da vila dava mais pra ele e se alguma de fora se empolgava com o tamanho do seu pau, e achava que ia adorar ser fodida por aquele cacete enorme, acabava se arrependendo, ficava toda arrombada e nunca mais nem pensava em meter com o Aroeira. Efigênia, entre todas as mulheres lá da vila...
CARLOS CUNHA
Os gozos e prazeres que sua carne me da!
Não preciso mais de largas estradas porque para mim só há um caminho a seguir, aquele que me leva até você. Meus olhos dizem o que sinto, por isso olho-te tanto, lendo-te, desnudando-te e sempre me mostrando apaixonado.
Você já percebeu que vives em mim e que minha a minha vida eu te entreguei? Que é em teu colo que posso fechar meus olhos e adormecer, enquanto me beijas suavemente? Pergunto como posso amar-te tanto, mas rejeito explicações e fujo das possibilidades de compreender. Aceito ser frágil e não ter certeza do chão que hei de pisar, mas quem sabe das coisas quando se trata de amor? Só o sentimos e isso basta.
Vou até você... O chão que ainda não pisei me convida a desvirginá-lo, mesmo com esta distância que nos separa e que tanto me machuca. Que tudo fique para traz, o silêncio e também as palavras que não foram ditas.
Agora quero tuas mãos, tua voz, teu cheiro. Cheio de coragem vou á busca de ti. Sei que me esperas e que me amas... Que poderei mais desejar? Estou certo que os meus sonhos nunca terão medidas... Que nunca haverá fronteiras para os devaneios desse amor... Que as estrelas cintilam, cheias de magia, exaltando a beleza do amor que sinto e que poucos homens vivem e conhecem os gozos e prazeres que a tua carne me da!
CARLOS CUNHA
O Poeta sem limites
Janine Lindemuder
Arquivo do Poeta / Suruba na cachoeira de Guararema
Suruba na cachoeira de Guararema
Flavinha e Ana Lúcia tomavam um suco bem gelado, e faziam hora em um barzinho, perto da casa que a segunda morava. Era um domingo de verão, com muito sol, e a Aninha reclamava:
- Puxa amiga, ta muito quente. Se eu soubesse que ia fazer esse puta sol tinha descido até a praia.
- A gente marcou em não ter ido, a amiga retrucou. Agora, até chegar lá o sol já ta indo embora.
- E se a gente fosse até Guararema. A cachoeira deve estar a maior delícia.
- Você tem idéias maravilhosas menina. Em meia hora a gente está lá e aproveita esse sol que está nos matando.
As duas pagaram as bebidas que estavam tomando, compraram uma caixa de latinhas de cerveja, passaram na casa da Ana Lúcia pra pegar os biquínis e foram para a cachoeira que tinha na cidade próxima de onde moravam.
Como até lá não dava pra chegar de carro elas trancaram o velho fusca da Flavinha e o deixaram na estrada, perto da linha do trem, e caminharam quinze minutos por ela brincando e pulando o tempo todo.
Quando chegaram, certas de que com aquele sol o local devia estar cheio de jovens e até algumas famílias tomando banho e se divertindo, não encontraram ninguém. O único ruído que quebrava o silêncio daquele recanto maravilhoso da natureza era o estrondo da massa de água que caia, de mais de quatro metros, dentro de um lago belo e muito cristalino.
- Olha só amiga, a Aninha comentou. Não tem ninguém! Eu tava certa que isso aqui estava cheio hoje.
- Melhor assim querida, o paraíso é só da gente, foi a resposta que recebeu a seu comentário.
- É mesmo, nada de gente fazendo bagunça e comendo farofa em nossa volta. Liberdade total só pra nós duas. Eu nem vou colocar o biquíni, vou é pular na água peladinha.
- E se aparecer alguém?
- Não pega nada. A gente vê se alguém vier vindo e põe a roupa.
- É, acho que tudo bem. Eu também vou nadar nua, afinal não é sempre que a gente pega isso aqui assim.
Elas pegaram as cervejas, que tinham trazido, e as colocaram na água corrente para ficarem fresquinhas, ficaram nuas e pularam na água gelada do lago.
Nesse mesmo instante um ônibus encostava à beira da estrada, ali perto, e cinco jovens desciam dele. Eram uma garota e quatro rapazes.
Ela era uma amiga de escola das meninas que estavam na cachoeira e se chamava Raquel. Um dos rapazes era o seu namorado, que era chamado de Cacá, um outro seu irmão o Zeca e mais dois amigos de nomes Fábio e Luís. Eles tomaram o mesmo caminho que elas tinham feito e se dirigiram para lá.
Quando chegaram perto da linha férrea, o rapaz conhecido como Zeca viu o fusca da Flavinha encostado ali e perguntou para a irmã:
- Esse carro não é daquela menina que estuda na sua classe Raquel?
- É sim, é o carro da Flavinha. Ela deve estar lá na cachoeira.
- Tomara, acho ela a maior doçura. Sou afinzão dela, só que ela nunca me deu uma entrada.
- Ela não deve estar sozinha, provavelmente está com algum namorado.
- Espero que não, estou esperando o maior tempo por uma oportunidade pra dar uma cantada nela.
- Você que sabe. Se estiver afim dela mesmo vai firme que ela é legal pra burro, a irmã falou.
Quando chegaram lá na cachoeira as duas meninas estavam tão entretidas na água que quando deram pela presença deles eles já estavam na beira do lago.
- Oi meninas. Parece que a água está a maior gostosura pelo jeito que vocês se divertem, o menino chamado Zeca, irmão da Raquel, falou pra elas.
- Está sim, a Flavinha respondeu enquanto a Aninha falava baixinho pra ela.
- E agora como é que a gente sai dessa? Como é que vamos sair da água com essa molecada ai?
- Dá um tempo que eu peço pra Raquel pegar os biquínis e a gente os coloca aqui dentro d"água, ela falou também sussurrando para a amiga e gritou para a outra.
- Vem Raquel. Entra na água que ela está geladinha e a maior delícia.
Raquel tirou a roupa, ficando só de biquíni, entrou na água e nadou até elas. Os meninos ficaram de calção e também entraram na água. Quando ela chegou perto das duas a Flavinha disse pra ela:
- Faz um favor pra gente querida. Vai até a nossa roupa e pega o nosso biquíni pra gente vestir eles. Como não tinha ninguém aqui a gente entrou na água sem roupa e não vimos vocês chegando. Pega lá pra gente.
- Quer dizer que vocês estão peladinhas dentro d"água? Que barato.
- É, e agora com seu irmão e os meninos ai a gente não pode sair da água. Pega lá pra gente, quebra essa.
- E pra que vocês vão por roupa meninas. Meu irmão e os amigos são legais pra burro e não há motivo para que não fiquem a vontade. Continuem assim mesmo e não liguem pra eles que só vai rolar o que vocês estiverem a fim. Garanto pra vocês que a gente pode ficar todos nus e só na amizade.
- Você está maluca Raquel? Com os meninos ai a gente ficar peladas? Não em cabimento e seu namorado vai querer morrer com você.
- Vai nada. O Cacá é liberal pra cacete e os meninos vão adorar principalmente o meu irmão que me falou que é maluco por você.
- Você está maluca mesmo, isso é piração.
- Que piração que nada meus amores, qué vê... Ela falou e tirou o sutiã e depois a calcinha do biquíni e os jogou na beira do lago. Agora também estou na mesma situação que vocês, ela falou e soltou uma gostosa e estridente gargalhada.
- Hei Raquel, você está charope? O namorado dela perguntou quando viu o que ela tinha feito.
- Que nada amor, as meninas estão nuas na água e eu também fiquei. Tira esse calção feio pra nadar também.
- Que?!
- É isso ai, só estamos nós aqui e todo mundo é gente fina. Vamos curtir a vontade e ficar só na amizade, que é que tem? Se vocês querem ficar de calção tudo bem, eu vou curtir esse solzão em todo o meu corpo.
- A tua irmã pirou mesmo em Zeca, o Fábio que estava ao lado do irmão dela falou pra ele.
- Que nada, ela sempre foi maluca. E está certa, está o maior calor e não pega nada se só tem a gente aqui. Vai ser o maior barato curtir essas doçuras peladas, ele falou tirando o calção e o jogando na beira do lago também.
- A Raquel endoidou e o irmão também, deve ser mal de família. Enquanto o Fábio dizia isso para o Luís que estava ali perto ele também tirou o calção.
Logo os calções de todos os meninos estavam jogados ao lado do biquíni da Raquel e eles estavam nus dentro d"água. Eles e a própria Raquel saiam e pulavam de novo na água, mas as duas amigas continuavam sem sair dela e achando que a amiga tinha enlouquecido.
Tinha uma pedra enorme na beira do lago, onde depois de brincar bastante a Raquel resolveu tomar sol. Chamou o namorado e perguntou pra ele:
- Amorzinho, que tal subirmos naquela pedra pra tomar um pouco de sol?
- Vamos até lá, meu anjo.
Pouco depois os dois, enquanto a molecada fazia a maior folia e as duas meninas continuavam se sentindo presas dentro d"água, estavam no maior amasso sobre a pedra. Eles deitaram sobre ela para tomar sol e começaram a se beijar na boca. Logo o namorado estava chupando o seio dela que acariciava o pau duro dele e o masturbava bem devagarzinho. Não demorou para que a Raquel arreganhasse as pernas e o namorado metesse nela sem se importarem com os amigos que estavam por perto. Só o barulho estridente da água que caia abafava os gemidos altos de prazer que eles soltavam ao vento. Enquanto isso as duas amigas conversavam:
- Eu conheço a Raquel lá da escola faz um tempão, mas nem imaginava que ela fosse tri louca assim.
- Nem eu menina. Pior de tudo que arrumou pra gente. E agora como vamos sair desta enrascada?
- Sei lá eu. Ou ficamos dentro d"água até essa molecada resolver ir embora ou então participamos dessa loucura que ela armou.
- É, parece que não temos saida. Nos metemos ou a Raquel nos meteu numa fria, não entendo mais nada.
- Nem eu. To acanhada e cansada de ficar dentro d"água e ao mesmo tempo com vontade de agir como ela. Aqueles dois trepando lá em cima e esses garotos pelados em nossa volta estão me enchendo de tesão.
- Acha que é só você que está assim? Desde que eles começaram a malhar estou sentindo a minha "xana" pegar fogo, a Aninha falou dando uma risada bem sapeca.
Nesse momento o Zeca chegou perto delas e falou pra Flavinha:
- Quando a gente estava vindo para cá eu comentei com minha irmã o quanto sou afim de você, dizendo isso ele a puxou para si, colando os lábios nos dela.
Ao mesmo tempo em que a Flavinha teve a língua dele se enroscando na sua ela sentiu um pau enorme e duro no meio das coxas. Passou ás mão nas costas dele e o abraçou enquanto suas pernas pressionavam o seu pau.
Sem parar de se beijarem ela enfiou um dos braços dentro d"água, abriu as pernas, pegou o pau dele e o encaixou na vagina. Quando ele entrou ela soltou um gemido bem alto de satisfação. Aproveitando a leveza de seu corpo tinha dentro d"água, ergueu as pernas e envolveu a cintura dele com elas e os dois começaram a meter com a Aninha ali ao lado olhando.
Ela enfiou nesse momento dois dedos na vagina e começou a se masturbar. Pouco depois estava de quatro, na beira do lago, com o menino chamado Luís metendo nela por trás e engolia a rola do Fábio chupando ela cheia de vontade.
Depois daquele dia passou a ser normal eles se reunirem e irem juntos a algum lugar. Lotavam o fusca da Flavinha e logo estavam num lugar retirado onde repetiam a orgia do domingo na cachoeira. A Flavinha acabou ficando com o irmão da Raquel, está tinha adoração pelo namorado e fazia sexo com ele a toda hora e a Aninha, que era e a menorzinha, e a mais magrinha das três, metia sempre com os dois amigos e adorava isso.
CARLOS CUNHA / o Poeta sem limites
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