Era em uma rua estreita e sem saída, ao lado da matriz da cidade, que ficava a diocese da igreja, onde ficavam abrigados vários meninos de rua.
Num final de tarde calma os meninos que viviam no abrigo jogavam futebol, com uma bola murcha, no meio da rua, quando um carro negro, com vidros escuros e sem chapa, encostou ali. De dentro dele saiu um homem forte e elegante, vestido com um terno caro, olhou as crianças, escolheu uma delas – um menino de onze anos bastante bonito e de aparência sadia – e a chamou. Quando a criança se aproximou dele ele lhe perguntou:
- Você não quer ganhar cem reais, garoto?
O menino que era muito esperto e cheio de malícia respondeu pra ele lhe perguntando:
- E o que é que eu tenho que fazer pra ganhar essa grana moço? Não mecho com droga e não gosto de boiola não.
- Não é nada disso meu filho. De mulher você não gosta? Já transou com uma alguma vez?
- Só com as meninas do abrigo e com uma puta que vem todo domingo na igreja e mete com a molecada depois da missa. Ela dá pra gente e fala que é o jeito dela de fazer caridade.
- Então você só tem que comer uma coroa cheia da grana pra ganhar esse dinheiro.
- Ela é bonita?
- Muito bonita e adora menino novo. Se ela gostar de você te dá até mais que cem reais.
- Então me leva até ela que eu topo.
Muito desconfiado, mas não resistindo a ganância de ganhar aquela quantia, que para ele era uma fortuna, o menino entrou no carro. Assim que ele sentou nele o motorista abriu o porta luvas, tirou dele um lenço embebido com éter e encostou no rosto dele, sem que ele tivesse tempo de reagir. O menino dormiu imediatamente.
Estava quase dando seis horas da tarde, daquela sexta-feira, quando o doutor G... deixou o seu escritório, no fim do dia de trabalho. Ao sair se despediu da secretária, que ia ficar mais um pouco para terminar um serviço. Ela ficou pensando quando o patrão se retirou:
"Puta merda, é um pedaço de homem esse doutor G... Pena que ele seja casado e tão sério. Eu até dava uma trepada com ele se tivesse uma chance".
O doutor G... chegou em sua casa e entrou pelo grande portão, que havia no muro alto que a cercava toda. Colocou o carro no gramado, que separava ela do muro, entrou na sala espaçosa e perguntou alto:
- Amor, você está em casa?
- Estou aqui em cima meu bem, tomando um banho. Sobe até aqui.
Ele subiu e quando chegou a porta do quarto de banho, que estava aberta, viu sua esposa deitada dentro de uma enorme banheira com o corpo escondido por uma grossa camada de espuma. Foi até ela, lhe deu um beijo e perguntou:
- Olá querida, você passou bem o dia?
- Muito bem meu querido. Fiz algumas compras e fui retribuir a visita que uma amiga me fez à semana passada. Jogamos buraco durante horas.
- E o menino, o motorista arranjou?
- Está dormindo como um anjo. Ele soube escolher desta vez e trouxe um garoto e tanto. Vai ser uma noite deliciosa meu querido.
A criança quando acordou viu que estava em um quarto enorme e cheio de coisas bonitas. Foi até a porta e a encontrou trancada.
Estava ficando apavorada e sentindo vontade de chorar quando percebeu que no quarto tinha uma mesa, com muitos pratos sobre ela, onde se encontravam vários tipos de frutas, salgados e doces. Ela ficou maravilhada. Além da fome que sentia, estava acostumada a viver da caridade alheia e nunca tivera tanta comida gostosa em sua frente. Foi até a mesa e, se esquecendo de que estava ali trancada, passou a devorar a comida que tinha nela.
Já tinha comido bastante, e estava com a boca toda lambuzada, quando a porta se abriu e ela olhou assustada em sua direção. Viu que uma linda mulher a tinha aberto e olhava para ela. Dominada por um misto de raiva e de medo ela perguntou para a mulher:
- O que é que a senhora quer comigo? Por que me trouxeram aqui?
- Fique calmo menino que ninguém vai te machucar, ela falou com uma voz suave e tranqüilizadora. O meu motorista não falou pra você o que vinha fazer aqui?
- Ele falou que era pra eu deitar com uma dona, mas ele colocou um negócio na minha cara e me fez dormir Agora to com medo.
- Não precisa ter medo não. Fui eu que mandei ele te fazer dormir, pra você não ver pra onde estava vindo. O que ele falou é verdade e eu sou a mulher com quem ele disse que você vinha dormir. Você não quer deitar comigo? Eu vou te dar o dinheiro que ele te prometeu.
O menino olhava para ela sem conseguir acreditar. Só tinha visto mulher bonita assim em revista. Ficou sem saber o que falar, por algum tempo, mas acabou dizendo:
- Se for pra dormir com a senhora eu topo, a senhora é muito bonita.
- O meu motorista falou que você ia ganhar cem reais, não foi?
- Foi sim dona.
- Pois se você for bastante carinhoso, e fizer tudo o que eu te pedir, vou te dar duzentos.
Ela pegou na mão do menino e o levou pra outro quarto, que ficava do outro lado do corredor. Ao entrar nele o menino ficou assustado quando viu um homem de bigode, completamente nu, numa enorme cama que lá tinha. A mulher viu que ele se assustou e para tranqüilizá-lo lhe falou com sua voz cheia de suavidade:
- Não precisa ficar assustado que esse moço não vai te fazer nada. Ele é o meu marido e só vai ficar olhando enquanto você mete em mim. Prometo que ele não vai por a mão em você.
- Ele é seu marido e deixa você fazer essas coisas? Eu nunca vi uma coisa assim, o menino falou sem conseguir acreditar e muito confuso.
- Deixo sim meu filho, o homem lhe falou com a sua voz muito calma. Ela gosta de meninos e eu gosto de vê-la tendo prazer. Pode transar com ela que eu só vou ficar olhando e prometo não tocar em você.
A mulher deixou cair no chão o penhoar branco, que cobria o seu corpo, ficando totalmente nua na frente da criança. Foi até ela e começou a lhe tirar a roupa. Quando a deixou também nua ela se deitou na cama, arreganhou as pernas, ergueu-as bem alto e pediu para que a criança a chupasse.
O menino não se fez de rogado, pois fazia isso sempre com as meninas do abrigo e até gostava bastante. Acostumado com as sacanagens que tinha aprendido bem cedo, em sua vida na rua, ele comeu a mulher e fez todas elas com ela. Foi a melhor criança que eles tinham trazido ali.
O marido assistiu a tudo, o tempo todo, maravilhado. Masturbou-se várias vezes, enquanto via aquela criança transar com sua mulher, deixando as pernas e o lençol em sua volta todo manchado com a porra que ejaculava.
Quando se sentiram satisfeitos deram o dinheiro prometido à criança e mandaram o motorista levá-la de volta ao abrigo, sem deixar que ela soubesse o lugar em que esteve. Quando ela já tinha ido o marido falou:
- Então querida, com essa criança você ficou satisfeita?
- Bastante meu amor. Valeu a pena ter lhe dado aquele dinheiro. Ele foi à criança que mais me deu prazer de todas as que trouxemos aqui. E você meu amor gostou da noite?
- Adorei meu bem, adorei...
CARLOS CUNHA
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